A DOR DO ABANDONO

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— Ah, eu estou morto! — Conrad exclamou, assim que descemos do carro, em frente à mansão

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— Ah, eu estou morto! — Conrad exclamou, assim que descemos do carro, em frente à mansão. Foi realmente um dia cansativo e tudo que eu queria agora era ver Lux.

Abro a caixinha de veludo negra, vendo a aliança de noivado brilhar à luz da lua.

— Vai mesmo fazer isso? — Conrad questionou, sorrindo.

— É tudo que eu mais quero... — Murmuro, vendo ele ri, assentindo.

— Boa sorte.

— Adam! — Ouço alguém me chamar. Olho para trás, tendo o desgosto de ver Helena se aproximando de mim. Conrad pegou em meu ombro, demonstrando só com o olhar toda a sua frieza para com Helena.

— Conrad... vai entrando. Eu vou logo. — Falo, vendo ele me encarar hesitante.

— Tem certeza? — Assenti, vendo ele suspirar em desistência, seguindo para dentro da mansão. Olho para Helena, que sorria largamente, parecendo ter ganhado o jogo.

— O que você quer? — Questiono, friamente. Ela sorriu, fitando a caixinha em minhas mãos.

— Bela aliança... — Comentou, sorridente. Dou um falso sorriso, concordando.

— Sim. Eu sei que é. Porém, repito, o que você quer?

— Não quer ver a ultrassom do seu filho? — Questionou, se aproximando lentamente de mim e me entregando a cópia da foto. Suspiro, a encarando com total desgosto.

— Se você estiver realmente grávida, pode ter certeza que não vai faltar nada para essa criança. Mas não pense que vou me prender em um casamento com você, porque isso não vai acontecer. — Dito, vendo ela fechar o sorriso.

— E predente me deixar como mãe solteira?! Você deve assumir a responsabilidade!

— Responsabilidade?!! — Altero o tom, vendo ela se assustar. — Você é tão cínica ao ponto de dizer uma merda dessa?! Você me drogou, Helena! Você planejou isso!

— Não importa! Sei que errei, mas eu só queria te provar que podemos ser felizes juntos... Até já me comprou uma aliança... — Murmurou, fazendo menção de tocar meu peito, mas seguro seus pulsos, a afastando de mim.

— Escuta bem o que eu vou te dizer, e espero que realmente entenda: a única pessoa que irá subir comigo no altar é o Lux, entendeu bem? E essa aliança, é unicamente para ele, não para você. — Helena logo fechou a cara, me encarando irritada.

— Como pode fazer uma idiotice dessas, Adam?! Aquele pirralho não te merece, talvez nem ame você como eu amo! Ele só está com você, porque foi o único que o suportou! — Exclamou. Respiro fundo, me afastando ainda mais.

— Eu só não te machuco, por causa dessa gravidez, mas não volte a falar de Lux. Você não o conhece e muito menos sabe o que nós dois passamos juntos. Vai embora. Está desperdiçando seu tempo aqui. — Falo, virando às costas e entrando na mansão, finalmente me livrando daquele ar pesado que Helena carrega por natureza.

— Como foi? — Conrad questionou, me esperando na sala.

— Um saco. — Falo, vendo ele sorri, vindo até mim e me abraçando fortemente.

— Desculpa por ter te colocado nessa enrascada no começo. Eu concordo com nosso pai, você não precisa e nem vai casar com ela. — Ditou, me fazendo olhá-lo com certa culpa.

— Conrad... desculpa ter que fazer você passar por tudo isso. A máfia espanhola era uma boa aliada... — Murmuro, chateado. Conrad sorriu, pousando a mão em meu ombro.

— Nossa prioridade sempre foi e sempre será a nossa família, em especial a nossa felicidade. Não se preocupe, podemos conseguir outras alianças. Negócios são negócios. — Confortou, sorrindo.

— Gente, cadê o Lux? — Harry questionou, descendo as escadarias.

— Não está no quarto? — Questiono, sendo tomado por uma preocupação repentina.

— Não. Desde que cheguei da escola com as crianças que eu não o vi. Fui no quarto dele agora e boa parte das roupas não estão lá.

— O quê?! — Exclamo, correndo até o quartio de Lux, abrindo seu closet com certa violência, vendo vários cabides vazios. Suas melhores roupas não estavam lá.

Ele foi embora...?

— Adam! Tenta ligar para ele. — Conrad falou, me fazendo lembrar que meu celular ainda estava desligado.

Ligo o aparelho, vendo que havia uma mensagem de Lux ainda não lida.

“Adam, onde você está?! Eu estou de saída por um tempo indeterminado, mas curto. Eu precisei fazer isso”

— O que essa merda quer dizer?! — Exclamo, mostrando a mensagem. — Ele resolveu ir embora sem me dizer nada?!! — Harry e Conrad se entreolharam, tão sem respostas quanto eu.

— Deve ter alguma explicação... Eu vou tentar ligar para ele. — Harry ditou, pegando seu celular e ligando para Lux, mas depois de alguns segundos, ele me olhou entristecido. — Caixa postal... — murmurou, abaixando a cabeça.

— Então é isso? Ele foi embora e resolveu me deixar no escuro? Sem nenhuma explicação plausível?! — Questiono, sentindo meu peito comprimir de dor.

— Mas para onde ele teria ido?! — Harry questionou, confuso e chorando baixinho.

Eu também queria saber... Para onde?

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora