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LILI

O primeiro jogo do retorno da temporada foi uma vitória para os Blue Devils, e o time quase todo veio comemorar no bar.

Agora que todos estão chegando significa mais trabalho para mim, mas tudo bem porque o Beaumont resolveu abrir a mão e pagar várias rodadas para o time e acompanhantes.

— Parece que você vai ser o motorista da rodada cowboy. — Aponto Beaumont e Krista na pista, ela dançando muito solta e ele bebendo sem parar. — Outra soda?

Ele assente com a mesma tensão que está desde o jantar na quarta-feira. Eu fico tentada a perguntar a ele todos os dias se algo aconteceu, talvez com sua família, talvez algo a ver com Hayley, mas não quero ser invasiva.

— Você viu a Rae quando o jogo terminou? — Pergunto enquanto sirvo o copo dele.

— Nem sabia que ela estava lá.

Eu estou realmente um pouco preocupada com Rae, ela está saindo com esse cara do time e eles acham bom ninguem saber porque é começo, mas ela realmente passa muito tempo com ele e nós mal a vemos agora.

— Você está bem? — Finalmente pergunto colocando uma mão sobre o ombro de Roger.

Não consigo suportar mais outro dia com ele sendo estranho, até porque a estranha dessa amizade deveria ser eu.

Roger dá um daqueles sorrisos de lado que sei que derretem o coração de metade do campus e coloca a mão sobre a minha.

— Eu...

— Lilibeth! Mesas para atender! — Meu gerente grita.

Puxo minha mão do ombro de Roger com pressa.

— A gente vai conversar depois, quero saber se posso te ajudar em algo. — Digo a ele e saio do balcão indo anotar os pedidos.

O bar está tão cheio que só volto a ter tempo de falar com Roger ou com qualquer um depois da uma da manhã quando Krista está colocando seus braços ao redor do meu pescoço.

— Quem escolhe as músicas para tocar aqui? Essas músicas estavam legais antes, mas agora está uuuuuu. — Ela solta meu pescoço e põe as duas mãos ao lado da boca vaiando.

Krista bêbada é uma novidade, normalmente ela evita porque bebida a lembra do pai que se tornou alcoólatra após a morte da mãe e que acabou morrendo tambem um ano depois. Essa garota tem uma história difícil, mas ela ainda é a pessoa mais doce.

— Vou levar sua reclamação ao gerente. — Digo dando um tapinha no ombro dela. — Agora posso te trazer água, ou uma coca?

— Uma Coca seria ótimo. — Ela de joga na banqueta para se sentar e quase cai dando risada ao se segurar.

A olho não achando tanta graça, eu não levo jeito para cuidar de bêbados.

— Onde está o Beaumont? — Pergunto, embora ele também não esteja melhor que ela.

— Banheiro. Tipo para mijar mesmo.

Oh Deus, ela já fala como os garotos, está passando tempo demais naquela casa.

— É legal ter um namorado que vá ao banheiro e faça xixi ao invés de transar com outra. — Ela faz referência ao seu ex namorado. — Acho que é uma coisa boa que eu não me lembre de cena.

Empurro a garrafa de Coca a abrindo e servindo o copo dela enquanto a ouço falar dessas bobagens.

— Todo mundo passa por umas merdas com relacionamentos babacas não é? Eu, Roger, você. Não Josh, ele nem é humano, ele é tipo um deus, não vive as coisas que nós mortais passamos. — Krista divaga e dá um gole na coca. — Ele é tão incrível, tipo tudo nele, droga, eu amo tanto esse cara, Lili. Me sinto bêbada de amor.

Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)Onde histórias criam vida. Descubra agora