Boa leitura!
— Ossos, passei por um terreno na Rua do Canal na semana passada. Descubra se está à venda. Se estiver, compre-o. Se não, arranje outro lote grande, muito bem localizado, no centro da cidade.
O ex-marinheiro assentiu e anotou, no pequeno bloco que tinha em mãos: "Lote na Rua do Canal". Depois comentou:
— Pode ficar tranquilo, patrão. Cuidarei disso agora mesmo.
— Encontre-se com o arquiteto que fez a planta para a mansão da ilha — Sutton prosseguiu com as ordens. — Diga-lhe que quero também uma enorme estufa nos fundos da casa.
Ossos assentiu sem questionar e tornou a fazer anotações. Depois ergueu os olhos para o patrão, indagando:
— Alguma coisa mais?
Sutton estendeu o braço para a caixa de prata em cima da escrivaninha, onde guardava seus finos charutos cubanos, pegou um deles e cortou a ponta com o aparador que mantinha na gaveta de cima do móvel. Acendeu-o e tirou algumas baforadas. Ossos sentado diante dele, do outro lado da mesa, apenas observava-o, esperando paciente, por qualquer outra ordem. Sutton soltou uma nuvem de fumaça acinzentada e disse calmo:
— Faça com que um de nossos homens visite o asilo de órfãos em St. Francis. Diga-lhe para falar com a diretora, a sra. Abigail Young, e perguntar-lhe se alguma das crianças estaria interessada em fazer aulas de piano. Explique que as aulas serão gratuitas e que a pessoa que as está oferecendo prefere permanecer no anonimato. — Depois soltou mais algumas baforadas e calou-se.
Ossos o olhava atento.
— Nada mais?
— Por enquanto, não. Quanto tempo vai levar para fazer o que lhe pedi, Ossos?
— Bem, acredito que, dentro de quarenta e oito horas, você já terá as respostas que deseja.
— Ótimo. Obrigado.
— Por nada, chefe. — Ossos fechou o bloco de papel, levantou-se e, sem mais uma palavra, deixou o escritório, para providenciar o que devia ser feito.
Dizendo que não conseguia ficar longe dele, Sutton achava um jeito de estar com Jimin sempre que ele não se encontrava no hospital trabalhando. E, quando estavam juntos, faziam amor.
Park estava dominado, obcecado por ele. Disposto a cair em seus braços sempre que Sutton o procurava, desejando vê-lo, tocá-lo entregar-se mais uma vez. Cada carícia, cada beijo, trazia-lhe um novo encanto. E não fazia questão alguma de esconder o fato de que se achava louco por Sutton. Queria desesperadamente acreditar que ele sentia o mesmo por si e afastava qualquer dúvida que pudesse pairar em seu íntimo quanto aos sentimentos dele. Seu mundo pertencia a Sutton agora, e queria que permanecesse assim. Vane fizera tamanha diferença em sua vida que, sempre lhe seria grato pela felicidade que lhe proporcionava.
Não queria pensar no amanhã, temê-lo, imaginar se aquele ardente caso de amor iria ou não terminar. Não pretendia descobrir para onde iria, o que aconteceria em seu futuro. O presente era o que mais lhe importava. E era felicíssimo nele. Entretanto, uma voz interior teimava em avisá-lo de que aquilo poderia não durar, porque tudo tinha um fim, em especial o que era bom demais. Rezava todas as noites pedindo a Deus que mantivesse Sutton junto dele, sabia que era absurdo pedir aquilo a Deus, mas a simples ideia de perdê-lo já lhe era insuportável. Ele era tudo para Jimin.
Até conhecê-lo, imaginava sua vida como algo sem importância, sem interesse. Achava que jamais poderia ser feliz outra vez, como fora um dia, nos braços de seu grande amor Jungkook. Mas estava enganado. Jamais encontrara tamanha felicidade e jamais amara tanto quanto agora.

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Scandalous!
FanfictionAquele homem poderoso, ameaçador e irresistivelmente sensual Poderia fazê-lo perder a cabeça... O rapaz que partira para servir no Exército vinte anos atrás fora tolo e ingênuo. Acreditara no garoto que prometera esperar por ele. Confiara no amigo q...