Capítulo 40 - Kiara Ward

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— Você tem certeza que estamos no lugar certo? — pergunto a Sabrine enquanto caminhamos por uma rua escura e aparentemente deserta.

— Eu acho que sim, esse é o endereço que me passaram. — responde, tão confusa quanto eu.

— Quando me convidou pensei que sabia para onde estávamos indo. — bufo de frustração — Era só o que me faltava, ficar perdida no meio dessa rua esquisita.

— Não estamos perdidas. — ela tenta ser otimista.

— Ah não? E onde estamos por acaso? — Sabrine se cala por um momento, sem saber o que responder.

— É, você tem razão, estamos perdidas. — fala, um pouco apavorada.

— Tudo bem. Fique calma, certo? Vamos achar uma saída. — tento tranquiliza-la antes que entre em pânico.

Andamos em silêncio pela rua estreita de paralelepípedo quando ouço Sabrine falar eufórica.

— Olha Kiara, acho que encontramos a boate! — ela aponta em direção a um estabelecimento escrito Owners of Hell. Por fora ele é bem simples, bem diferente das boates em Los Angeles e outras que já frequentei.

— Ótimo, não estamos mais perdidas. — falo, aliviada — Mas olha só para isso, quem abre uma boate assim tão escondida no meio de uma rua como essa? — sorrio com a situação.

— Tenho que concordar, é um pouco assustador aqui.

Andamos até o local e por fora está bem tranquilo e deserto. Passamos pela segurança e pagamos nosso acesso a boate. Assim que entramos no estabelecimento, eu e Sabrine somos atingidas em cheio. O lugar é muito diferente do que aparentava ser. Por fora, uma estrutura antiga parecendo um lugar abandonado, mas por dentro o ambiente é espaçoso, moderno e luxuoso.

— Meu Deus, olha isso, Kiara! — Sabrine é a primeira a falar, sem conter sua empolgação.

— É, estávamos enganadas, esse lugar é incrível. Venha, vamos tentar achar o bar. — caminhamos em meio aos corpos dançantes com um pouco de dificuldade até que chegamos em uma área menos movimentada.

— Ufa, acho que posso respirar agora. — falo quando chegamos ao bar. Me sento no banco com a respiração ofegante.

— Esse lugar está a todo vapor, não vejo a hora de ir para a pista de dança.

— Vamos pedir uma bebida primeiro, preciso me refrescar. — não demora muito para sermos atendidas pelo barman. Peço um Kir Royale, uma bebida leve e sofisticada. Sabrine pede um Apple Martini.

— Um brinde a essa noite. — vejo minha amiga erguer sua bebida. Faço o mesmo, brindamos e bebo um gole do meu drink — Agora vamos dançar!

Nos juntamos ao aglomerado de pessoas na pista de dança e em pouco tempo estávamos balançando nossos corpos freneticamente ao som da música eletrônica. De repente sinto a presença de dois homens se aproximar de nós. Sabrine logo se anima com a chegada dos caras. Eu, por instinto talvez, foquei meus olhos nas duas figuras, observando-os atentamente, mas logo desvio minha atenção e volto a dançar.

A dança estava fluindo muito bem até o rapaz começar a se aproximar demais e me tocar de um jeito que eu não estava gostando.

— Não me toque desse jeito, eu não gosto. — falo no ouvido dele e afasto seu corpo do meu enquanto continuo dançando. Vejo um sorriso pretencioso se formar em seu rosto. Olho para Sabrine e vejo que ela está bem a vontade com o outro cara. Reviro os olhos.

— Minha bebida está acabando, vou até o bar pedir outra. — falo para o rapaz, fazendo alguns sinais para facilitar a comunicação devido a música alta.

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