Seguimos rumo a casa após termos nossa entrada liberada pelos novos seguranças, dos quais não reconheço nenhum até o momento. Mais como liberaram nossa entrada após dizermos nossos nomes e sobrenomes, acredito que estamos no local certo.De longe posso avistar meus pais a entrada da casa nos esperando, esta realmente é uma cena que me abala, de fato isso soaria como uma cena comovente dos pais aguardando a chegada da filha de forma afetuosa, dando a entender se tratar de uma família unida e harmônica.
___ Filha que surpresa!
( Rebeca diz me abraçando apertado, fico momentaneamente sem reação, e sentindo seu jeito desconfortável com meu modo de agir, por fim correspondi seu afeto, não quero climas estranhos hoje.Vejo o momento em que ela fica visivelmente emocionada quando estende o abraço para algo longo e duradouro enquanto esconde seu rosto na curva do meu pescoço, neste instante Sinto algo molhado escorrer por meu colo. Ela está chorando!
Sou incapaz de pronunciar uma única palavra, afinal o que eu poderia dizer?
Ficamos em silêncio até que ela se acalmasse, nos afastamos um tanto sem graça uma com a outra. Logo em seguida George se aproxima com a mesma intensão, o que é estranho demais para mim, e imagino que seja para ele também pois nossa sincronia é desajustada.)
___ Que surpresa maravilhosa!
___ Eu que o diga!
(As palavras saltam de minha boca e logo trato de consertar)
___ Digo, é uma surpresa descobrir que se mudaram da noite para o dia.George me olha de forma carinhosa e então responde.
___ Você é o que temos de mais importante! A casa o dinheiro, o hospital, tudo perdeu o sentido, a razão. Sei que não é fácil entender, e mesmo assim estamos aqui, pedindo que aceite toda essa confusão que estamos te proporcionando, não deve ser fácil caminhar no escuro, como estamos fazendo você seguir, mais ao menos nos dê o benefício da dúvida!
___ Já estou dando, desde o momento em que deixei de embarcar naquele avião.
___ E nós vamos fazer de tudo para que você não se arrependa desta decisão minha filha.
*****
Não posso negar que este lugar me transmitiu a sensação de estar em casa, e que ceder ao convite de morar aqui por um tempo está me parecendo uma proposta tentadora, mais no fundo, bem lá no fundo eu ainda tenho medo, talvez saber as razões pelas quais os fizeram me causar tanto mal e compreender suas mudanças me fariam confiar mais, estar no escuro me apavora, pois nunca consigo saber se é verdadeiro ou não as intenções dos Thompson.
Talvez morar na mesma casa revele suas verdadeiras intenções comigo, afinal, ninguém seria capaz de fingir sentimentos vinte quatro horas por dia, ou seria?
___ O quê você acha?
Rebeca me pergunta com um sorriso entusiasmado, mais não sei do que se trata, acho que passei tempo demais distraída em meus próprios pensamentos.
___ Desculpe, eu não ouvi o que disse....
___ Perguntei o que vc pensa de nós duas pintarmos essa parede, ela me parece opaca e sem vida, o que você acha?
___ Como assim, nós duas
(Digo gesticulando com o dedo entre ela e eu)
Pintarmos?
(Com certeza eu entendi errado, deve estar passando um outro significado na cabeça da Rebeca sobre pintar o ambiente, talvez seja o fato de nós duas escolhermos o decorador ou designer responsável, é isso.)
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A ESPERA DE UM MILAGRE 2
Romance#1AmordePai #2AmordeMae Fernanda Smith Collins Thompson encontrou nos braços de Ricardo Collins esperança, e agora vivia cada momento da sua vida como se fossem os últimos, e talvez realmente fosse. Agora ela ansiava por respostas, ela precisava sab...