CORAÇÃO A MIL

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— Aqui, Lux

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— Aqui, Lux. Toma uma água. — Harry ofereceu, mas neguei. Não conseguiria nem ao menos segurar o copo. Minhas mãos estavam tremendo demais, com medo de perder outra pessoa que eu amo, quando novamente o alvo era eu.

Adam já estava sendo atendido, entrando como um caso de urgência. Ele perdeu muito sangue e não sei se iria precisar de cirurgia para retirar a bala. Eu não pude entrar, não pude vê-lo, nem segurar sua mão. Então o que me restava fazer, era ficar apreensivo naquela sala de espera, com meu coração disparado e o medo novamente me corroendo por dentro.

— Adam é forte, Lux. Ele vai sair dessa. — Conrad falou, se sentando ao meu lado e pousando a mão em meu ombro. Não me movi. Eu ainda estava em choque, repetindo a cena milhões de vezes em minha cabeça.

Aquela bala era para ser em mim. Não nele.

— Como ele está? — Olho para frente rapidamente, vendo Helena se aproximando de nós.

— ISSO TUDO É CULPA SUA, DESGRAÇADA!!! — Grito, partindo para cima dela, mas Conrad rapidamente me segurou, me puxando para longe dela.

— Ei! Lux, eu sei que está com raiva, mas lembre-se que ela está grávida. — Conrad falou. Puxo meu braço do seu aperto, me sentando novamente e chorando, não sabendo mais o que fazer. Eu já estava cansado. Farto de ouvir falar que ela estava grávida e que iria sair ilesa dessa.

— Eu não queria atirar nele! Nunca que eu iria querer machucá-lo! — Fecho os olhos, tentando me segurar ao máximo para não matá-la ali mesmo.

— Tire ela daqui... tira... — Sussurro, mergulhando meus dedos em meus cabelos, os puxando com força. Eu não suporto mais nem ouvir sua voz.

— Você e sua família causaram tudo isso, Helena. Saia daqui. Vai ser o melhor para todos. — Conrad falou, tentando manter a calma.

— Ele é o pai do meu filho! Não vou sair daqui enquanto não tiver notícias dele! — Exclamou, o que me fez ri, desacreditado.

— Lux, vem comigo... — Harry pediu, esfregando a mão em minhas costas e pegando minha mão, me guiando para longe daquela mulher, me levando para uma espécie de lanchonete dentro do hospital. — Calma, Lux... vai ficar tudo bem. — Harry murmurou, me abraçando fortemente, onde eu chorei ainda mais, molhando seu ombro com minhas lágrimas.

— Ele não pode morrer... não pode... — Harry assentiu, beijando o topo da minha cabeça e segurando meu rosto entre suas mãos, me olhando fixamente e enxugando minhas lágrimas.

— Ele não vai. Ele jamais te deixaria sozinho. Eu tenho certeza que ele está tenso naquela maca querendo saber como você está. — Falou, o que me fez arrancar um curto riso em meio ao choro.

— Eu não vou aguentar mais olhar para aquela mulher, Harry. Eu não sei do que sou capaz. — Harry negou, me puxando para um abraço novamente.

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora