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ROGER

Sinto o cotovelo de Lili acertar meu abdômen e eu dou risada.

— Você é mais safado do que eu podia supor. — Ela diz quando tenta se levantar e eu a puxo de novo.

Recebo um daqueles olhares de impaciência dela, mas eu não cedo dessa vez. Ela gosta de estar nos meus braços e já descobrimos que Lili é capaz de sentir muito prazer, só estava provavelmente se convencendo do contrário para se proteger emocionalmente.

— Eu volto a noite!

Afrouxo meus braços em torno do corpo dela.

— Agora podemos negociar. — Dou um beijo em suas costas devagar e ela se move me deixando saber que ela se arrepia fácil. — Se vai voltar então talvez não tenha porque ir.

— Não tenho mais roupas limpas na mala. E preciso do meu notebook para terminar a edição de algumas fotos. — Ela joga sua escova de dente e a escova de cabelo na mala aberta no chão.

— Tudo bem.

Eu a deixo terminar de se vestir e me levanto colocando uma bermuda antes de descer levando sua mala, que levei para o quarto já pela manhã.

— Você está uma bagunça. — Lili diz quando vamos até seu carro e passa a mão em meu cabelo. — Tome um banho e durma, parece que um caminhão te atropelou.

Dou uma risada contida.

— Então é isso que se diz quando se cruza a linha da amizade e passa a beijar seu amigo, foder com seu amigo. Romântico. — Eu zombo e a abraço encostando o queixo em seu cabelo. — Eu gostei muito do final de semana.

Eu espero que ela entenda, não quero que seja um acontecimento isolado, nem que fique só no final de semana. Preciso de mais com ela.

— Sim, eu também. — Ela só diz isso, porque ela é Lili, ela tem problemas e se envolver.

Posso esperar ela ficar confortável sentimentalmente, posso a ajudar perceber que ela está inteira, eu só preciso que ela não fuja. E, pela maneira como ela me abraça de volta, eu acredito que ela não vai.

Seguro o rosto dela e suspiro antes de juntar nossos lábios. Eu ia dar um beijo breve, mas não é o que ela quer, os lábios dela parecem impaciente nos meus e é ela quem passa a língua por minha boca e entra se enlaçando a minha. A mão de Lili sobe a minha nuca e um ruído escapa da minha garganta, ela tá me deixando com tesão de novo. Estou prestes a agarrar seu corpo e a levar de volta para dentro quando ela se afasta.

— A gente se fala depois. Eu te mando uma mensagem. — A voz dela é rouca.

Ela está excitada também.

Assinto em resposta e ela entra no carro enquanto caminho para o portão abrindo o cadeado. Só quando o carro some pela rodovia eu volto para dentro de casa.

Faço o que Lili disse sobre o banho e dormir um pouco. É hora do almoço quando acordo outra vez.

Quando checo o celular não há nenhuma mensagem de Lili ainda, mas o grupo está a todo vapor.

Shane: eu estou voltando essa noite, preciso foder e esquecer o final de semana

Shane:
foi traumático

Krista:
quão traumático?

Shane:
muito, eu vi meus pais fodendo e eles não param de se olhar como se quisessem ficar pelados o tempo todo

Derrubando seus limites (Astros de Duke #4)Onde histórias criam vida. Descubra agora