BASTA TE OLHAR

3.9K 444 107
                                    

Adam serviu o jantar que ele mesmo disse ter preparado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Adam serviu o jantar que ele mesmo disse ter preparado. Um delicioso peixe grelhado e salada de legumes, com arroz de opção e outros tipos de comida japonesa. Céus, que delícia!

— Eu consegui agradá-lo? — Adam questionou, o que me fez sorri.

— Eu amei a surpresa. Eu quis te matar no começo porque achei que me levaria para uma boate. — Adam riu, tomando um pouco de refrigerante. Havia vinho branco, mas ele não estava bebendo, o que me fez lembrar daquela maldita que o drogou. Adam não dizia, mas ele também era humano e também tinha certas coisas que o machucavam.

Pego minha taça, me servindo com o vinho e bebendo um pouco.

— Ouvi dizer que vinho combina muito melhor com peixe do que refrigerante. — Comento, vendo ele sorri fracamente.

— E onde ouviu isso?

— Uma vez, um certo homem me carregou para um restaurante de comida japonesa. Mas lá não tinha vinho, e aí ele mandou embalar toda a comida e voltamos para casa... E só então ele me explicou que não pode abrir mão de um bom vinho, quando se come uma boa comida. — Falo, relembrando um dos momentos que tivemos quando morávamos fora do país, na qual ele me levava para os cantos, tentando me agradar de alguma forma. Eu não reagia, mas eu tinha cada palavra sua gravada em minha memória.

Adam sorriu, me olhando atentamente.

— Esse homem parece ser sábio. — Sorri, pegando uma taça e servindo o vinho para Adam.

— Mais do que você imagina. — Falo, vendo ele abandonar o refrigerante e tomar o vinho, saboreando a comida.

Aspiro o ar puro e o cheiro do mar. Tudo estava tão gostoso. Fecho meus olhos, apoiando as mãos atrás do meu corpo, sentindo a areia em meus dedos enquanto sentia meu corpo relaxar com a brisa fria e gostosa da praia. Não existiria lugar mais perfeito do que esse.

Abro os olhos, me assustando ao ver Adam tão perto de mim, com seu rosto perto demais do meu.

— Adam... o que está fazendo? — Ele me olhou, parecia haver uma ponta de tristeza em seu olhar. Algo que eu não sabia decifrar.

— Sei que não gosta de mim, mas mesmo eu tentando... não consigo te tirar da minha cabeça. Eu me sinto entre a cruz e a espada, porque mesmo você estando tão próximo de mim, eu não posso te tocar. — Declarou, olhando fixamente em meus olhos. Engulo em seco, mordendo o lábio inferior. Oh, merda! Adam, seu idiota. É claro que eu gosto de você, mas como posso fazer você entender sem que eu pareça um idiota?!

Respiro fundo, o encarando. Ele permanecia perto. Eu podia sentir sua respiração, seu perfume...

— Adam...

— Tudo bem, Lux. Não vamos estragar esse momento. Eu só queria te dizer. — Ele se levantou, sorrindo. — Não quer ir até o mar comigo?

— O quê? No mar? Não, de nenhuma forma. E nem insista. — Falo de imediato. Ele riu.

— Qual é? Eu estou louco para dá um mergulho desde que cheguei.

— Então vai lá. Eu fico monitorando a comida. É um ótimo serviço para mim. — Brinco, vendo ele ri e correr até o mar, tirando a camisa e pulando na água.

Puta merda... — Solto um xingamento involuntário. Por que diabos eu disse para ele ir? Eu não imaginei que ele fosse tirar a camisa e parecer um deus no meio daquelas águas.

Oh, céus... dai-me forças!

Adam saiu da água, caminhando em minha direção, tirando o excesso de água do rosto. Inferno, ele estava fazendo de propósito!

Espera, eu mesmo disse que não iria sentir atração por ninguém, então... que formigamento em meu corpo é esse de repente?

— A água está maravilhosa, devia experimentar. — Ditou, tentando tirar o excesso de água da bermuda e voltando a se sentar ao meu lado. Eu estava estático, sentindo meu corpo estremecer. Porra, eu queria me agredir por essa sensação tão repentina.

Retiro o casaco, sentindo um calor incomum, o deixando de lado.

— Você... não trouxe uma toalha? Acabou de ficar bom da febre, não quero que pegue um resfriado. — Falo, na tentativa de que ele se vestisse ou fizesse qualquer coisa que cobrisse seu peito desnudo, com aquelas benditas gotas escorrendo pelo seu corpo e enfatizando suas tatuagens. Eu vou surtar, tenho certeza.

— Está tudo bem. Estou acostumado a nadar no mar. Eu amo caminhar na praia. — Sorri, mas querendo me matar por dentro. Ele não podia tentar mais uma vez? Tipo... Não! Eu disse que não ia acontecer nada, então não vai acontecer!

Adam suspirou, parecendo mais relaxado, tomando um pouco do vinho e observando a cidade ao longe, cada vez mais iluminada.

— Adam... — Chamo e ele me olha, sorrindo lindamente. Me remexo, inquieto.

— Você está bem? Parece inquieto. — Bufo, não suportando mais, e subo em seu colo, pegando seu rosto entre minhas mãos e grudando nossos lábios.

Meu corpo pareceu receber uma corrente elétrica no mesmo instante. Eu me sentia divido, entre a dor e o desejo. Mas não queria sair dali. Com Adam tudo era diferente. Tudo era perfeito. Céus, o que deu em mim?!

Senti Adam ficar surpreso, mas logo retribuiu, levando sua mão para meu pescoço e mantendo nossos beijo lento, um saboreando e explorando a boca do outro.

— O que você está fazendo comigo, Adam? — Sussurro, roçando nossos lábios, voltando a beijá-lo, não querendo que aquilo acabasse mais.

Eu faço a mesma pergunta, Lux...

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora