CARTER
Lili dorme quase todo o caminho de volta para Durham, o que significa que eu dirijo outra vez.
— Que horas são? — É o que ela pergunta quando seus olhos se abrem relutantes.
Olho o relógio em meu pulso.
— Quase dez. — Eu faço uma curva e entro na rodovia municipal. — Eu vou dirigir até o condomínio e então pego um Uber até a casa.
— Claro que não. A gente vai para a mansão dos intocáveis e então eu dirijo até o condomínio.
Eu tiro meu olhar da rodovia e me viro para ela apenas um momento.
— Mansão dos intocáveis? Que merda é essa?
Lili coloca a mão sobre a boca de um jeito tão infantil que me faz rir e levo a mão até sua boca puxando a sua para a descobrir.
— Pode ir falando. — Digo a ela curioso.
— Ok, mas depois vai esquecer disso, ok? Rae disse que eu não deveria falar, então por favor. — Ela joga o cabelo para trás e bate os cílios me olhando.
Sorrio por nunca imaginar que Lili era do tipo que faz uma expressão fofa para pedir por favor e desvio o olhar de volta para a direção porque eu vou acabar a beijando e perder a direção desse carro.
— Eu não vou contar.
— É que vocês três são meio intocáveis, comparado ao resto dos caras da faculdade. São os astros do time, todo mundo parece adorar vocês e ainda assim vocês não são como os jogadores comuns. — Ela vai explicando. — Vocês não estão constantemente em festas ou envolvidos com ninguém, Joshua foi se envolver com Krista no terceiro ano e tem Shane que fica com o campus inteiro, mas não se amarra a ninguém, e vocês ainda são bons alunos. É como se fossem três seres superiores estivessem reunidos.
Eu separo meus lábios para dar risada alta.
— Então somos intocáveis por que somos incríveis em tudo que fazemos? — Pergunto a ela.
— Rae não fez soar como elogio, mas que bom que você viu dessa forma. — Ela ri também. — Roger, para aqui! Vamos comprar algo para comer.
Olho para onde ela está falando, é uma lanchonete de beira de estrada. Viro o carro para o estacionamento e paro em uma das muitas vagas.
A cidade fica meio vazia sem os estudantes das universidades.
— Pelo jeito vamos ser atendidos rápidos. — Digo ao descer do carro e me aproximo de Lili a abraçando pelos ombros.
Ela se retrai por um instante, é sua reação imediata ao toque antes de relaxar. Como acontece desde ontem ela logo se encosta mais em mim enquanto empurro a porta da lanchonete e vamos até o balcão.
Nós pedimos nossos lanches para viagem.
— Minha bolsa ficou no carro, eu vou pegar. — Lili começa a ir, mas seguro o braço dela não a deixando ir e mostro a carteira. — Você não precisa pagar.
— Não, mas estou me oferecendo. Eu tenho dinheiro aqui, não precisa ir pegar. — Eu falo.
O cara no caixa está esperando o pagamento e eu estico algumas notas para ele.
— Eu te devolvo assim que voltarmos para o carro.
Eu expiro forte em exasperação pelo desespero dela em me pagar e dou um sorriso em seguida me virando para ela e seguro uma de suas mãos.
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Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)
RomanceLilibeth Carmichael sempre teve muito na vida, família, dinheiro, beleza, inteligência e um namorado perfeito por seis anos. Até que ela foi forçada a entender que ele não era perfeito e sua família também não. Agora em Duke ela está descobrindo que...