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CARTER

Nós temos que esperar Lili para irmos a festa, o que não é um problema, já que acaba de passar da meia noite e essas festas só podem ser consideradas que começam a essa hora.

Quando ela chega revirando os olhos para Krista ela parece toda uma bagunça carregando uma mochila.

— Eu juro que quase desisti. — Ela fala e olha para nós três já arrumados.

— Ei. — Joshua ergue a mão fazendo um high five com ela que ela retribui de mau humor.

O que é típico dela em alguns dias, mas ela parece exausta hoje.

— O que aconteceu? — Eu pergunto a ela.

— O que te faz pensar que aconteceu alguma coisa? Eu estou bem, ótima na verdade, só preciso de um quarto ou banheiro para me trocar.

Lili ergue uma mochila pequena onde provavelmente estão suas roupas e eu aponto o andar de cima.

— Pode escolher um dos quartos ou o banheiro. — Digo e ela começa a ir para a escada.

— Eu não vou entrar no quarto do pecado desses dois. — Ela aponta Josh e Krista sentados no sofá. — E muito menos no quarto da putaria do Irvine.

Não posso deixar de notar que ela chama Josh de Beaumont, Shane de Irvine, porém eu sou sempre o Roger. Ela gosta de ser do contra.

— E meu quarto é o que? — Pergunto para saber qual a escolha entre ele e o banheiro.

— Uma bagunça. — Krista se intromete e eu a olho torto.

Não tem problema nenhum com a bagunça em meu quarto. É uma bagunça bem organizada.

— Um monastério, porque está estampado na sua cara que não faz sexo há meses.

Ouch. Essa doeu. Não era para parecer tão óbvio que não fiquei de verdade com nenhuma garota desde o casamento da Hayley. Eu estava um caco, e agora eu só... não estou interessado. Contrariando toda aquele papo de Lili e Krista sobre ser bom para mim conhecer novas garotas.

— Segundo quarto do corredor. — Aviso para ela e ela sobe em silêncio, então olho para Krista e Joshua. — Ela está estranha.

— Ela não é sempre? — Joshua ri.

— Lili pode ser a fofa dos gatinhos ou a fechada mal humorada, então apenas acostume-se a ter uma amiga agridoce. — Krista fala.

Alguns minutos se passam antes que eu procure meu celular no meu bolso. Nan costuma ligar aos sábados e eu ainda não recebi uma ligação dela. Isso me preocupa.

Vou até a cozinha e procuro pelo celular, em seguida pela sala.

— O que? — Krista e Joshua perguntam juntos.

— Celular, acho que está no quarto. Lili deve ter se trocado já, não é? Preciso fazer uma ligação logo.

Joshua me olha em entendimento, ele é meu amigo, ele sabe sobre a minha vida, sabe sobre minha mãe e irmã.

— É, ela já deve ter terminado, mas bata na porta antes e seja um cavalheiro. — Ele me aconselha.

E isso é meio que bom, porque eu provavelmente apenas abriria a porta.

Assim que paro no corredor em frente a minha porta dou duas batidas.

— Ei Elizabeth eu posso entrar? Preciso do meu celular.

Ao invés de me responder para entrar ela vem até a porta e a abre empurrando o celular em minha direção. Ainda mal humorada, mas eu meio que não ligo para isso no momento que olho para ela.

Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)Onde histórias criam vida. Descubra agora