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O silêncio reina no ambiente fechado, sinto meu corpo tremular gelado.
Reage! Reage!
Digo a mim mesma, tentando recobrar a confiança de minutos atrás, sinto o suor descer sobre minha face, as lembranças da minha infância vêem como um soco em meu estômago que revira.
___ Por favor, não tenha medo de mim....
(Ela diz tentando se aproximar lentamente, e neste instante como instinto de defesa me cérebro obriga meu corpo a reagir. Afasto-me bruscamente colocando minhas mãos a frente do meu corpo como sinal de defesa. Ela para no mesmo instante.)
___ Não se aproxime de mim! (Ela recua alguns passos)
___ Eu não tenho medo de você, não mais.
(Prossigo me acalmando, ela sorri com amargura e então aponta o dedo em minha direção)___ Não é o que o seu corpo diz!
Neste instante percebo que meu corpo permanece tremendo, e por mais que eu tente, não consigo controlar, é inevitável, sem mais delongas caminho apressada rumo a saída deste lugar maldito, sinto ela logo atrás de mim e apresso ainda mais os passos até adentrar novamente a sala.
___ Não vai embora, por favor...
A ignoro seu pedido e continuo andando, quando estou próximo a porta ela tenta mais uma vez me fazer retornar.
___ Ao menos me diga por que veio?!
Paro de inediato, com as mãos na maçaneta, Recordo -me do tormento da dúvida, os dias questionando-me sobre a verdadeira razão da qual os levaram a me odiar, a certeza que somente eles podem sanar cada interrogação que pairam sobre meus pensamentos, recordo -me também das palavras do Ricardo, o incentivo que me trouxa até aqui, os meus dias findando-se a cada badalar das horas, a cada tic tac do relógio, neste momento olho para as minha opções e refletindo profundamente, retiro minhas mãos da maçaneta e viro-me diante da mulher que me deu a luz, olho em seus olhos e não vejo o que sempre me assombrou no passado. Não há ódio refletidos neles para mim, suspiro profundamente e caminho em sua direção.
Parada frente a frente a mulher abatida e cheia de olheiras sobre os olhos questiono internamente o que a levou a este estado deplorável já que sempre foi vaidosa. Mais não me a tenho a estes detalhes, o que meu coração almeja realmente saber é o motivo para que ela tanto me odeie e me queira mal.
___ Por quê vocês me odeiam?
Por fim faço a pergunta de um milhão de dólares, mais ela continua em silêncio, seus olhos estreitos me avaliam, sei que isto não é um bom sinal, a conheço o suficiente para saber que algo passa por sua mente perversa, ela não me dará a resposta de graça, certamente cobrará seu preço, resta saber qual será o valor, e se eu estou disposta a paga-lo.
___ Fernanda?
(George surge e me encara espantado, mais continuo encarando Rebeca, que continua refletindo sobre minha pergunta.)
___ O quê faz aqui minha filha?
Imediatamente meus olhos correm para o homem a minha frente. "Filha" está palavra saida de seus lábios trazem a mim uma vontade enorme de chorar, e por poucos segundos meus olhos começam a encher, no instante seguinte desvio o olhar buscando uma posição confortável para reestabelecer minhas estruturas.
Durante anos eu sonhei em ser recebida com está palavra de modo terno e por um segundo quase acreditei tê-las ouvido de forma carinhosa, o que não passa de um grande engano de minha parte.
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A ESPERA DE UM MILAGRE 2
Romance#1AmordePai #2AmordeMae Fernanda Smith Collins Thompson encontrou nos braços de Ricardo Collins esperança, e agora vivia cada momento da sua vida como se fossem os últimos, e talvez realmente fosse. Agora ela ansiava por respostas, ela precisava sab...