ACEITANDO VIVER

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Alguns dias se passaram e eu finalmente me sentia muito melhor, ainda mais ao ter Lux cuidando de mim, o que certamente me fodeu psicologicamente

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Alguns dias se passaram e eu finalmente me sentia muito melhor, ainda mais ao ter Lux cuidando de mim, o que certamente me fodeu psicologicamente. Se a intenção era tentar esquecê-lo e vê-lo apenas como um amigo, não funcionou, ainda mais depois que ele estava agindo finalmente. Ele falava mais, sorria mais, brincava mais. Isso para mim não tinha preço.

Lux não percebia, mas ele estava se reerguendo finalmente.

— Já está melhor mesmo? — Conrad questionou, me olhando atentamente. As crianças estavam na escola, e Harry resolveu fazer compras com Lux, que foi praticamente arrastado. Foi uma cena épica, no mínimo engraçada.

— Estou. Aliás, eu não queria alertar ninguém antes porque eu não tinha certeza, mas essa semana um carro preto me seguiu toda vez que eu saía da mansão. Como se estivesse observando minha rotina. Os vidros do carro são fumê, e não me permitia ver quem estava por dentro. — Informo, vendo Conrad assentir, se servindo com um copo de uísque e me entregando outro copo. Acho que fiquei traumatizado com uísque, mas vinha das mãos do meu irmão, e não de uma maluca que não segue em frente.

— Hm... Vou mandar meus homens investigarem isso. Você já sabe o que fazer nessas horas, não sabe? — Sorri, assentindo.

— Mudar minha rotina todos os dias e não ir em lugares que as pessoas à minha volta costumam frequentar constantemente. — Recito, revirando os olhos e sorrindo. Conrad sorriu, mas logo notei seu sorriso se perder e ele se sentar no sofá, parecendo se perder em pensamentos. — Aconteceu algo? — Questiono, me sentando ao seu lado. Conrad suspirou, tomando o copo das minhas mãos e bebendo todo o restante de uísque, já que ele havia terminado o seu.

— Você sabe que Harry é bem mais jovem do que eu, não é...? — Assenti, sorrindo. Não acredito que meu irmão estava tendo uma crise de idade justo agora.

— E...?

— E que um dia ele é muito sociável, e vive conversando com meus seguranças, ou vive saindo muito com seus amigos de mesma idade que ele... Sei lá... — Balbuciou, suspirando profundamente. Eu ri, negando com a cabeça.

— Sério, Conrad? Está questionando o amor de Harry por você à essa altura do campeonato? Cara, vocês são casados, têm três filhos. Acha mesmo que Harry é do tipo que procura diversão? É mais fácil você fazer isso do que ele. — Falo, vendo Conrad me olhar bravamente.

— Não repita isso nem de brincadeira! Eu amo Harry e só quero ficar com ele. — Eu sorri, assentindo.

— Então pronto. Você ainda é jovem... um pouco. 38 anos é um bebê ainda. — Brinco, e ele me encara com uma expressão desgostosa.

— De qualquer forma... Harry é muito amoroso com as outras pessoas. Até com estranhos. É bonito da parte dele e sei que não faz por mal, mas e as outras pessoas? Nem todos têm boas intenções. — Reviro os olhos com o ciúmes de Conrad.

— Conrad, Harry se casou com o Capo Italiano. Acha mesmo que alguém vai ousar chegar perto dele? — Questiono, vendo ele sorri.

— É, né? — Assenti, vendo que ele parecia mais uma criança do que um adulto. Logo a porta de entrada é aberta, e Harry entra com Lux. Ambos carregados de sacolas de compras.

— Estamos chegando, Lux! — Harry exclamou, soltando as sacolas na poltrona e ajudando Lux.

— Céus, nem sei se vai caber tudo isso no meu quarto. Pode ficar com metade se quiser. — Lux murmurou, massageando os braços e ofegando. Harry não era muito de usar o carro da mansão, então ele sempre fazia as pessoas caminharem por horas. Está explicado porque ele não engorda.

— Ah, vai caber sim. Eu vou doar algumas roupas minhas para o orfanato, e você pode fazer o mesmo. Se quiser eu te ajudo. — Lux assentiu, sorrindo docemente e vindo até o sofá, se sentando ao meu lado. Harry se jogou no colo de Conrad, o beijando.

— Ei! Tem quarto lá em cima. — Brinco, vendo Harry sorri, se levantando.

— Obrigado por me lembrar, Adam. — Brincou, puxando o braço de Conrad, e ambos subiram para o quarto. Esses dois...

— Se divertiu? — Questiono, olhando para Lux, que assentiu rapidamente.

— Exceto pela parte em que Harry me fez andar em quinhentas lojas e experimentar não sei quantas roupas, mas... me diverti sim. — Comentou, sorrindo.

Por um momento, eu não tive mais assunto, e ter Lux tão próximo de mim me deixava inquieto. Eu gostava dele e isso não era mais segredo para ninguém, mas de qualquer forma, eu sabia que nada ia acontecer entre nós.

— Adam... podemos sair hoje à noite? — Lux quebrou o silêncio, me deixando surpreso pelo seu convite inesperado.

— Você quer sair? — Questiono, não conseguindo disfarçar minha surpresa ao ouvir isso dele. Lux suspirou, sorrindo fracamente.

— Todas as vezes que saímos foi um desastre completo. Hoje eu me diverti com Harry, mas também quero me divertir com você. Não quero que todas as vezes que a gente saia seja um fim de noite péssimo para você. Podemos tentar mais uma vez? — Pediu, o que me fez sorri, assentindo.

— Claro. Onde quer ir?

— Eu não sou o expert em lugares divertidos. Me faz uma surpresa. — Ditou, sorrindo e se levantando, levando as sacolas de compras para o quarto.

Fazer uma surpresa...?

Ótimo. Já até sei o que iria fazer...

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora