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Alguns dias passaram após a confusão e a minha quase morte graças a Helena, mas nada havia sido resolvido ainda, e Conrad estava trabalhando muito junto com Adam para colocarem um ponto final nesse assunto.
Me sento na cama, respirando fundo e pensando se eu deveria agir agora. Conrad estava fazendo o trabalho dele como Capo, mas... eu não me sentia seguro. E algo me dizia que isso não ia acabar bem.
Pego meu celular, olhando minha lista de contatos, que não eram muitos, mas havia duas pessoas ali para quem eu nunca disquei, mas sabia que um dia eu iria necessitar desse número.
Fecho os olhos, confuso. Eu não era ninguém. Estava tentando ser forte, mas isso é mais difícil do que eu pensei. Eu quero muito me vingar de Helena, mas nem um treino básico eu tenho para isso. E também não estou afim de fazer.
Eu tinha algumas opções ao meu favor. E todas as opções envolviam meu passado. E eu realmente não sei se ainda estava pronto para enfrentar meus pesadelos de uma vez. Superei algumas coisas, mas outras ainda me perseguem e me machucam, especialmente as que vem em forma de lembranças, me fazendo ter em mente tudo que eu tive que passar até aqui.
Ainda dói...
— Lux? — Adam adentrou o quarto, parecendo cansado. Deixo o celular de lado, permanecendo sentado na cama.
— O pai de Helena ainda está revendo o lado de ambas as partes. Além disso, ninguém tem provas de quem mandou aquele homem te matar. Ele foi levado por nós, mas não está querendo confessar sob nenhuma hipótese. — Assenti, suspirando lentamente.
Adam logo se sentou ao meu lado, respirando fundo e fechando os olhos.
— Está muito cansado? — Questiono, o olhando. Ele sorriu, ainda de olhos fechados.
— Para ficar com você, nunca. — Falou, o que me fez sorri instantaneamente. Eu não mereço um namorado tão perfeito assim.
— Estou falando sério, Adam... — Murmuro, e ele me olha, sorrindo e depositado um selinho em meus lábios. Mas senti falta quando seus lábios se afastaram dos meus.
— Eu também estou. — Sorri, ficando em silêncio depois dessa. E logo tenho uma ideia absurda passando pela minha cabeça. Me levanto da cama rapidamente, vendo Adam me olhar curioso. — Aonde vai?
— Tomar um banho. Descansa um pouco. — Falo, pegando a toalha e seguindo para o banheiro. Tomo um banho rápido, não molhando o cabelo, já que ele demoraria uma eternidade para secar e eu já havia lavado pela manhã. Visto um shortinho azul claro de dormir, curto e soltinho. E uma camisa branca social, que era de Adam. Vez ou outra ele deixava roupas aqui, quando tomava banho no meu banheiro ou passava noites comigo, então suas roupas iam acumulando, mas eu estou longe de reclamar.
Dou uma sacudida em meus cabelos e passo perfume. Senhor, dai-me forças!
Volto para o quarto, vendo Adam sentado na cama, com os olhos fechados, mas não parecia estar em um sono profundo. Ele estava tão lindo com aquela roupa social. Era até raro vê-lo assim. Eu estava mais acostumado ao vê-lo com roupas casuais. Mas um homem daquele porte com roupas sociais era um verdadeiro colírio.
No momento, ele usava uma calça social preta, um pouco justa por conta das suas coxas grossas e uma camisa social branca, com os três primeiros botões abertos e a gravata preta frouxa.
Adam... isso é covardia, e você tem que está ciente disso!
Respiro fundo, subindo na cama e sentando sob meus tornozelos, o observando primeiramente. Adam não se mexeu, o que me fez sorri.
— Você disse que não estava cansado ao meu lado... — Sussurro, quase querendo ri da situação. Levo minha mão para seu rosto, acariciando sua bochecha e sentindo sua barba rala fazer cócegas em minha mão. Mas era uma sensação boa.
Sem que eu esperasse, Adam segurou meu pulso, beijando meus dedos docemente. Eu estava encantado com seus gestos, com sua atenção, seu carinho... Eu mal conseguia me mover de tão fixado que eu estava, olhando para ele.
Adam abriu os olhos devagar, me fitando com um lindo sorriso no rosto. Senti meu coração disparar instantaneamente, e se meu coração pudesse falar, ele certamente diria que não aguentaria receber esses sorrisos tão inesperadamente.
Sem pensar, subo em seu colo, repousando minhas pernas uma em cada lado do seu corpo e me erguendo o suficiente para poder beijá-lo. Eu estava louco para sentir seu sabor novamente. Eu não precisava sair com outras pessoas para ter certeza de que Adam carregava em seus lábios os melhores e mais saborosos beijos do mundo.
Era a minha perdição.
— Tem um tempinho para mim, ou está muito cansado? — Questiono, pausando nosso beijo para poder olhar em seus olhos azuis. E que belos olhos!
— Sempre terei todo o tempo do mundo para você, baixinho. — Ditou, voltando a me beijar, o que me fez sorri entre seus lábios.
Puxo sua gravata, a tirando e a jogando em qualquer lugar. Continuo o beijando, subindo minhas mãos por seu peito e começando a desabotoar sua camisa. Adam logo segurou meus pulsos, me parando e me olhando duvidoso.
— Lux, eu já disse que não precisa... — Empurro suas mãos, abrindo o restante da sua camisa.
— Acontece que eu quero. — Falo, convicto, vendo ele me olhar surpreso. — Me faça seu, Adam.
Adam não disse mais nada, apenas me puxou para mais junto de si, voltando a me beijar deliciosamente.
Uma das decisões mais certas que já tomei na vida.
