SEGUNDA PARTE: Florence

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Ir para Nova York foi uma loucura... Das boas, é claro!

Ao longo dos três últimos anos pude ter experiência estagiando em dois lugares: em uma editora, na área financeira, e numa multinacional, no marketing. As oportunidades foram de suma importância para por em prática tudo o que aprendi e para desenvolver habilidades e relações interpessoais. Não foi à toa que cheguei a Los Angeles prestes a assinar um contrato de trabalho por causa da minha ex-chefe!

A bolsa que a universidade me ofereceu não cobria todos os gastos, então também levei parte do dinheiro da indenização que ganhamos no julgamento. Assim eu consegui me instalar sem muitas dificuldades e dentro de 1 semestre eu já estava estagiando, o que me proporcionou um dinheirinho a mais pra gastar com o que eu quisesse.

Confesso que antes de ter ido pra lá, tive medo de não conseguir fazer amizades. Contudo, graças a Deus, eu fui cercada de pessoas maravilhosas que tornaram a minha estadia ainda melhor. Eu, Trisha e Catherine formamos um novo trio, e junto com Connor e Jacob, topávamos todos os tipos de diversão sempre que possível. Foram minha companhia mais constante no tempo em que eu fiquei ali, apesar de também ter me dado bem com as pessoas do trabalho.

Outra coisa boa que eu já almejava antes de ter ido para lá era a visita frequente aos meus familiares em Nova Jersey. Ficava complicado ir todo final de semana, mas mensalmente eu ia lá e tentava passar no mínimo dois dias. Durante as férias e festas de fim de ano eu também sempre passava com eles, e nos três anos minha mãe marcou presença no mês de julho. Não tinha ido nas datas festivas porque já tinha se apegado demais ao Guilherme e as crianças e queria que eles fossem todos juntos, o que não deu nos dois primeiros anos. Como no ano passado era minha formatura, toda a minha família foi me prestigiar e ainda passamos a virada em Nova York junto com meus avós, tias e primos.

"E os namoradinhos? 3 anos e nenhum namoradinho?"

Ok, eu tive 2 namoradinhos! Um deles foi o Connor. Éramos amigos a alguns meses e uma tensão muito grande parecia surgir entre a gente, até que num belo dia o pessoal que andava conosco nos deixou sozinhos em um dos dos corredores da universidade e não tivemos outra opção a não ser nos beijarmos. Connor era um príncipe e arrancava suspiros por onde passava. Moreno, alto, com olhos cor de âmbar e cachinhos no cabelo, Connor tinha um olhar e um sorriso terrivelmente galantes. Assim, ele aparentava ser um galinha que flertava com todas, mas a verdade era que Connor era um fofo.

No início foi uma maravilha, algo totalmente novo pra mim. Parecia que tínhamos virado uma só pessoa de tanto que andávamos juntos, mas acho que isso depois veio a ser um problema, porque quando ele começou a estagiar um semestre depois de mim, nos afastamos demais. Não dava pra colocar lenha na fogueira e acabou que nossa fogueirinha se apagou aos poucos. Em suma, nosso relacionamento durou 8 meses. Achamos melhor terminar e continuarmos amigos.

Meu segundo namoradinho não foi bem um namoradinho, foi mais um ficante. Alessandro trabalhava na mesma multinacional que eu e tinha 25 anos. Começou na implicância me chamando de "Barbie" – como se ele não fosse padrão – e depois acabou me chamando pra sair. Durou uns três meses, mais especificamente até eu saber que ele também pegava outra estagiária. Não que eu fosse apaixonada por ele. Nós éramos amigos, dávamos apoio um ao outro, mas eu achava estranho demais dar de cara todo dia com ele e com ela. Não parecia certo pra mim, sabe Deus quantas outras garotas ele não tava pegando...

Bom, e quanto a minha saúde mental? O momento mais difícil foi logo que eu cheguei. Passei quase dois meses sozinha, conversando apenas com o Krypto, o sindico e uns dois vizinhos do apartamento quando pegávamos o elevador. Minha mãe me ligava todos os dias e o grupo do whatsapp entre mim e minhas amigas era bem agitado, mas isso é diferente de companhia presencial. E eu tentava me entreter ao máximo para não pensar em Henry... Eu também queria a companhia dele e tinha vontade de me dar um soco por isso.

Os lobos também amam || Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora