Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)

33

CARTER

Não é como queríamos terminar a temporada, em sexto lugar, mas eu percebo que a grande maioria do time está bem com isso. Nós fomos até onde conseguimos.

— Engel, Thompson, Hough, Wesley, Davis, obrigado por tudo que fizeram na defesa desse time nesses quatro anos. Aos que vão para a liga profissional será uma honra os ver crescer mais no futebol. Aos outros boa sorte em seus caminhos. E, vocês que ficam, os vejo no próximo semestre em busca de uma temporada melhor. Agora vão para suas férias!

Todos passamos dando tapinhas no ombro do treinador Irvine depois das palavras dele no vestiário.

— O churrasco é lá em casa! — Shane grita. — Estão todos convidados.

Ele é o primeiro a deixar o vestiário. Os últimos somos eu e Josh.

— Vai ficar no churrasco? — Pergunto a ele.

— Não, só vou buscar minha mala em casa e dormir no apartamento das garotas. Krista e eu saímos cedo amanhã. — Ele explica. Claro que eles estão indo para Wilmington. — E vocês?

— Saímos hoje ainda. É uma viagem longa de carro.

Especificamente vinte e seis horas, mas parecia uma ideia divertida. Lili e eu alternando a direção, parando em lugares legais. Depois de pouco mais de um mês de namoro, oficialmente, nós vamos apreciar algum tempo juntos sozinhos antes de chegar ao sitio da minha tia.

— Carter, você teve um ótimo semestre, em campo e fora dele. Exceto aquele episódio em Eugene.

É, exceto aquilo. Mas ele tem razão, foi um grande semestre.

Coloco minha mão sobre o ombro dele e o puxo para um abraço.

— Cara eu sei que fui um idiota com você várias vezes no semestre passado. Me desculpe. — Eu peço.

— Você estava passando por coisas. Está tudo bem.

Nós dois saímos para encontrar nossas namoradas, as duas se viram de costas e mostram as camisetas do Blue Devils, elas estão usando nossos números.

— Quando você se tornou essa coisinha fofa? — Pergunto abraçando Lili por trás.

— Se ficar de piada vou tirar essa blusa e usar de pano de chão. — Ela resmunga. — Isso era para incentivar.

Dou um beijo demorado no pescoço dela.

— É, eu te vi gritar na arquibancada. E eu amei. Eu amo você.

Lili tosse. Foi a primeira vez que eu disse isso e eu não espero que ela diga o mesmo agora, quer dizer, os problemas dela de se abrir para os sentimentos ainda podem existir e eu entendo.

— Me dá uma carona? — Pergunto para dissipar qualquer clima estranho.

— Sempre dou, não é?

Sim, e me deixa dirigir o carro dela quase sempre também porque não tenho o meu próprio. Acho que estamos ok com ela quase sempre a chefe da relação.

A casa está uma loucura quando chegamos. O churrasco que Shane organizou é lá nos fundos, mas a casa toda está cheia de gente.

— Essas pessoas vão destruir a casa. — Lili comenta enquanto subimos as escadas.

— Aí Shane terá que pagar.

Mentalmente peço que ninguém esteja se comendo no meu quarto, quase sempre isso acontece, mas dessa vez ele está livre. Assim que entramos fecho a porta abafando um pouco do barulho lá de fora.