Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)

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CARTER

— Água.

Minha mão alcança a garrafa na mão de Lili mesmo que ela tente puxar, mas ela não é muito rápida, então eu pego e tomo um gole.

— Você é folgado. — Ela resmunga encostada no portão de ferro do campo de treinamento.

Nós estamos bem agora, depois de eu precisar repetir mil vezes que eu não bebi aquela droga de cerveja. E já fazem quatro dias.

Ela demorou quatro dias para falar comigo e Joshua teve um comentário sarcástico a cada vez que eu demonstrava estar chateado com isso.

— Quer correr amanhã antes da aula? — Lili pergunta.

Shane passa por nós saindo do treino e dá um tapa na minha cabeça e bagunça o cabelo de Lili.

— Ei rosinha!

— Ei Smith!

Shane para e abraça o ombro dela e eu percebo ela tensa, mas não o afasta. E eu meio que espero que ela faça.

— Vamos jantar juntos. Krista vai fazer comida mexicana? Onde está a amiga de vocês, eu nunca vejo ela de perto, está sempre ausente ou correndo.

Lili olha ao redor procurando, por Rae eu acho.

— Ela estava aqui há um minuto, mas parece que como você disse ela está sempre correndo. — Ela sorri e empurra finalmente o braço de Shane. — E eu topo o almoço. Você vem cowboy?

— Eu vou.

Meio que tinhamos sido apenas nós três e os outros do time as vezes durante os dois primeiros anos de faculdade, então no começo do semestre passado Krista começou a frequentar nossa casa e agora Lili.

É um tipo diferente de convivência.

— Os jogos começam nesse final de semana certo? — Lili pergunta no caminho para o carro dela.

Eu automaticamente a segui para o carro e Shane nos seguiu dizendo que ninguem gosta de ser a vela de Joshua e Krista. E ele está certo.

Shane abre a porta da frente do lado do passageiro e eu o empurro.

— Meu lugar, cara. — Digo a ele.

Lili é minha amiga, nós nós damos bem, não quero Shane tentando roubar minha amiga ou numa hipótese pior jogar charme para cima dela.

— Então vocês dois são crianças disputando de quem é a vez de ir na frente do carro com a mamãe? — Lili zomba e entra no carro e faço o mesmo do meu lado.

— Ruby gosta de mim e ela nem conhece ele. — Aponto Shane no banco de trás. — Eu cuidei dela, dei amor, eu tenho preferência.

A mão de Shane segura o encosto do meu banco e ele se inclina para frente.

— Isso é porque eu ainda nem tive a chance, nós sabemos que você demora a avançar, e eu sou mais rápido e tenho mais charme.

Eu poderia achar que isso é apenas sobre Ruby, o carro da Lili, mas o jeito que Shane olha para Lili quando termina de falar me deixa meio protetor.

— Sério? Eu não diria que é charme, eu diria que é ser um galinha fácil demais. Você fica com toda mulher que conhece. — Digo a ele.

A risada de Lili enche o carro enquanto ela dirige e eu me viro para ela só para ver isso melhor.

— O que? — É Shane quem pergunta.

— Minha amiga, Rae, diz exatamente a mesma coisa sobre você Smith. — Lili tem um sorriso de canto. — Que seria desanimador tentar ficar com você porque nunca dá para saber se você realmente está interessado e achou a garota atraente ou só fica com elas sem critério algum. Desanimador.