Ainda com a mão na cintura de Kiara, observo meu tio parado na porta da minha casa. Ele possuía essa péssima mania de me visitar em horas inesperadas e principalmente nas indesejadas.
— Meu tio é muito inconveniente, ele ainda acha que manda nas coisa. Então não repare se ele for um imbecil. — falo para Kiara.
— Realmente, ele não parece nada feliz. Obrigada por avisar, vou tentar não levar para o lado pessoal caso ele seja um imbecil.
— Não leve. — sorrio.
— O que ela está fazendo aqui? — tio Afonso questiona assim que nos aproximamos.
— Desde quando devo satisfação a você? — respondo de imediato.
— Eu já avisei que... — faço um sinal para que ele pare de falar.
— Vamos, Kiara! — falo com a garota e voltamos a caminhar.
— Mandei você ficar longe dela, essa garota é problema na certa. — Afonso insiste.
Reviro os olhos e passo por ele entrando em casa e fechando a porta, mas logo ela é aberta em um baque chamando a nossa atenção. Afonso segura em meu braço e eu o encaro sem paciência. Solto as malas de Kiara e me livro de seu aperto.
— Qual o seu problema, Afonso? Você acha que pode entrar na minha casa quando bem entender?
— O meu problema é que você está se envolvendo demais com ela.
— Só estou cuidando da garota, nada mais que isso.
— Desde quando você virou babá?
— Acho melhor cuidar da sua vida. Não é sua função saber o que eu sou e sim cuidar da segurança da máfia. — me aproximo e o seguro pelo ombro rindo sarcasticamente — A próxima vez que me tocar, vou fazer com que se arrependa. Agora suma da minha frente.
Ele sai batendo a porta e eu me viro para Kiara. Vejo Mari descer as escadas com um olhar de desaprovação.
— É assim que eu te ensinei a se comportar na frente das visitas?
— Mari...
— Como posso te ajudar, meu menino? Você parece estar estressado hoje. — ela sorri.
— Leve Kiara para o quarto que prepararam para ela. — falo irritado e pego as malas as deixando próximas ao sofá. Respiro fundo indo até o bar e encho meu copo de whisky, bebo o líquido de uma só vez e escuto as duas subirem as escadas.
[...]
Depois de tomar um banho e resolver algumas papeladas das boates, peço um jantar e assim que ele chega decido chamar Kiara.
— Kiara? — bato na porta mas ela não responde.
Entro no quarto e a vejo jogada na cama.
— Kiara... — sem respostas — Só falta ter morrido.
Me aproximo da cama e me curvo em sua direção aproximando meu rosto do seu.
— Kiara?
Ela abre os olhos lentamente e se afasta aparentemente assustada, provavelmente pelo curto espaço que nos separa.
— Humm... O que foi? — ela diz ainda sonolenta e se senta na cama.
— O jantar chegou, a Mari precisou ir para casa e eu imaginei que estaria com fome. — me endireito e coloco as mãos no bolso enquanto olho para a janela do quarto.
— Ah sim, tudo bem. Eu já vou descer. Agora você pode... — indica a porta — Me dar licença?
— Claro. — caminho até a porta, mas antes de sair me viro a encarando. — Kiara, você prefere suco ou quer beber um vinho?
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A Máfia Entre Nós
AcciónJá ouviu dizer que existem diversos tipos de vida que podem se conectar? Será que é verdade? Quando o maior mafioso de Portugal morre, surge uma pequena confusão em relação de quem tomará o lugar tão almejado. Mas até quando a paz reinará se todos q...