Capítulo Seis

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Meu dia no hospital é bem corrido como qualquer outro, auxiliar uma coisa, faz outra, só escolhe essa profissão quem realmente ama o que faz. Agora a noite está mais tranquilo, estou no meu horário de descanso. Aproveito para verificar meu celular, já que o mesmo passou o dia desligado, vejo algumas mensagens da mãe, da Flávia perguntando se quero ir com ela a uma festa esse final de semana..não sei . Respondo todas quando sinto mãos massageando minha nuca.

_ Tá gostado, você está muito tensa paixão. Fala Pedro acima da minha cabeça.
Tiro suas mãos de mim, não gosto quando ele me chama assim, parece que é bem difícil ele entender que não gosto desse tipo de contato tão íntimo.

_ Eu já falei que não gosto que você me chame assim, você não entende. Falo um pouco brava, pra vê se ele se toca de vez.

Ele dá meia volta, ficando de frente comigo, senta numa cadeira de frente pra mim. Eu nunca lhe dei esperanças de nada, sempre deixei claro que nossa relação é só amizade mas ele insiste nisso.

_Ah Lia para, você sabe que eu gosto de você, custava me dá uma chance.  Fala ele, suas mãos fazem carícias nas minhas, ele é um bom amigo, mas infelizmente não posso corresponder seus sentimentos.

_ Pedro, eu gosto de você, mas infelizmente nossa relação é só de amizade e, aqui não é local para esse tipo de conversa.
Eu nunca deixei ele acreditar que um dia, pudéssemos ter algo a mais. Até porque eu tenho um carinho enorme por ele, mas ultimamente ele está agindo de um jeito estranho, não sei bem explicar.

_ Lia, você tem alguma coisa, com aquele rapaz que te trouxe. O tom de sua voz é sarcástica, seu maxilar tenciona, ao pronunciar essas palavras.

De onde ele tirou que eu posso ter alguma coisa com senhor Alberto, não que ele não seja bonito mas..ele não é homem para mim. Até porque ele desde o início mostrou uma antipatia por me.
Meu objetivo é focar na minha carreira, não tenho tempo pra ficar de curtição. Com a profissão que tenho, responsabilidade, dedicação exigem muito de mim.

_ De onde você tirou isso, além do mas foi só uma carona. Antes que eu continue ele me corta.

_Porque você não me ligou, eu poderia ter ido te buscar com o maior prazer. Fala,suas palavras são cortantes, como se ele estivesse com muita raiva.

_ Pedro, qual é o seu problema. Pergunto já desconfiada da sua resposta.

_ Deixa pra lá, além do mas aqui não é local para se ter essa conversa. Ele mal termina de falar, caminha corredor a dentro, me deixando aqui sem respostas.

Eu sinceramente não sei qual o problema dele, acho que deva está com ciúmes, mas de quê se não temos nada, nem vamos ter. Além do mas somos apenas amigos, nada além disso.

Sinto que se eu não dá um ponto final nessa loucura, cedo ou tarde vou me arrepende amargamente. Eu não quero fazer isso, mas ele não me dá outra escolha. Nossa amizade vale muito, mas pra ele isso lhe dá o direito de supor ou fala algo ao meu respeito, que não com diz com minha pessoa.

Depois de um descanso, fui com outra médica vê uns pacientes. Passamos por vários leitos, verificando a melhora do paciente. Estou encaminhando um adolescente com luxação no membro inferior esquerdo, quando uma enfermeira chega às pressas me chamando pra fazer um parto. Deixo uma enfermeira fazendo os procedimentos de praxe, e saio com a outra. No momento só tem eu nesse setor,então rapidamente me paramento de tudo.

_Força mãe, empurre seu bebê está quase saindo. Falo palavras de incentivo, ajudando a mãe a fazer força para expulsa o bebê para fora de seu útero. Quarenta minutos depois, ele veio ao mundo. Todo sujo de líquido, mas isso é o de menos, ele é lindo saudável, forte, o pai fica como bobo ao lado da esposa.
É muito gratificante ajudar alguém a por no mundo um ser tão pequeno e indeferso. Vê tanto amor nos olhos de uma mãe por uma coisinha tão pequena, nós faz refletir sobre muitas coisas.

Depois de tudo feito, me despeço da família, deixando as enfermeiras fazerem os outros procedimentos, e saio rumo a sala de atendimento.  Olho pro relógio, só mais uma hora até a outra turma chegar, para me sair junto com os outros. O dinheiro que ganho aqui não é muito, já que o sistema público é precário, mas isso não me desmotiva.

Quando me mandaram escolhe em qual rede de saúde eu queria começar, eu escolhi a pública já que a mesma não oferece assistência digna a população, eles tenta mas infelizmente não oferece. Todo meu conhecimento vou presta aqui, não preciso de muito, mas o suficiente pra mim viver uma vida feliz. Diferente do Pedro e muitos, que não queriam está aqui, mas nem sei por qual motivo ele escolheu está aqui nesse hospital.

Depois da conversa que tivemos, eu não o vi mas, acho que ele está chateado pelo que falei, mas depois com mas calma colocar um ponto final nessa história. Chega de tanto drama por besteiras.

Estou tão concentrada que mal vejo os outros chegarem, passo nos leitos verificando os pacientes, antes de ir pra casa. Muitos já dei alta, outros vão ficar em observação. Repasso para outro profissional algumas anotações, vou ao meu armário recolho minhas coisas e saio rumo a saída.

Não vou ligar pra ninguém, já que tem várias ligações de Vitor, Flávia, seu João. Mas não quero atrapalha ninguém, posso pegar um ônibus e ir tranquila pra casa. Vejo as horas 8:30 nesse horário quase ninguém está em casa, todos já devem ter saído para trabalhar. Estou caminhando pra parada mas duas colegas quando sinto uma mão no meu braço. Viro dando de cara com meu amigo.

_ Ei espera eu te levo. Fala ele. Antes que eu responda ele continua_ Sem extresse tá. Fala com a voz  doce.
Concordo com ele, além do mas estou bem cansada, não vou discutir com ele agora.

Nos acomodamos no carro e seguimos viagem, as ruas estão movimentadas as pessoas apressadas mau tem um tempo pra um simples pôr do sol, me permito relaxar um pouco... Acordo com Pedro chamando, me espreguiço um pouco,antes de pegar minha mochila. Ele abre a porta do carro para mim, desço do mesmo sem esperar ele me abraça, um abraço bem apertado.

_ Até amanhã. Diz ele com veneração nas palavras.

_ Até amanhã. Falo saindo do seu aperto. Ele acena para me, antes de seguir seu caminho.

Passo pelos portões, dando de cara com o senhor Alberto ao lado do seu carro, seus olhos são como punhais sobre mim, seu maxilar está rígido mostrando o quanto está com raiva. Antes que fale alguma coisa, sigo meu caminho, mas a frente ouço um estrondo. Olho assustada para trás, vendo fechar o carro com muita força e sair cantando pneus.

O que será que deu nele.

Gente mais um capítulo postado, espero que gostem e comente. Próximo capítulo em breve chuchus😘😘😘😘😘😘💗😈

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