Jackson Wang - happiness

mark swan

»Evelin«
Acordo de madrugada com meu page tocando loucamente, rapidamente pego o mesmo e tiro o som. Ao olhar direito para a tela do page, vejo que é uma mensagem do chefe de cirurgia que estava solicitando minha presença no hospital, aparentemente era urgente.
Levanto devagar de cima de jier, para não acorda-lo. Tomo um banho e me arrumo rapidamente, antes de ir eu cubro jier, já que estava frio e ele nu.
Desço a escadas rapidamente e vejo Aline em frente a tv assistindo algum filme de romance clichê, ela chorava, mas não parecia que estava chorando por causa do filme.

- aly, aconteceu algo?

Ela se assusta e rapidamente limpa as lágrimas meio desajeitada.

- claro, esse filme acaba com qualquer um.

Ela força uma risada, claramente mente mal. Muito mal, eu diria.

- e oque você está fazendo acordada? E arrumada? Tem plantão?

Realmente aly não sabia disfarçar. Suspiro lentamente e sento ao seu lado.

- fui convocada pelo o chefe de cirurgia, mas tenho algum tempo até ir ao hospital. E então? Vai me dizer o que está acontecendo?

Seus olhos novamente voltam a ter lágrimas presas, as quais estavam doidas para saírem.
Ela abaixa a cabeça e analisa seus dedos, acompanho seu olhar e lá eu vejo que o anel de relacionamento dela e do yug não se encontrava mais.

- talvez não era para ser...
- oh, Aline.
- só não acho justo a vida me ensinar de um jeito tão cruel, para entender que ele não é para mim.

Ela volta a chorar, não quero perguntar o que aconteceu para eles terminarem, não vou tocar na ferida. E não adianta eu adular ela, a melhor forma de vc ajudar alguém que esta sofrendo Algo emocional é você deixar ela no canto dela e permitir que ela sinta aquelas emoções. O máximo que podemos fazer é ajudar essas pessoas a se sentirem confortáveis com esses sentimentos ruins. E lembrar a elas que elas não estão só.
Coloco minha mão em sua perna e faço um carinho ali, ela coloca a sua mão em cima da minha e sorri durante o decorrer das lágrimas.

- vamos fazer o seguinte, eu irei até o hospital, e voltarei bem rapidinho com um pote do seu sorvete preferido. Vamos ficar assistindo esses filmes clichês juntas tomando sorvete e chorando juntas, tá?

Ela solta um riso, e engole o choro.

- está bem, trás bolo junto. Quero comer bolo.
- pode deixar!

Beijo sua testa e saio de forma apressada para o hospital.
Não demoro muito até chegar ao hospital, já que de madrugada as ruas são vazias, consequentemente menos trânsito. Assim que chego tomo rumo em direção a sala do chefe, mas antes de chegar lá minah me puxa para um canto.

- não, não. O chefe não está aí, ele me pediu para te levar até onde ele está. Vem.
- Ah, está bem.

Sigo Minah até uma sala que estava com as persianas totalmente abaixadas e a porta fechada. Minah abre a porta me dando passagem para entrar, dentro daquele sala, estava o chefe e um homem que estava deitado na cama de paciente.

- você disse que a queria, então aqui ela está.

Chefe falava com o homem e o homem ao me olhar abriu um imenso sorriso.

- eu reconheceria esse rostinho lindo em qualquer lugar, venha querida.

Ele estende a mão para mim, no intuito de que eu a pegasse. Delicadamente eu coloco a minha mão sobre a mão do homem que era desconhecido por mim. Ele coloca sua outra mão sobre a minha, e então se pronuncia.

- quero que cuide pessoalmente do meu caso, querida.

Eu olhei sem entender para o chefe, que olhava aquela cena atensiosamente.

- Evelin, esse é Mark Swan. O maior pesquisador científico de todos os tempos. O senhor Swan veio do outro lado do mundo para se submeter ao seus cuidados.

Olho para o senhor que estava a minha frente que ainda segurava minha mão.

- perdoe-me, senhor. Mas creio que esteja me confundindo com alguma outra pessoa.

O senhor apenas soltou um sorriso gentil ao ouvir as minhas palavras de, talvez, ignorância.

- Hyun, poderia me deixar a sós com a senhorita?

Meu chefe apenas apertou o ombro do senhor e se retirou do quarto.

- sente-se, querida.

Ele aponta vagamente para uma poltrona que estava ao lado de sua cama, e então assim o faço. Me sento naquela poltrona, esperando o que o senhor tinha para me dizer.

- vejo que não possui conhecimento de sua fama, senhorita Evelin.
- minha fama?
- isso
- e pq eu seria famosa, senhor? Sendo que sou apenas uma enfermeira como todos os outros desse hospital.
- Uma enfermeira que ultrapassa os limites de conhecimento, passa do nível acadêmico de médicos e pesquisadores... Dos maiores pesquisadores, competente, focada e atensiosa com seus pacientes, liderou projetos e pesquisas consideradas impossíveis, colocou no chinelo aqueles que subestimavam a enfermagem. Abriu diversas portas para a enfermagem, querida. Mostrou que a enfermagem é uma profissão autônoma e não subordinada de medicos. Você não é só uma enfermeira... Sabe querida, eu viajo o mundo inteiro, e acredite, tanto seu nome quanto sua foto circula pelo mundo como o maior marco da história da enfermagem. Hospitais, faculdades, notícias, você está em todas, querida.

As suas palavras realmente me deixaram pasma, de fato ele estava falando de mim mesmo. Mas eu não sabia que eu possuía essa influência fora desse hospital, não sou muito ligada a Tv e nem internet, mas de fato, eu percebia a maneira que as pessoas me olhavam na rua. Achava que era apenas coisa da minha cabeça. Também tem o fato de que Minha vida é do hospital para casa, de casa para o hospital.
O senhor solta uma risada, provavelmente ele estava rindo da minha cara.

- realmente, vejo que não possuía conhecimento sobre sua influência, querida. Gosto da sinceridade que seu rosto mostra ao esboçar reações.

Apenas solto um sorrio de ladinho para o senhor, de maneira nenhuma eu iria mudar a forma que eu me via só por causa que agora sabia desse fato, de jeito nenhum. Continuarei da mesma forma.

- então, o que anda sentindo senhor Swan?

Me levanto tirando meu casaco, passando álcool em gel em minhas mãos e em seguida coloco a luva.

- ando tendo dores abdominais fortes e constantes, no começo achava que era apenas gases, mas eu vi que cada dia que passava ficava pior.
- anda tendo náuseas, ou ânsia de vômito?
- querida, não como quase nada, pois o que eu como, volta em instantes.
- tem algum histórico na família?
- querida, eu tenho câncer com metástase... Quero que você faça a cirurgia para retirada das metástases.
Não são muitas, mas são em lugares delicados.

Ele diz me entregando os exames.

- de quando são esses exames?
- de hoje, querida.

Dou uma olhada em cada exame, vou ter que estudar uma maneira de retirar essas metástases sem matá-lo ou deixá-lo em estado vegetativo.

- você é conhecida por fazer o impossível, querida. Então, deixo em suas mãos. Os estude, os domine.
- está bem.

Digo guardando seu exames em uma grande pasta.

- usarei como base para meus estudos.

Digo mostrando a pasta com os exames.

- são todos seu, querida.
- está bem, agora descanse.

Dou-lhe um beijo na testa e saio da sala.
Sim, mal o conheço, mas gosto de fazer meus pacientes se sentirem seguros e confortáveis. Farei qualquer coisa para que se sintam seguros.
Tenho um novo desafio em mãos, tenho que me preparar.