Meta cumprida, como prometido capítulo postado!"""""""
Se me perguntarem o que aconteceu no estacionamento do shopping, direi que não sei...
Em um momento estávamos caminhando, cada uma com seus pensamentos, a medida que nos aproximavamos do carro avistamos cinco homens escorados na lataria, eles nos aguardavam, era notório!
Quando nos viram os homens caminharam em nossa direção, Rebeca entrou em pânico, mais ao contrário de fugir ela estacou no mesmo local imobilizada pelo medo.
Seus olhos cobertos de pânico anunciaram que havia entendido antes do que qualquer um ali o perigo que nos cercava.
Seu próximo instinto foi chorar, ela se agarrou ao meu braço e começou a chorar ao ponto de soluçar, seu pânico era extremo.
Segundos depois os seguranças que até então estavam disfarçados para nossa proteção se revelaram expondo suas armas na cintura, fazendo os homens a frente pararem e recuarem, entrando em uma van preta sem placa.
Tudo haveria terminado bem, se a Rebeca não houvesse iniciado uma crise de choro constante que me deixou sem reação. Não soube se a levava ao hospital ou para casa, apesar da mesma me pedir incansavelmente para a levar para sua casa.
E tentando acalma-la optei por fazer sua vontade.
___ O senhor deveria ir ao quarto dela ver como ela está.
(Digo inconformada com a falta de preocupação do George com a Rebeca, ao invés de ficar com ela, ele insiste em permanecer aqui comigo.)
___ Não sou eu quem precisa de ajuda!___ A Rebeca sabe se cuidar, era você quem precisava estar em estado de choque e não ela. Provavelmente o quase ataque de hoje foi promovido pelo Felipo. O alvo era você.
___ Se o senhor não vai, eu vou...
___ Fernanda, Não adianta insistir, ela trancou a porta, se ela quisesse alguém lá, ela teria aberto quando batemos.
Suspiro frustrada, e decepcionada com sua atitude.
___ Se até eu fui capaz de passar por cima de tudo para estar aqui dando esta oportunidade há vocês dois, então por que o senhor não deixa seu orgulho de lado seja lá por qual motivo que te faz acredita ter o direito de negar ajuda a quem precisa e faz algo por ela? Você é o único que não percebeu que ela precisa de ajuda e ao contrário de você eu não negarei.
Subo as escadas em direção ao quarto da Rebeca, não antes de ter passado na cozinha e pegado a chave reserva dos quartos.
Eu nunca havia visto ela ter uma crise antes, nunca há vi chorar ou demonstra medo até o dia de hoje.
Bato na porta algumas vezes na esperança que ela abra sem que eu precise invadir seu espaço, mais infelizmente ela não o faz, tento ouvir um ruído, ou qualquer som que demonstre que ela está acordada ou que passa bem. O silêncio é mortal.
Decidida eu destranco a porta e entro silenciosa, analiso o quarto totalmente escuro e procuro por qualquer visão do seu corpo, aproximo-me da cama e vejo saliência na mesma, chego cada vez mais próximo e reconheço seu corpo coberto onde somente o rosto permanece de fora.
Acendo o abajur ao lado da cama e constato seu rosto inchado e vermelho, provavelmente de tanto chorar.
Meu erro foi não calcular minhas ações antes de fazê-las, uma pessoa em pânico representa perigo para qualquer um que não anuncie sua chegada de forma clara e visível.
Sem medir as consequências que isso me traria toco seu rosto de forma sutil, mais que foi o suficiente para assustar a mulher em minha frente que corta meu braço de forma superficial, com uma faca que antes eu não havia visto em sua posse.
___ Não encosta em mim! Não encosta em mim!
Ela grita de forma histérica e repetitiva, enquanto senta na cama encolhendo suas pernas em posição fetal.
Ricardo entra no quarto seguido por George que olha a cena petrificado até ver o sangue escorrendo por meu braço, ao acender a luz ela olha em meu rosto seguidos por meus olhos, desce por meu braço vendo o corte superficial que provocou em mim, os segundos seguintes onde seu rosto demonstra pavor é onde reconheço que sua lucidez está retornando, ao olhar a faça em suas próprias mãos ela joga a mesma longe e arrasta aos meus pés enquanto George tenta ver a profundidade e estancar o sangue.
___ Me perdoa! Por favor me perdoa!
(Ela agarra minha perna se ajoelhando diante de mim e de forma desesperada pede perdão, incansavelmente, e mesmo que eu diga que não tem problema ela não para.)
___ Perdão, por favor perdão! Eram eles eu ouvi os passos, eu ouvi as vozes, não era você filha, eu juro que não era você aqui, eles te colocaram na frente.___ Sai de perto dela Rebeca! Solta a Fernanda agora!
George a puxa bruscamente do chão e a imobiliza na cama enquanto o Ricardo me tira do quarto.
___ Fernanda! Fernanda me perdoe, não era você, por favor filha não era você!
George tranca a porta após sair com as duas chaves, eu observo a cena incrédula.
___ O quê está fazendo? (Pergunto um pouco atordoada com os gritos de perdão que ela profere vindo por detrás da porta)
___ Ela te feriu, não vou confiar de deixar ela a solta pela casa.
___ Me dê essas chaves!
(Digo rispida)___ Fernanda! É para o seu bem...
___ Uma ova, você não vai tranca-lá como faziam comigo. Ela não queria me ferir, será que não perceberam que ela precisa de ajuda?
___ Eu percebi que ela estava com uma faca e te atacou.
___ A faca...
Olho em suas mãos procurando encontrar o objeto cortante e não a vejo.
Fico desesperada ao imaginar que deixaram o objeto no quarto com a Rebeca desequilibrada emocionalmente.Tomo as chaves das mãos do George e corro para o quarto, percebendo somente agora que os gritos haviam cessado, abro desesperada pedindo aos céus que não seja tarde demais.
Ao abrir corro meus olhos pelo quarto e não a encontro, procuro o objeto e o mesmo sumiu, caminho rumo ao banheiro e este encontra-se trancado. Meu coração bate desesperado.
___ Rebeca?
Chamo mais não obtenho resposta alguma.
___ Rebeca por favor abre a porta!
Aproximo meu ouvido da porta na esperança de escutar algo, e de fato ouço cochichos que não assemelho a nenhuma palavra.
Busco desesperada a chave correta e após alguns minutos encontro, ao abrir a porta meu corpo gela.
Ali está ela, estirada no chão que até então era branco e que foi tingido pelo tom vermelho de seu sangue que jorrava através dos pulsos cortados.Seus olhos piscando de forma lenta, perdendo as forças de permanecerem abertos enquanto seus lábios pronunciam as palavras que se tornaram mantra em seu ser.
___ Me perdoa...... Me perdoa.... Me perdoa.... Não era você...
Cada palavra foi dita até seus sussurros sucumbirem a escuridão e o silêncio reinar no ambiente mórbido que se tornou aquele lugar.
O que ela não havia escutado antes de se entregar ao desejo de morrer é que eu nunca a culpei pelo ocorrido, o pânico em seus olhos me diziam que seu ataque naquele momento era seu instinto de defesa querendo lutar por sua vida, e eu não era o perigo em que ela buscou com tanto desespero se defender, de todos os seus pecados, tentar me matar hoje não é um deles.
30 estrelinhas e eu retorno com outro capítulo. Bjs 😘
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A ESPERA DE UM MILAGRE 2
Dragoste#1AmordePai #2AmordeMae Fernanda Smith Collins Thompson encontrou nos braços de Ricardo Collins esperança, e agora vivia cada momento da sua vida como se fossem os últimos, e talvez realmente fosse. Agora ela ansiava por respostas, ela precisava sab...