Jackson Wang - happiness

recuperação

Já me encontrava em um estado melhor, se assim for permitido dizer. Estava próxima de ter alta desse hospital e estava pronta para trabalhar, Aline acha melhor que eu deva começar devagar, mas não gosto muito dessa ideia. Entre tantos fatores que ocorreram nesses últimos tempos, o meu namoro com jiaer é oque está me incomodando, não o nosso namoro em si, mas o fato de está em todo lugar essa maldita notícia.
"Provarás por algumas horas o pão da dor e o vinho da miséria". Apesar de eu amar vinho, esse não era um que eu fosse querer provar, mas a esse ponto eu já estava submersa em um barril cheio desse vinho e a fornalha ao lado assava o pão do diabo, o qual provei mais de vezes nesses últimos dias. E esse maldito pão, e seu gosto... Esse seu sombrio gosto permaneceu em minha garganta em forma de facas, nas quais me impediam de falar e de até mesmo chorar, como se fosse um cadeado de emoções, estava prendendo tudo que era para está livre. Jiaer vinha me visitar com frequência, e Aline ficou ao meu lado o tempo inteiro. A mesma está nesse exato momento na poltrona ao meu lado tirando um cochilo, ela não dorme bem desde a chacina. Suas olheiras são bem visíveis, seus olhos inchados de tanto chorar, ela chorava a noite... Quando pensava que eu estava dormindo, mas eu não estava, ouvi diversas vezes sua conversa com Deus, sei que é uma invasão eu ouvir essa conversa, mas não podia deixar de ouvir o quão verdadeiro aquilo era. Sempre pedindo minha melhora, minha segurança e que eu tivesse mais compaixão comigo mesma, ela conversava de forma tão fluída, como se Deus estivesse na cama ao lado conversando com ela e ouvindo cada palavra, não estou dizendo que ele não estava, pois acredito que estava e estava até mesmo respondendo.
Minha atenção se toma a porta quando ouço um abrir de porta brusco, assustando até mesmo a Aline que estava dormindo, o que me fez ficar com dó.

- Evelin!

A minha frente vejo yeohan que estava com uma expressão preocupada.

- yeohan ?
- Evelin, sua cabeça dura! Você devia ter me escutado!
- se acalme.
- não, você sabe o tanto que me deixou preocupado? Evelin você me empurrou e se atirou pra morte! Você tem noção do que é isso? E o pior de tudo é que eu nem pude te ajudar.
- fiz isso por alguém que eu amo, yeohan. Não vejo nada de errado nisso
- não ve? Você colocou a vida de outra pessoa acima da sua, Evelin
- e não é isso que é o amor?. Ouça, yeohan, eu jamais poderia me arrepender de salvar aquele cujo é o dono de todo o meu amor. E se novamente a santa divindade me deixasse sem escolha entre a minha vida e a dele, com certeza eu salvaria a dele e sacrificaria a minha. E esse seria o sacrifio mais agradável que eu faria, se eu morresse naquela noite, eu iria em paz sabendo que o salvei.

Vejo que yeohan ficou sentindo com minhas palavras, ele é uma amigo explendido e sei que fiz errado em empurrar ele daquela forma.
Aline limpa a baba do canto da boca, tadinha, ainda estava acordando nem sabia oque tava rolando.

- yeohan, sente-se.

Ele reluta um pouco em relação ao meu pedido, mas logo se senta na ponta da minha cama. Então eu sorrio para ele para demonstrar conforto.

- você está horrível

Ele solta uma risada anasalada me fazendo acompanhar o mesmo.

- estou mesmo.
- você é muito teimosa.
- uhum, um pouco apenas.

Ele aperta meu nariz em Tom de brincadeira, demonstrando carinho.

- mas não estarei assim por muito tempo, afinal sou maravilhosa.

Ele começa a rir

- nem é convencida
- nada, besta. Sou realista.

Pisco para ele e rio em seguida. Seu olha se torna a ficar triste quando ele começa a me analisar, seus olhos percorrem meus braço, minha clavícula, minhas mãos... Meu rosto.

- sei que está pensando. "Estou muito magra".
- evy.
- esta tudo bem, juro. Em breve estarei novamente não trilhos. Essa magreza só foi um... Efeito colateral, é... Podemos dizer assim, apenas um mísero efeito colateral.
- é preocupante.
- não mais.
- tudo bem, se você diz...
- sim... Estou me recuperando bem.
- assim espero.