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LILIBETH

Faltam só alguns minutos para 2020 chegar e nunca imaginei que ia começar um novo ano trabalhando em um bar em Durham. Mas desde que o réveillon do ano passado e do ano retrasado foram insuportáveis eu acho que prefiro estar aqui.

Tem um monte de caras bebendo e algumas garotas, talvez pessoas que como eu não quiseram estar entre seus parentes ou seus amigos, só precisavam estar sozinhos. Ou alguns talvez nem tenham para onde ir.

- Mesa seis rosinha!

Alguém passa por mim, não identifico quem, porque todos por aqui me chamam de rosinha, por causa do cabelo. O fato é que gosto mais daqui do que da lanchonete.

É tudo do mesmo dono e como o movimento não está muito grande lá com as férias de meio de período eles precisavam de voluntários para o bar. Eu me ofereci.

Vou para a mesa seis, que está sob meu atendimento essa noite, e anoto os pedidos, mas olho para a mesa nove onde Roger Carter está sentado com outros caras de Duke. Ele já bebeu demais.

- Troca de mesa comigo? - Peço a Billie. - Esses são os pedidos da seis, eu vou anotar os da mesa nove.

Não espero uma autorização dela, eu pego a comanda e vou até lá.

Carter já bebeu demais. É da minha conta? Não. Mas ele é amigo da minha amiga que namora o melhor amigo dele. Isso significa que somos amigos distantes em algum grau e eu tenho que o fazer parar de beber porque nem Shane, nem Krista e nem Joshua estão na cidade.

- Ei rapazes! - Dou meu melhor sorriso para eles.

- Mais uma garrafa de uísque. - Carter é o que faz o pedido com a voz arrastada da bebida e o sotaque do centro-oeste.

Eu acho que ele nem mesmo ergueu o rosto para me ver aqui atendo sua mesa.

- Acho que chega de álcool para você cowboy. - Ouço os outros na mesa rirem, mas ignoro. - Que tal uma água? Uma Coca? Um isotônico?

Risadas de novo.

- Nós só estamos começando.

Se essa não fosse a quinta vez que ele vem se embebedar desde que as férias começaram eu não acharia grande coisa. Eu odeio bancar a babá de alguém, mas ele está pedindo por isso. Ele fica até às três da manhã sempre.

- Roger, você pode vir comigo um segundo? - Peço.

Os olhos dele encontram o meu, finalmente. Eu não sou amiga dele, eu ajudei ele a organizar a festa de Krista e o dei uma carona uma vez. Então eu me sinto uma verdadeira chata nesse momento.

- Ah não! Krista está espalhando essa merda de Roger por aí. - Ele resmunga e pega em meu braço nós afastando da mesa. - Eu volto em um segundo.

A última parte é com os outros na mesa. Provavelmente ele nem percebe que caminho tensa ao lado dele por ele estar me tocando.

Eu quero puxar meu braço e o dizer para não me tocar, mas eu aguento firme, até que ele me solta por decisão própria.

- Krista e Joshua pediram para me olhar? - Ele pergunta se sentando no banco.

O cara mal aguenta ficar de pé em seus provável um metro e noventa.

- Krista e Beaumont devem ter outras coisas para fazer, tipo estar com a família, cuidar do irmãozinho que por acaso ela descobriu que também é seu cunhadinho. - Ironizo.

- Transarem. - Carter completa. - Aposto que Hayley está lá também.

Quem é Hayley?

Ah, claro! A irmã que Krista foi no casamento no dia de Ação de Graça. E cuja qual Carter teve algum rolo.

Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)Onde histórias criam vida. Descubra agora