O NOVO BERRYANN

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Alguns meses se passaram, e quase todas as burocracias do nosso casamento estavam quase acertadas

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Alguns meses se passaram, e quase todas as burocracias do nosso casamento estavam quase acertadas. Tínhamos data marcada para casarmos no final do ano. Eu estava ansioso e já tínhamos comprado nossas roupas. Ternos brancos e elegantes. Eu não sou chegado em ternos, mas era uma ocasião muito especial, e eu queria que tudo fosse perfeito.

Adam parecia mais ansioso do que eu. Estava preocupado com a decoração, o buffet, os fotógrafos, sendo que tudo já estava organizado e fechado. Os convites já foram enviados e o local já estava fechado também.

— Adam!!! — Ouço Conrad gritar, entrando no quarto às pressas. Felizmente, Adam e eu só estávamos sentados na cama, vendo um filme e nada mais.

— O que foi, Conrad? — Adam questionou, preocupado.

— A Helena... ela está entrando em trabalho de parto. — Ditou, e Adam rapidamente se levantou, assustado.

— O quê?! Ela só está com oito meses se não me engano. — Falou, calçando seus sapatos às pressas e vestindo uma camisa.

— É, mas parece que o bebê não aguenta mais ficar preso. — Ironizou é Adam revirou os olhos, me encarando em seguida.

— Amor, você vem comigo? — O olho, surpreso.

— Isso é coisa sua e de Helena. Eu prefiro não ver vocês juntos. — Murmuro, com certa chateação. Adam suspirou, se sentando à minha frente e pegando minhas mãos.

— Não, Lux. É coisa nossa. É do meu filho que estamos falando. Eu não vou lá para ver Helena. Eu vou lá para ver meu filho. Você não quer conhecê-lo? — Suspiro, desistindo. Adam certamente ficaria chateado se eu não fosse.

— Tudo bem... — Murmuro, me levantando e vestindo um moletom preto e calçando meus tênis. Adam e Conrad se apressaram e praticamente me jogaram dentro do carro, desesperados. E olha que nem são eles que estão realmente tendo a criança.

Assim que chegamos no hospital para o qual Helena foi encaminhada, fomos avisados de que ela já estava em trabalho de parto. Adam, como o pai, pôde entrar na sala para presenciar o nascimento do bebê.

Com certeza ele vai chorar mais do que a criança.

— Você está bem com tudo isso? — Conrad questionou, me olhando calmamente. Sorri, assentindo.

— Harry me disse uma vez que a criança não tem culpa de nada. E é verdade. Adam e eu estamos bem de novo e Helena não está mais nos incomodando. Então... já consegui digerir o fato de que Adam terá um filho com ela, por mais que às vezes isso ainda me doa um pouco... — Murmuro, suspirando.

— Lux, eu conheço Adam desde quando ele nasceu. Sei o significado de cada olhar ou cada gesto que ele faz. Adam sempre foi o mais ruim para se relacionar. Ele não entrava em um namoro se não gostasse de verdade da pessoa. E ele cuidou de você, desde o início. E agora vocês vão se casar. Como experiência própria, pode ter certeza que Adam ama a você, mesmo que tenha tido um filho com Helena, isso não vai mudar. Ele ama a criança, não a mãe. Não se preocupa. — Sorri, assentindo, agora um pouco mais tranquilo.

— Ah, oi Lux. — O doutor que me atendeu meses atrás falou, sorrindo amigavelmente para mim.

— Oi... tudo bem? — Questiono, usando minha boa e velha educação.

— Eu que devo perguntar. Você está bem mesmo? — Sorri, assentindo.

— Melhor do que nunca. Eu garanto. — Falo, vendo ele sorri, suspirando.

— Menos mal. Não quero mais te ver por aqui, entendeu? — Advertiu, em um tom divertido, que me fez ri.

— Eu espero não ter que vim também. Mas obrigado por todos os cuidados e atenção que teve comigo. — Agradeço, sinceramente. Ele sorriu, assentindo.

— É o meu trabalho. Além disso, não faria menos pelo meu paciente preferido. — Falou, piscando o olho e se retirando, me deixando vermelho de vergonha, afinal, Conrad ainda estava do meu lado e não queria que ele entendesse errado.

— Conrad, não pense que eu... — Tento me explicar, mas ele sorri, balançando a cabeça.

— Não se preocupa. Eu entendo.

— Entende? — Ele riu, assentindo.

— Tenho um marido muito atraente em casa. Você não fez nada. — Sorri, mais aliviado. E logo ouvimos um choro alto de bebê, o que chamou nossa atenção.

— Ele nasceu?! Ou tem mais alguma grávida aqui? — Questiono, confuso, pela primeira vez, sentindo meu coração disparar.

— Helena está aqui há dois dias em observação, mas não acharam que iria nascer tão cedo. — Conrad explicou, suspirando profundamente.

— Ele vai nascer cego mesmo? — Questiono, preocupado. Conrad me olhou tristemente.

— Parece que sim...

Depois de incontáveis horas de espera e ansiedade, podemos entrar para ver a criança. Adam estava com os olhos vermelhos, provavelmente por ter chorado, e segurava o bebê em seus braços, passando a mão suavemente na cabeça dele, com se estivesse com medo de quebrá-lo. O bebê já estava limpinho e coberto, mas certamente precisaria ficar alguns dias na encubadora.

Era tão pequenino!

— Lux, Conrad... conheçam o pequeno Christian. — Adam falou, em um tom baixinho.

— Hey, meu sobrinho. Você é um garoto muito forte, sabia? — Conrad murmurou, todo bobo. Sorri, me sentindo estranhamente mais confortável com a situação.

— Quer segurá-lo um pouco? — Adam questionou, me olhando.

— O quê? Ah, não... Eu não sei segurar uma criança, muito menos recém-nascida. — Falo, mas Adam sorriu, se aproximando de mim.

— Eu também não sabia como segurá-lo. As enfermeiras que me ensinaram. Vem cá. — Chamou, e mesmo tremendo eu me aproximei. Adam me ajudou com o bebê, o colocando com extremo cuidado em meus braços. Ele era tão pequeno, que parecia um bonequinho.

Ele soltou um curto espirro, fazendo uns barulinhos engraçados que nos faziam derreter de amores.

— Eu realmente não sei como interagir com um bebê. — Falo, vendo Adam e Conrad rirem.

— Você vai aprender a ser um bobo perto de criança como eu. — Conrad falou, rindo. — Não é coisa mais linda do tio? É sim, bebê! — falou, forçando uma voz de bebê e pegando Christian nos braços, o que nos causou boas risadas.

É, a família está aumentando...

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora