Era sábado, 16:30 da tarde, quase duas semanas depois de Henry e Florence terem se encontrado na Rothfuss Consulting. Após vê-la, Henry tinha ficado um pouco aéreo e irritadiço. Sem que ele quisesse, a lembrança da loira tomava sua mente e ele odiava aquilo. Era pra ela estar enterrada. Afinal de contas, já tinha passado pela fase de superação... não tinha?
O primeiro sentimento que Florence teve diante da arrogância de Henry foi frustração. Sabia que ele não ia ser a pessoa mais simpática do mundo, mas também não esperava ser tratada com grosseria e superioridade. Se ele não queria conversar, ela não insistiria. Toda vez que Henry aparecia em seus pensamentos, ela o afastava. Queria fazer as pazes, mas não se humilharia por isso.
Aproveitando que Armie iria fazer alguns exames e Jade estava trabalhando, Henry, depois de muito prometer, levaria Mel para tomar sorvete. Bernardo tinha ficado dormindo com a babá e Henry agradecia por isso, tendo a certeza de que não daria conta de duas crianças sozinho. Quando chegaram ao local, Henry segurou na mão de Mel e abriu a porta de vidro, se deparando com a última pessoa que queria ver ali.
Era só o que me faltava!
Henry desviou o olhar do dela e fingiu não dar a mínima para a presença de Florence ali, focando no caixa e andando naquela direção.
– Olha, tio Henry, aquela não é a Florence?
Quando Henry percebeu, a menina tinha soltado sua mão e ido até a mesa onde Florence estava com Merida.
– Ei, eu lembro de você! – Melanie disse animada.
– Lembra? – ela disse surpresa e as duas se abraçaram de forma desengonçada.
– Sim, vocês namoravam, não é?
– Nós nunca tivemos nada – Henry a cortou friamente e travou o maxilar, se aproximando da mesa. A forma com que ele falou aquilo foi quase um soco no estômago de Florence. Quase.
É só a verdade, ela disse para si mesma.
– É... – Florence concordou com um meio sorriso e ajeitou sua postura na poltrona.
– Mas vocês viviam juntos.
– E agora nós vivemos separados, vamos logo que você tá incomodando as meninas – Henry pegou no ombro da garota.
– Imagina! – Flora disse intercalando o olhar entre Henry e Melanie. Qual era o problema dele? Mel não tinha nada a ver com aquilo e ele já estava sendo estúpido.
– Melanie, seu pai não vai demorar no médico. Vamos tomar sorvete. – ele disse olhando nos olhos da criança, exalando autoridade.
– Tá booom...
Flora e Merida deram um tchau sem graça para a garotinha e Henry sentiu que podia finalmente respirar quando saiu de perto delas. Pediram dois cascões e foram para uma poltrona do lado oposto ao que Florence estava sentada.
– Hmmm – Mel fez um som com a boca e o Henry sorriu ao vê-la saboreando seu sorvete de flocos. – Está uma delícia!
– Só não está melhor que o meu de pistache.
– Eca! – ela fez uma careta e se tremeu, provocando uma risada em Henry.
Depois de alguns segundos calada, Melanie tornou a falar.
– Tio Henry, por que agora vocês vivem separados?
Ele deu um longo suspiro.
– É coisa de adulto, Mel. Um dia eles estão bem, outro dia não estão.
A garotinha assentiu pensativa.
– Ela é bonita – lambeu seu sorvete.
Henry deu uma olhadela discreta para a mesa de Florence. Ela gesticulava e ria enquanto falava alguma coisa para a amiga. Seu cabelo não era mais tão longo quanto se lembrava. Agora era médio, com uma franja Bardot e uns dois tons mais claros. Florence tinha uma maquiagem leve no rosto e usava um short jeans cintura alta, um cinto preto de couro, uma blusa manga longa de cetim que amarrava abaixo dos seios, acessórios indo do pescoço ao decote da blusa, e uma sandália plataforma.
Afastou os olhos e teve de concordar mentalmente com a garota.
Essa filha da puta é linda.
De repente, a bola de Melanie cai no colo dela e ela começa a chorar.
– Não, não, ei! – ele rodeia a mesa e se agacha perto dela, tirando o cascão da mão da garota e deixando em cima do móvel. – Calma, tá tudo bem.
– Mas o meu sorvete... – Mel falou com a voz chorosa enquanto Henry tenta limpar algumas lágrimas com uma só mão pra não deixar estragar o próprio sorvete.
– A gente compra outro, meu amor, não tem problema. Vem – o homem a pegou pela mão e a ajudou a sair dali sem que pisasse no resto da bola que tava no chão.
Henry a levou para uma pia que tinha na frente dos banheiros e ficou olhando atordoado para o sorvete, a garota, o lixeiro e a pia. Odiava estragar comida, mas não dava pra fazer duas coisas ao mesmo tempo e Mel não gostava de sorvete de pistache. Jogou metade do cascão no lixeiro.
– Ok, vamos limpar isso – o moreno ligou a torneira, colocou um pouco de água nas mãos e passou na beira do vestido da menina. Parecia só estar espalhando e se sentia meio desconfortável em ter que lidar com aquela situação.
– Quer ajuda?
Henry ficou estático, ainda vidrado no vestido da menina e travando uma luta interna sobre ceder ou não. A razão falou mais alto que seu ego e ele recuou para que Florence tomasse conta daquilo.
Após alguns segundos encarando as duas de cenho franzido e mãos na cintura, Henry não pôde deixar de notar que o bumbum e as coxas de Florence pareciam maiores. Sentindo que algo estava criando vida lá embaixo, o homem disse que iria comprar os sorvetes enquanto a loira terminava de limpá-la. Quando pegou seu cascão e um copo para Melanie, Florence estava atrás dele com a menina, mas Henry nem olhou em seu rosto, se dirigindo somente para a criança.
– Toma – ele a entregou o copo de sorvete. – Obrigado, Florence – falou já dando as costas e guiando a garotinha para fora do estabelecimento.
capítulo pequeno, mas o próximo sai em breve pra compensar (pq é pequeno também k k k). o que acharam do henry nesse capítulo? será que depois do que a florence fez ele vai mudar ou vai continuar cagando pra ela? kkkkkkkkkkkkkkkk AMOOOOO, aqui a gente gosta de ver o circo pegando fogo! muito obrigada por todos os comentários e favoritos, vocês são maravilhosas e me inspiram a continuar escrevendo! nos vemos em alguns dias, beijão <3
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Os lobos também amam || Henry Cavill
FanfictionUm corpo machucado pode voltar a se regenerar. Uma alma machucada, dificilmente. Era pra ser só mais um caso de estupro nas mãos de um dos advogados mais conceituados de Los Angeles, mas as coisas foram muito além do que Henry Cavill esperava. Pâni...