Boa leitura!
Em uma manhã de sábado.
A primeira semana de janeiro se passara. Jimin estava de plantão no hospital, e a enfermeira-chefe o chamou, pedindo-lhe que fosse até a farmácia da rua Conti. O hospital contava com muito pouco estoque de alguns medicamentos, e não havia como esperar que o próximo carregamento chegue pelo rio, trazendo-os de Montgomery.
— Está bem, dê-me a lista, que irei agora mesmo — Park concordara, tirando o longo jaleco que usava sobre a camisa branca e calça preta simples.
Minutos depois, já estava na rua, a caminho da farmácia, que era a mais bem abastecida da cidade. Não colocara o casaco, visto que o dia não se encontrava assim tão frio. Mesmo porque, naquele ano em particular, as primeiras azaléias floriam cedo, ainda no inverno.
Quando entrou no estabelecimento, o proprietário olhou-o e logo sorriu:
— Bom dia, Sr. Tigart! — cumprimentou-o. — Estamos com uma temperatura maravilhosa hoje, não acha?
— É verdade! — E concordou entregou-lhe a lista e ignorando o nome pelo qual foi chamado.
O homem deu uma olhada no pedido e arqueou as sobrancelhas. — Vou levar alguns minutos para juntar tudo o que está aqui. Importa-se em esperar?
— Não, de modo algum.
O farmacêutico seguiu por uma porta para a parte dos fundos da loja, deixando-o sozinho. Park cruzou os braços, observando curioso, as inúmeras caixas de remédios expostas nas prateleiras por trás do balcão.
— Com licença, sr. Tigart? — ouviu, logo atrás de si, uma voz profunda que o arrepiou inteiro. — Jimin se voltou, rápido, e deparou com Sutton Vane em pé, muito próximo, sorrindo-lhe. — Preciso de seu auxílio — ele disse, parecendo sério agora.
— É mesmo? — Jimin disse prestativo.
— Sim, senhor. — Com delicadeza, tomou-o pelo braço. — Venha. — E o conduziu para a saída da farmácia.
— Espere! — Park protestou, parando de andar e encarando-o. — Vim até aqui para comprar medicamentos de urgência para o hospital e ainda não fui...
— Por favor, não vai demorar — insistiu. — E preciso, de fato, de sua ajuda.
Com o coração acelerado, Jimin respirou fundo, indagando ainda:
— Do que, exatamente, necessita senhor?
Não houve resposta, e ele franziu o cenho, confuso, sentindo a pressão dos dedos dele em sua pele, incitando-o a acompanhá-lo para fora dali. Jimin ameaçou reclamar de novo, mas Vane negou com um gesto, segurando-o ainda, o mantendo calado. E continuou levando-o consigo, até a elegante carruagem que esperava junto à calçada. Ajudou-o entrar e entrou em seguida. Muito circunspecto Park fez menção de sair do veículo, mas a mão firme de Sutton, embora delicada, deteve-o. E, olhando direto em seus olhos desconfiados, disse:
— Estaria livre esta noite, sr. Tigart?
— Prefiro que me chame de Park... Livre? — repetiu, sem entender. — Sim, mas...
— Ótimo. — Vane tornava a sorrir. — Então, venha jantar comigo.
— Jantar com... Quer dizer que era para isso que precisava de mim?
— Na realidade, sim. Preciso que jante comigo hoje.
Jimin o encarava, sem saber o que dizer. Por fim, declarou:
— Sr. Vane, não tenho tempo para suas bobagens.
— Mas deveria.
— Como?
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Scandalous!
FanfictionAquele homem poderoso, ameaçador e irresistivelmente sensual Poderia fazê-lo perder a cabeça... O rapaz que partira para servir no Exército vinte anos atrás fora tolo e ingênuo. Acreditara no garoto que prometera esperar por ele. Confiara no amigo q...