TAMBÉM IREI TE PROTEGER

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No dia seguinte, acordei na mesma posição em que dormi

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No dia seguinte, acordei na mesma posição em que dormi. Adam não me soltou nem por um segundo.

Ele ainda estava dormindo, então eu não quis incomodar. Me levanto com cuidado, lembrando que não estava no meu quarto, mas sim no de Adam. Volto para meu quarto, que era ao lado do dele, e entro no banheiro, escovando meus dentes e tomando um banho. Me visto com uma calça moletom branca e uma camisa rosa clara, de manga comprida. Eu realmente não tinha camisas de manga curta no meu closet.

Volto para o quarto de Adam, me sentindo um pouco preocupado, já que ele não era de dormir tanto assim. Ele sempre acordava antes de mim.

Me aproximo da cama, checando sua temperatura. Ele ainda estava com febre. Ai, Adam... Ele certamente não iria aceitar ir a um hospital. É cabeça dura demais para aceitar ajuda. Então eu faria isso sozinho.

Desço para a cozinha, começando a ver o que tinha na geladeira e pegando alguns ingredientes para fazer uma sopinha. Talvez ajudasse...

Busco por remédios, encontrando uma maleta de primeiros socorros. Ótimo! Preparo tudo e termino a sopa, organizando tudo em uma bandeja. O objetivo agora era levar isso até lá em cima sem derrubar nada.

— Ah, se não é o pequeno garotinho estranho. — Me assusto quando uma mulher entra na cozinha. Espera... Era aquela desgraçada que abusou do Adam.

— Quem deixou você entrar? — Questiono, vendo ela me encarar com presunção.

— Não preciso de permissão. Sou a princesa da Máfia.

— Está mais para bruxa... — Balbucio.

— O que disse?!

— Nada. — Sorrio falsamente, ajeitando a bandeja e enchendo um copo com água.

— Para quem é isso?

— Não te interessa. — Rebato sem pensar. Havia um faqueiro em cima da bancada e uma estátua pequena de metal como enfeite na outra bancada. Tudo estava tão favorável. Eram tantas opções...

— Como ousa falar assim comigo?! Por acaso sabe quem eu sou, garoto?!

— Sei. E não gostei nem um pouco. Tenha um bom dia, senhorita. E... aproveite enquanto ainda está viva. Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. — Murmuro, pegando a bandeja e subindo para o quarto de Adam. Tranco a porta, por via das dúvidas.

Me sento na cama, colocando a bandeja na cama e pegando o paninho umedecido, colocando com cuidado na testa de Adam. Ele se remexeu, despertando aos poucos e olhando confuso para mim.

— O que está fazendo? — Questionou, sonolento, querendo levantar, mas o empurrei de volta na cama, o obrigando a ficar deitado.

— Não importa o que diga, hoje você não sai daqui. — Falo, pegando um comprimido e o copo com água, entregando a ele. — Tome, vai te ajudar a baixar a febre e prevenir as dores no corpo.

— Lux, eu estou bem... — Murmurou, contrariado. — E você? Já comeu? — Sorri, negando.

— Toma logo esse remédio. — Falo, vendo ele sorri, assentindo e tomando o remédio, se ajeitando na cama e se sentando.

Ouço alguém bater na porta, tentando abri-la, mas estava trancada. Sorri, vitorioso. Dessa vez não, Helena...

— Eu vou atender. — Adam falou, já querendo se levantar, mas o impedi novamente.

— Não é ninguém que mereça seu esforço. — Falo, vendo ele me encarar confuso, mas não reclamou dessa vez. — Vamos, tome essa sopa. — Peço, colocando a bandeja em seu colo.

Ele suspirou, me olhando.

— Eu não estou com fome, Lux...

— Eu preparei com cuidado. Vai te fazer bem... Ao menos um pouco. Ou eu preciso servir na boca um homem desse tamanho? — Provoco, vendo ele sorri.

— Eu não iria achar ruim... minhas mãos estão fracas... — Brincou, fazendo bico. Sorri, não acreditando nisso.

— Eu vou relevar, só porque você está doente. — Falo, pegando a bandeja e colocando em meu colo.

As batidas novamente começaram, enquanto a porta tentava ser aberta inutilmente.

— Adam, amor. Abra a porta! — Helena exclamou, e notei Adam ficar nervoso ao ouví-la. Pego a colher cheia com sopa, puxando o rosto de Adam e minha direção e levando a colher até sua boca.

— Ignora ela. Você precisa se alimentar. — Falo, vendo ele comer, me olhando com um leve sorriso.

— Eu nunca te vi tão ativo assim... Sinal de que está melhorando. — Comentou, sorridente.

— Eu tenho um ótimo doutor... — Rebato, vendo ele sorri. Continuo servindo a sopa, até não sobrar mais nada. — Pronto. Tem mais alguma coisa que eu possa fazer por você? — Adam sorriu, negando.

— Já fez o bastante, Lux. Obrigado. — Suspiro, me levantando.

— Eu vou... levar isso para a cozinha. Descansa um pouco. — Falo, pegando a bandeja e saindo do quarto, encontrando Helena na sala, sentada no sofá. O vaso de porcelana na mesinha de centro parece uma opção bem viável...

Deixo a bandeja sob a mesinha de centro, vendo Helena se levantar.

—O que você estava fazendo no quarto do Adam?! Sei muito bem que você estava lá.

— Por que eu negaria? Estava sim. Algum problema?

— Ainda pergunta?! Adam é meu namorado, eu tenho direito de vê-lo! — Eu sorri, quase sentindo pena.

— Até eu sei quando não sou bem vindo em um lugar. Uma mulher como você deveria saber quando não é mais amada. — Ela me encarou com fúria.

— Acho melhor calar a boca antes que eu...

— Você o quê?! Vai me drogar? Assim como fez com Adam?! — Exclamo, cruzando os braços. Ela parou, me olhando contrariada.

— Do que está falando?

— Além de trapaceira ainda é sonsa?! Sabe muito bem do que eu estou falando.

— Muito bem, e o que você tem a ver com isso?! Essa história é entre Adam e eu. Nós vamos nos casarmos e aí ele vai lembrar o quanto me ama.

— Seguranças!!! — Exclamo, não tendo mais paciência com aquela mulher. Dois seguranças da realeza entraram rapidamente, me olhando com certa preocupação.

— Pois não, alteza?

— Tirem essa mulher daqui é não permitam mais a sua entrada. — Ordeno, vendo Helena ri.

— É piada não é? Garotinho, eu sou filha do capo...

— Espanhol e blá-blá-blá. E eu sou o Príncipe. E aqueles seguranças não se importam com o que você é ou de quem é filha. Eles só obedecem a mim. Por que não vai embora reclamar com seu paizinho e nos deixa em paz? Se não deixar Adam em paz, eu juro que vai se arrepender.

— Ora, seu...! — Os seguranças a pegaram, a levando para fora.

Suspiro, nem sabendo de onde tirei forças para agir assim, mas ao menos deu certo. Volto para o quarto de Adam.

— Está tudo bem, Lux? — Adam questionou, me olhando atenciosamente. Sorri, me sentando ao seu lado.

Agora está tudo bem...

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora