Adeus, Florence... Bem-vinda, Florence!

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Depois de uma noite de sono maravilhosa, Henry inspirou o ar da manhã e se sentou se espreguiçando. Ao olhar para o lado, não viu a mulher com quem tinha dormido. Franziu o cenho em confusão.

Antes de descer para ver se ela estava lá embaixo, o homem lavou o rosto, escovou os dentes e se vestiu com uma calça de moletom.

Ao caminhar pelas escadas, não viu Florence na sala. Um cheiro de fritura, porém, podia ser sentido pela casa.

Henry deu um sorriso ao vê-la de costas no fogão, vestindo somente sua calcinha e uma das camisas sociais dele.

O clichê que eu sempre quis, pensou.

– Não acredito que está fazendo o nosso café!

Ela virou a cabeça rapidamente só para vê-lo.

– Ah, acordou... – Florence brincou mexendo os ovos e logo sentindo um beijo em sua bochecha. – Dorminhoco! – Henry riu. – Fui enxerida o suficiente para pegar uma de suas camisas no closet, eu espero que não se importe...

– Por incrível que pareça, ficou melhor em você do que em mim.

Florence se virou e deu um sorriso de alguém que não acreditava naquilo, logo sendo envolvida pela cintura e beijada por Henry. Quando o contato físico foi quebrado, ela pareceu ficar um pouco tensa.

– Ei, aconteceu alguma coisa? – ele perguntou cuidadoso vendo a moça desligar o fogo. – Foi algo ontem à noite ou...

Quando ela virou, Henry viu que esboçava um pequeno sorriso nos lábios.

Flora tocou o rosto dele.

– A noite foi perfeita, Henry.

– Então por que você ainda me parece meio esquisita?

A loira deixou a mão cair, suspirou e desviou o olhar por alguns segundos.

– Vamos tomar o café primeiro, tá bom? Eu fiz com muito carinho, espero que tudo esteja gostoso.

Assim, Henry concordou e foi com ela até a mesa, se deparando com bacon, ovos, waffles, chá e frutas cortadas. O café foi acompanhado de alguns comentários aqui e ali sobre a comida e sobre acontecimentos interessantes ou engraçados que se relacionavam com o que estavam comendo, até que antes de pegar o lencinho para limpar a boca, um estalo soou na cabeça de Henry.

– Hm... – ele amassou o lencinho. – Quero te mostrar uma coisa.

Florence enrugou a testa e deu um sorriso confuso.

– O que? – ela viu ele se levantar e chamá-la.

Meio hesitante mas ao mesmo tempo curiosa, a menina o seguiu e seus olhos quase se arregalaram de excitação ao ver que estavam em frente ao famoso cômodo em que ela não poderia entrar.

– Está pronta? – ele perguntou, mas logo percebeu que aquela pergunta tinha sido direcionada mais a ele mesmo do que à Florence. Enquanto juntava as mãos para aliviar a tensão, viu a menina assentir com a cabeça.

Henry suspirou e seus lábios se curvaram um pouco para cima.

– Certo... – ele se aproximou da porta, girou a maçaneta e a abriu. – Bem-vinda à "última camada deepweb"!

No rosto de Florence, a expressão era de surpresa. Sua boca estava entreaberta e seus olhos varriam o lugar para contemplar a imensidão de quadros ali. O tal quarto era um ateliê.

Para se certificar de que Henry ainda estava atrás dela, ela lhe deu uma olhada rápida e viu que homem tinha os braços cruzados e seu típico sorriso de lado estampado no rosto.

Os lobos também amam || Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora