CARTER
Escuto as vozes no corredor e pauso o filme no notebook, as garotas chegaram. Olho para a hora, mais de onze.
Me viro para a porta no momento exato que Lili entra.
— Nossa. — Eu deixo escapar quando meu olhar cai sobre ela.
Ela está com um vestido curto preto de alças finas e está usando meia arrastão. As pernas dela são lindas e apesar da meia ser um pouco escura ainda vejo as pintas nelas.
Eu amo como elas formam vários caminhos pelo corpo de Lili.
— Meu rosto está aqui em cima. — Ela ri enquanto fala. — Só para avisar.
Me levanto indo até ela e seguro seu rosto olhando seus cabelos rosas já desbotados preso parcialmente para cima.
— Onde está seu moletom? — Pergunto. — Por que está usando esses trapos?
Isso a faz rir mais. Ela é tão linda.
— E Krista tinha certeza que você ia gostar. — Ela me empurrra devagar, mas seguro sua mão a puxando para mim juntando nossos lábios.
Gosto como ela sempre parece tão entregue ao beijo se segurando em mim enquanto tiro seus pés do chão.
— Eu gostei, muito. — Digo a levando até a cama e me sento junto. — Falou com a sua vó hoje? Ou com a sua mãe?
A avó de Lili teve sua primeira sessão de radioterapia essa tarde, onze dias depois que voltamos para Durham.
— Está bem, só o esperado, náusea, sono, mas fora isso tudo dentro do normal. — Ela explica. — O que estava assistindo?
Olho para a tela do notebook que é para onde ela está olhando também.
— É um documentário, LA 92, é sobre um negro que foi espancado por três policiais brancos e um hispânico e os quatro foram absolvidos. Isso desencadeou uma revolta que seguiu por seis dias de manifestações. — Conto e abaixo a tela. — Ainda não terminei.
— Podemos ver juntos amanhã?
Meu interesse pelas lutas antirracismo cresceu desde o que aconteceu aquela noite e o de Lili cresceu comigo. Eu sinto que ela se importa, de verdade.
— Claro. Amanhã recomeço com você.
Lili só tem mais duas semanas trabalhando no bar e na lanchonete, depois vai começar em uma livraria, o que a deixará livre todas as noites e nos fins de semana. Um tempo que estaremos consumindo muito juntos, exceto quando estiver no treino ou em jogos fora da cidade.
— Ei casal! Desçam logo!
Isso obviamente é Krista gritando. Eu gosto da forma como ela tem se tornado espontânea desde que chegou aqui, essa garota é mais uma das pessoas que merece uma vida feliz.
— Vamos lá cowboy!
Lá no caso é uma balada, nós cinco em uma balada. Shane vai junto. As garotas também convidaram Rae, mas ela recusou, de novo.
— Nós deveríamos ter vindo em dois carros. — Lili resmunga sentada entre mim e Shane no carro de Joshua. — Dois caras musculosos do time ocupam espaço.
— São só alguns minutos. — Joshua diz.
Shane vai além, ele mexe no cabelo dela e a olha por um instante.
— Algumas garotas morreriam para estar no seu lugar. Na verdade mais apertado que isso.
Krista se vira para trás e dá um tapa na perna dele ao mesmo tempo que eu afasto sua mão de Lili. O idiota está rindo e Lili também.
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Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)
RomanceLilibeth Carmichael sempre teve muito na vida, família, dinheiro, beleza, inteligência e um namorado perfeito por seis anos. Até que ela foi forçada a entender que ele não era perfeito e sua família também não. Agora em Duke ela está descobrindo que...