Capítulo Cinco.

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Acordo cedo, o sol está fresquinho a manhã mas amena. Hoje vou ficar de plantão no hospital pela tarde, vou ajudar minha mães nos afazeres da casa, vejo as horas 6:30, faço minha higiene, saio do meu quarto.

Arrumo toda a casa, tomo um banho, troco de roupa e vou tomar meu café, mamãe sempre deixa o café pronto. Saio rumo a outra casa, no meio do caminho olho pra cima. Da janela seus olhos de gavião me observam, não dou atenção, sigo meu caminho. O melhor é eu manter distância dele, ele não  é para mim. Eu sei que só tenho 23 anos e daí, sou uma mulher que lutar por aquilo que quer e acredita... mas infelizmente homem arrogante, prepotente que se acha de mais, não é para me.

Todos estão nos seus afazeres, me junto a eles sem pensar duas vezes, quando se sabe o que tem pra fazer, não espere alguém lhe mandar.

- Filha? Leve esse café pra mesa por favor filha? E venha buscar essa jarra aqui. Diz ela me mostrando uma jarra com suco... Minha mãe está mas bonita do que nunca. Desconfio que ela anda conversando de mas, com seu João... será.
Levo as coisas do café pra mesa principal, recebendo bom dia de todos, menos da lindeza que não desceu ainda pra se juntar a família. Depois de tudo feito me junto aos demais numa conversa agradável, mas sou interrompida com dona Ângela me chamando.

_Lia? Venha tomar café conosco. Pede ela muito gentil e atenciosa.

_ Obrigado dona Ângela, mas vou ficar com os outros na cozinha. Falo, não é porque eles nos trata como da família, que no sei diferenciar patrão e empregado, quando penso em argumentar. O vejo desce as escada, caminhando em meu encontro. Sua postura séria, me intimida um pouco, mas não recuo. Ele vai até seu pai, lhe dá um beijo no alto da cabeça, segue até a mãe lhe dando um beijo na face, senta-se numa cadeira, cumprimentando a todos.

_ Bom dia. Diz todo pomposo, seu terno sob medida lhe caiu muito bem. Até abri a boca._ O que você está fazendo aí em pé. Pergunta com aquele sorrisinho idiota na cara.

Antes que eu responda, sua mãe responde por me, por meu deus, eu não entendo essa implicância dele comigo.

_ Lia, como não vou hoje para faculdade, o Alberto vai te levar. Fala Vitor, me pegando desprevenida, e agora o que faço. Ele não gosta de me, vive implicando comigo e agora essa.

_ Não precisa, posso pedir para o Pedro vim me buscar...antes que eu termine de formula uma palavra, sua voz autoritária rasga o ambiente.

_ Não, Eu te levo, também tenho umas coisas para resolver nesse horário. Fala comendo tranquilamente._ Pai, Vou para o escritório, venho almoçar em casa e te levo menina.

_ O nome dela é Lia, Alberto. Fala Flávia de olho na situação. Não respondo, peço licença caminhando até a cozinha.

Minha mente está uma zona, porque Vitor foi pedir  pra ele me levar, eu poderia muito bem ir de ônibus. Mas não ele tinha que bancar o irmão protetor comigo.

O resto do dia passa voando, vou até o jardim vê minhas flores, amo flores. Seus perfumes me encanta, a variedades de cores são incríveis. Aqui com seis mãos para fazer as coisas, rapidinho damos conta de tudo.

Depois de um banho relaxante, estou aqui esperando ele vir. Fico entretida olhando no celular, quando levo um susto ao vê-lo parado em minha frente, ele é tão alto me sinto miúda perto dele.

_ Vamos, Ou vai ficar aí . Diz e sai caminhando a minha frente, como sempre nada educado.

_ Olha me desculpa, mas eu não pedir carona nenhuma a você. Falo um pouco grossa, mas ele me tira do sério. _ Além do mais, posso ir de ônibus.

Saio de perto dele, caminho com minha mochila nas mãos até o portão. Quando sinto uma mão grossa, segurar meu braço, me barrando no lugar. Olho para sua mão na minha pele, soltando uma ligada de ar.

_ Olha, me desculpa se fui indelicado com você mas.... Sua respiração está um pouco rápida de mais._ Mas toda vez que nos encontramos sempre da nisso.

_ Eu não tenho culpa, se você não foi com minha cara desde o início. Meu tom de voz sai um pouco amargo. _ Vejo que é melhor ter uma certa distância entre a gente, assim na haverá mais brigas. Falo olhando diretamente nos seus olhos.

Ficamos parados, um de frente para o outro,perdidos em pensamentos. Sua mão sai do meu braço e desce até minha cintura fina, seu toque é estranho. Já que os únicos a tocarem em me, são meus amigos . Mas porque permitir ele me tocar desse jeito.
Me retraído , até suas mãos estarem longe de me. Quanto mas distante estivermos, será melhor para nós.

_ Vamos, o tempo está passando, talvez você chegue um pouco atrasada...vem. Diz ele.
É talvez chegue mesmo, e tudo por causa dele, que tem o poder de sempre me destabilizar.

_ Está bem, eu aceito até porque ônibus essa hora demora um pouco. Falo.

Caminhamos de volta até o carro, seu carro é bem espaçoso, bem confortável. Passo o cinto,

_Esta confortável. Pergunta ele, me olhando com o canto do olho.

_ Sim obrigada. Falo um pouco nervosa, eu não deveria me sentir assim.

Mas quem nunca ficou nervosa, na presença de um homem cuja presença emana poder. Diferente do Vitor que é mas normal, esse é literalmente um homem que as mulheres se jogam aos seus pés. Mas eu não sou essas mulheres, não nego que ele é tudo isso e muito mais, mas não quero e nem posso me envolver com homens desse tipo.

As ruas estão bem tranquilas nesse horário, as pessoas caminhando nas calçadas, pessoas e mais pessoas se misturando aos carros. Vejo um casal caminhando com um bebê no carrinho. Será que um dia vou encontrar um homem que me ame e queira ter uma família comigo. Compartilhar das mesmas coisas que eu, ter uma família grande, mas estruturada financeiramente, onde não falte nada para eles. Mas  principalmente ter amor em  dobro para dá. Saio dos meus pensamentos com ele falando algo que não ouço direito.

_ Oi eu não..prestei atenção. Falo

_Eu falei, você quer ouvir uma música. Falo que sim. Uma melodia leve invade o ambiente.

_ Você gosta do que faz. Ele me pergunta, deve está curioso sobre a profissão que escolhi.

_ Sim, amo o que faço, cuidar do próximo é uma dádiva da minha profissão. Falo com orgulho._ E você, gosta do que faz. Lhe devolvo a pergunta.

Ele me olha um pouco e responde.

_ Sim, amo seriedade e rigidez fazem parte da minha profissão.

Eu não o questiono mais, até porque nós somos amigos para um interferir no espaço do outro.

Ao chegamos no hospital, antes que eu desça do carro, ele desce da meia volta, abrindo a porta pra me.

_ Obrigada. Agradeço a ele, pego minha mochila olhando ao redor.
Várias mulheres estão como abelhas olhando pra ele, não nego que ele é lindo mas, sinceramente cadê o amor próprio desse povo.

_ Vem eu te acompanho. Diz ele me estendendo a mão, muito solicito para meu gosto.

_ Eu agradeço, mas eu prefiro ir só e... obrigada pela carona. Tropeço um pouco nas palavras, mas sigo a frente, antes que ele resolva questionar alguma coisa.

_ Já estava preocupado com você. Diz Pedro colocando a mão no meu ombro.

Não sei porque, mas não gostei desse toque dele. Olho para trás, o vejo conversa com o direto do hospital. Nos olhamos por um minuto até eu ser chamado por Pedro.

_ Quem é ele. Pergunta ele com um olhar estranho direcionado para o homem atrás de nós.

_ O irmão do Vitor, Alberto Torres. Ele continua olhando, não sei o que se passa na cabeça dele, mas não vou me aprofundar nisso._ E aí vem ou não.

Seguimos para nossa sala, hoje vou dividir com ele a ala da pediatria. Mas estou intrigada o porque do olhar estranho que eles se olhavam, como se estivessem numa conversa silenciosa. Deve ser coisa da minha cabeça, já que eles nem se conhecem.
Agora hora de cuidar das minhas crianças.

Gente desculpa a demora em postar. Espero que gostem😘💗de cada uma de vocês.

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