estão tramando.

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Desde a partida de Jackson, Evelin não poderia deixar-se ser superada. Sua sede por crescer a mantinha no topo, porém a saudade de seu homem lhe apertavam o peito.
Mal sabia Evelin, que o reencontro estava próximo... Por mais separados que estavam, não deixavam isso intervir em sua relação. Tanto ele quanto ela, estavam dispostos a continuar com isso, queriam continuar com isso.
Suas ambições os fizeram forte, os fizeram menos humanos... Ele não... Ela, fez com que ela fosse menos humana.
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Evelin estava em sua sala de arte, sim, sua sala de arte. Onde ela cultivava suas obras, ela as faziam apenas para relaxar, e esvaziar o estresse do dia-a-dia. Aline se encontrava no outro lado da sala sentada em uma sofá estofado com detalhes harmoniosos em seu encosto, tinha pérolas pela a parte superior do sofá e o mesmo possuía uma cor viva e deslumbrante. Evelin estava de frente e Aline, esculpindo-a achara ótima a idéia em usar sua amiga como inspiração para um molde de argila que se encontrava a sua frente.
Seus olhos analisava cada detalhe da imagem, e seus dedos respondiam aos comandos de seu cérebro, cujo sabia muito bem oque fazia.
Aline a olhava com profunda tristeza, pensara que Evelin estava apenas fazendo aquilo para que, de certa forma, não explodisse a qualquer momento. "Bomba relógio" - era assim que aline a via - "não durará muito tempo".
Evelin sabia que não era bem assim que as coisas funcionavam, o fazia, pois era agradável e desestressante. Não o fazia por consolo, nem passará a ideia em sua cabeça sobre isso.
- Qual motivo desse seu olhar para mim, Aline?
- perdão?
- não finja que não está me julgando desde a partida de Jackson. - sua voz não perderá a autoconfiança e muito menos a calma.
- não estava, eu apenas estava preocupada com você. - o tom sorrateiro de sua voz, mostrava que Evelin estava certa sobre seus pensamentos, e isso, a assustava. Como ela poderia saber o que se passava por sua cabeça?
Por mais amigas que eram, Aline parecia não entender que Evelin era uma boa analista, sempre estava analisando e vendo tudo ao seu redor.
- preocupada? - se mantinha focada no seu afazer, seus dedos ainda continuavam a nadar ente a argila, a contornando e dando forma para a mesma. - "patético, muito patético" - se sentira patética por deixar sua amiga preocupada consigo, é claro que ela não ligava para que os outros falavam ou sentiam por ela, evelin nunca fora esse tipo de pessoa. Mas a Aline era diferente, era sua confidente, sua irmã, sua opinião importava. E fazê-la se sentir preocupada consigo, não era uma forma agradável de agradecê-la por tudo que já havia feito por si.
- desculpe. - os dedos de Evelin cravam levemente na argila, assim deformando o desenho que ainda estava sendo moldado.
Percebiam olha de Aline sobre si, sentia aquela sensação pesada sobre seus ombros.
Aline, que estava ainda sentada no sofá, continuava a olhar cada detalhe da expressão de Evelin. - "Evelin...".
- por que você simplesmente não deixa as emoções se aparecerem, pelo menos uma vez... - não saberia o que Evelin pensava, nem o que ela falaria, mas queria ajudar.
- por que você insiste na ideia de que eu estou arrasada? Você espera que eu deite em minha cama e me acabe em deleite de lágrimas esperando o meu grande amor me salvar? - talvez fora grossa demais, mas só assim para que Aline a entendesse.
- não confunda as coisas, Aline. Eu realmente amo Jackson, eu o amo, sim, é verdade. Porém agora, temos prioridades, prioridades diferentes, que são necessárias. Não quero deitar-me em minha cama e esperar o dia passar, não espere que a qualquer momento irei largar tudo aqui e pegarei um vôo para china, para assim eu possa me jogar nos braços do meu grande amor, pois não o farei. Dei duro para estar onde estou, e não vai ser agora que vou largar tudo. - Aline sessou suas palavras, agora entendia a amiga, a sua frieza, era uma forma de defesa.
- compreendo. - seu olhar se tornou fixo ao chão.
- que tal... Sairmos para tomar um café?
- seria ótimo, estava precisando mesmo.
Seus sorrisos tornaram presente na sala, e aquele clima pesado de satisfações foi desfeito... Pegando seus casacos no gabinete, tomam seu rumo até a cafeteria de suas preferência.
Gostavam de está ali, o cheiro do café infestava todo o estabelecimento, o clima frio do lado de fora tornava aquilo tudo mais agradável.
Sentaram-se em uma mesa, em seguida fazendo-lhes o pedido.
Mas algo parecia errado, algo parecia nebuloso naquele estabelecimento.
Ao olhar ao redor, Evelin encontra chul sentando junto de Soyeon... Não sabia explicar, mas algo ali estava errado, algo ali estava cheirando encrenca.
Aline acompanha seu olhar até os dois que estavam a alguns centímetros distantes.
- ela é a garota que havia me falado? - o tom de frieza na voz de Aline ao olhar para a moça deixou Evelin levemente pasma.
Aline não fora o tipo de pessoa que tinha remorso ou desgosto de alguém, mas pelo visto, ela já percebeu que aquela moça não era uma boa pessoa.
- sim, é ela.
- ela está junto ao chul... Evelin - conseguia perceber o tom de preocupação na voz da amiga, ela havia pensado na mesma coisa.
Chul estaria aprontando algo, não sabiam o que era, mas sabiam que não seria boa coisa... E provavelmente, seria contra Jackson e evelin.
Evelin ao estreitar os olhos com desconfiança toma uma gole do seu café que acabará de chegar a mesa.
- eles estão tão entretidos com a conversa, que nem percebera nossa presença. Evelin, tome cuidado com esses dois.
- Irei...
- também irei ficar de olho, afinal sou a melhor jornalista, nada passa por mim sem eu perceber que tem algo de errado. - com um sorriso Vitorioso, Evelin deposita sua confiança em sua amiga, sabia o que estava fazendo, e estava fazendo o certo.
Evelin estava distraída quando Aline quase cospe o café ao ver a foto de Evy nas mãos de chul.
A reação da amiga fez com que a mesma olhasse em direção ao seu espanto...
Chul acarenciava a foto da mesma enquanto conversava com a Soyeon, e em seguida apertou sua mão.
Aline rapidamente puxa Evelin para o banheiro
- estão tramando, Evelin!
- agora pronto, era só o que me faltava mesmo.
- isso vai dar merda, vai dar uma merda gigantesca, escuta só.
- calma aline, relaxa.
- relaxar? Se chul tentar qualquer coisa, eu vou voar no pescoço daquele cretino!
- tá tá, pode voar no pescoço dele, mas faz isso mais tarde, agora temos que sair daqui sem que eles nos vejam... Não quero dor de cabeça a essa hora da manhã.
- blzinha, aja naturalmente.
As duas saem do banheiro andando normalmente, ou pelo menos Aline estava tentando.
- Aline, tu tá andando toda dura! Relaxa, está até parecendo a Barbie andando, credo! - Aline começa a rir baixo no intuito de não chamar atenção dos dois.
- anda logo, vamos embora.
Saem da cafeteria, agora, suspirando de alívio
- tá, temos que pensar em algo, vamos ter que fazer um plano. - Aline parecia convicta e determinada.
- oh agente 007, tu quer fazer plano em cima de que mesmo?! Nem sabemos o que eles vão aprontar!
- que droga, então vamos ter que esperar alguma movimentação deles?
- isso, vamos ter que esperar alguma movimentação deles.
- estou me sentindo em um filme - a animação da amiga era evidente em sua voz.
- parece mesmo... Bem, vamos para outro lugar... Ah, não vamos comentar nada com ninguém, isso inclui até o Yugyeom, dona Aline.
- nem pro yug?!
- nem pro yug! Agora vamos para outra cafeteria, nem curti meu café.

Jackson Wang - happinessOnde histórias criam vida. Descubra agora