26

3.9K 366 44
                                    

CARTER

— Shane! Shane!

Bato na porta do quarto dele repetidas vezes com a palma da mão. Se estivesse aberta eu teria entrado numa boa, mas ele está fazendo a única coisa que sabe fazer além de jogar. Fodendo.

— Shane guarde o seu pau e abra essa porta porra!

Eu tenho pressa. É quase fim da tarde, então tenho pouco mais de vinte e quatro horas para estar em Eugene. O problema é que não tenho muito dinheiro na conta.

Mas tenho que ir, eu disse a Lili que iria e ela parecia abalada. Além do mais, Lili é durona, ela não diz que precisa de alguém se realmente não precisar.

Chuto a porta do quarto de Shane.

— Eu preciso da sua ajuda!

Escuto barulho dentro do quarto e logo Shane sai, fechando a porta atrás dele, mas tenho o vislumbre de uma loira. Pelo menos ele está vestido dessa vez.

— Sério Carter? Eu estava me divertindo. O que você quer?

— Seu cartão de crédito para comprar passagens. Eu vou pagar tudo. — Informo a ele. — E a gente precisa ir comprar um terno, agora.

Shane encosta na parede e me olha parecendo que ainda não raciocinou minhas palavras.

— Cartão. Passagens. Terno. — Ele diz mais para si mesmo do que para mim. — Para que porra você precisa disso? Onde está indo?

— Eugene. Preciso ir a um jantar na casa dos pais da Lili.

Eu espero ele rir, fazer alguma graça sobre Lili me puxar pela coleira amarrada em minhas bolas. Mas Shane respira fundo.

— Você está atravessando o país para ir a um jantar na casa dos pais dela? — Ele pergunta. — Desde quando vocês são oficiais?

— Não somos, mas ela precisa de mim lá. — Digo. — Não posso explicar.

Passo a mão pelo cabelo esperando ele fazer alguma coisa além de ficar encostando me olhando.

— Vocês transaram o que, algumas vezes? Uma? Tem certeza que vai fazer mesmo isso?

— Primeiro, não é da sua conta. Segundo, eu tenho certeza. Terceiro, vai me ajudar? — Pergunto ficando impaciente.

A mão de Shane vai para a maçaneta da porta e ele a abaixa se virando para entrar.

— Eu vou ajudar porque está escrito na sua cara o quanto está apaixonado por ela, e não vou ser eu a impedir um cara apaixonado de ver sua garota.

Esse é meu amigo. Shane nunca diz não a ajudar alguém, ele tem esse coração gigante que poucos conhecem porque ele se importa mais em ser famoso por seu jogo e por seus talentos sexuais do que por seu coração.

Vou para meu quarto e minutos depois Shane entra jogando o cartão de crédito em cima de mim e depois seu corpo no meu colchão.

— Quando precisa estar lá? — Ele quer saber.

— Amanhã as oito, é a hora do jantar. — Respondo com o Google aberto olhando as opções de vôo.

Shane olha para a tela do notebook vendo as opções e aponta uma.

— Essa é a sua melhor opção. Você consegue sair daqui e ir para Raleigh com tranquilidade, e é só uma escala de três horas em Seatle.

Ele tem razão, as outras tem duas escalas longas, demorando até trinta horas para chegar e então eu não conseguiria estar em Eugene a tempo.

Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)Onde histórias criam vida. Descubra agora