Shopping

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Henry e Florence não conversavam todos os dias, mas algumas vezes por semana eles trocavam mensagens. Flora era quem geralmente iniciava a conversa, já que Henry não era muito de ficar no celular e fazia isso somente por causa dela. Assim, ela não se sentia tão sozinha.

Na terça-feira, o empresário havia aproveitado o intervalo entre uma reunião e outra para tomar um café com sua esposa num shopping próximo ao escritório de advocacia. Cindy havia chegado em LA no sábado, e como passavam bastante tempo longe um do outro, tentavam aproveitar cada segundo juntos. Marcaram às 15h, mas antes das 16h a morena teve de ir embora por ter marcado outro compromisso.

A reunião via Skype seria às 17h, portanto Henry tinha tempo. Aquele era um dos dias em que Henry não havia almoçado por conta do trabalho. Estava faminto, e por conta disso, continuou a pedir coisas no estabelecimento e passou a mexer no celular enquanto esperava os pedidos.

De súbito, sentiu mãos magras e macias sobre seus olhos. Se assustou com o gesto da pessoa, dando um leve espasmo.

Que porra?

Henry franziu os cenhos, quase com raiva. Isso era coisa de criança. Pelas mãos ele sabia que era uma mulher, então se sentiu seguro o suficiente para entrar na brincadeira e deixar o celular em cima da mesa e apalpar as mãos que estavam o impedindo de enxergar.

– Hm... – o toque dele se estendeu aos braços dela. Demonstrando certa insegurança na voz, Henry deu um palpite. – Florence?

– YAAAY! – ela tirou as mãos dos olhos dele, pegou em seus ombros e se inclinou um pouco para mostrar o rosto.

A menina estava sorridente, e Henry, surpreso por ela estar ali e tê-lo encontrado. Se virou a ela e olhou para os lados rapidamente, como se certificasse de que não encontraria mais a esposa por perto.

Já mais tranquilo, Henry se levantou para cumprimentá-la.

– Flora! – ele falou mais para si do que para ela, então os dois se abraçaram. O advogado ainda tinha uma expressão confusa, mas esboçada um pequeno sorriso. – Como você está? – apoiou as mãos na cintura.

– Estou ótima. – disse levantando o queixo como se fosse uma rainha, rindo e arrancando um sorriso da parte do homem em sua frente.

Como se não bastasse o encontro inesperado, Henry também estava surpreso com a felicidade da menina. Tinha um certo brilho nos olhos e parecia radiante.

– Parece que alguém aqui está muito feliz! – ele cruzou os braços e continuou a encará-la.

– Sim, eu estou.

Então Henry se tocou de que deveria oferecer-lhe o assento em sua frente.

– Gostaria de se juntar a mim? – ele disse arqueando as sobrancelhas e indicando a cadeira.

Ela assentiu e Henry puxou a cadeira para que ela se sentasse.

– Hm, então você é um cavalheiro? – ela perguntou diante do gesto.

O moreno sempre havia sido educado com ela, mas não a esse ponto. Não se recordava de algum rapaz ter feito isso por ela, então ficou encantada diante da atitude.

Como um lord, Henry se sentou em sua frente e a encarou.

– Apesar de tudo, meus pais me ensinaram bem sobre como tratar uma dama. – lhe lançou um meio sorriso, o que o tornou ainda mais charmoso. Ela sorriu como resposta e Henry se recostou na cadeira. – Então... vai me contar o porquê de toda essa felicidade, mocinha?

Ela uniu as mãos, se preparando para contar a história.

– Bom... Daqui a algumas semanas é meu aniversário, e eu não queria fazer festa, na verdade, mas minha mãe, meus amigos e minha psicóloga me convenceram de que seria algo bom pra mim. Sabe... reunir as pessoas que se importam comigo e tal. – Henry assentiu. – E aí... Hoje meus avós e mais duas tias ligaram dizendo que vão vir pra cá! – ela sorriu como uma criança, batendo as mãozinhas.

Os lobos também amam || Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora