CAPÍTULO VI

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Boa leitura!

Por um longo e tenso momento os dois ficaram ali, um diante do outro, numa ansiedade absoluta. Jungkook temia estragar o que deveria ser lindo para o outro. Temia que Jimin acabasse por mudar de ideia e lhe pedisse para o levar de volta para casa.

— Não vai me beijar? — Jimin perguntou, por fim, percebendo sua hesitação.

Jeon engoliu em seco.

Passou um dos braços pela cintura dele e baixou a cabeça devagar. E o beijo que lhe deu foi absolutamente diferente de todos os muitos outros que já lhe dera. Todo o amor, a paixão e o desejo que sentia estavam em seus lábios. Jimin deixou-se levar, inundando-se de uma sensação nova, deliciosa, que o fazia entregar-se quase que sem sentir.

Jungkook o fez se deitar com cuidado e, com suavidade, despiu-o. Depois, olhando-o, sempre com adoração, livrou-se de suas próprias roupas e voltou a beijá-lo. O calor de seus corpos, finalmente unidos assim, pela primeira vez sem a barreira dos trajes, era agradabilíssimo para ambos. Descobriam-se de uma forma diferente, que jamais haviam imaginado antes. E, no calor do desejo intenso e inexperiente que os dominava, abraçaram-se, perdidos em mais beijos ardentes, em carinhos íntimos, instigantes, arrebatadores.

Na intensidade da volúpia, Jimin separou seus lábios dos de Jungkook por alguns segundos e murmurou. — Tenho medo de que não dê certo conosco...

— Por que, meu amor?

— É que... Eu... Nós somos... — Jimin exitou.

— Diga.

— Não posso.

— Por que não? É seu Gukk quem está aqui com você. Pode dizer tudo o que quiser para mim, lembra? Não há segredos entre nós.

— E que eu...

Jeon sorriu compreensivo e amoroso.

— Não tema nada, meu querido. Serei o mais gentil possível com você. Mas, se não quiser, é só falar. Para mim, estará bem assim. Não quero forçá-lo a nada. Se quiser ir embora agora mesmo, podemos nos vestir e partir, sem problemas. Ou, se preferir, posso tão só permanecer aqui, ao seu lado, e passar a tarde toda apenas conversando.

Jimin tirou uma mecha da testa do outro. — Podemos fazer isso?

— É claro. Se for isso o que quer... — Jeon afastou-se, voltando-se para recolher suas roupas.

— Não! — Minie protestou.

Jungkook percebeu que estava sendo observado e corou. Sentia-se vulnerável diante do olhar inocente de Jimin. Era como se Park tivesse se esquecido de sua própria nudez.

Jamais viram um ao outro nu. Jimin nunca tinha visto outro homem sem roupas, ouvira comentários de suas colegas na escola sobre as formas masculinas, sobre como eles eram feios, peludos, repugnantes e isso parecia tão diferente de si, que não tinha pelos em canto algum, se olhara no espelho diversas vezes e se questionara se não era homem igual aos outros. As moças riam muito ao comentar tais coisas, e ele ria também, alheio a toda aquela conversa.

Lembrava-se agora, de que suas amigas disseram que quando se casassem, permitiriam que os maridos lhes fizessem amor apenas no escuro. E era estranho, mas Jimin achava que as colegas estavam muito enganadas. Nada havia de repugnante no corpo masculino que via agora. E seu coração batia descompassado de amor por ele. Moreno, alto, pele branca e lisa, livre de pelos e com aqueles incríveis olhos negros brilhando para ele, Jungkook era um verdadeiro deus grego.

Começando a ficar encabulado, Jungkook deu um passo à frente e o abraçou.

— Vamos apenas nos deitar aqui e conversar, está bem? — tornou a propor.

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