GUERRA DECLARADA

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- Amor, o que acha de flores vermelhas? - Adam questionou, enquanto analisávamos várias revistas de decorações de casamento

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- Amor, o que acha de flores vermelhas? - Adam questionou, enquanto analisávamos várias revistas de decorações de casamento. Já havíamos decidido o modelo dos convites, mas ainda havia muita coisa para decidirmos. Felizmente, nossas ideias batiam. Então não havia discussão entre nós.

- São perfeitas. - Falo, sorrindo. Nunca me senti tão realizado e feliz como estou agora.

Estávamos na sala principal, jogados no sofá, enquanto eu me aproveitava de Adam e fazia dele o meu travesseiro preferido, deitado em seu peito, enquanto víamos as inúmeras revistas que Harry nos arranjou.

- Onde está Conrad?!! - Me assusto quando alguém invade a casa. E logo meu olhar bate com o de Helena, que entrava acompanhado de um homem. Ah, não...

- O que está acontecendo aqui?! - Conrad exclamou, aparecendo na sala, junto com Harry.

- Eu é que pergunto! Vocês densonraram minha filha e agora querem cancelar o casamento?! Acha mesmo que vou aceitar essa humilhação?! - O homem exclamou. Adam rapidamente se levantou, e eu fiz o mesmo, segurando seu braço.

- Sua filha o dogrou! Ela abusou do meu irmão. Acha mesmo que vamos permitir que uma mulher como ela obtenha o nosso sobrenome e nosso poder?! Não, Giovanni. Não mesmo. - Conrad ditou, seriamente.

- Como você ousa falar assim da minha filha?! E a aliança que tínhamos?!

- Se quiser acabar com ela, fique à vontade. Mas Adam não vai casar com ela. Além disso, não posso mais obrigá-lo, mesmo que eu quisesse. Adam agora faz parte da Máfia coreana, é o novo Capo. Portanto, ele é quem decide com quem vai casar ou não. E acontece que ele já decidiu. - Conrad ditou, e logo Giovanni nos olhou, furioso.

- Eu vou matá-lo, Adam. Tanto você, quanto esse garoto abusado! Vocês vão me pagar caro por isso! - Ameaçou, e Adam entrou na minha frente.

- Me ameace o quanto quiser, eu assumo as consequências. Mas nem pense em encostar no meu noivo, ou as coisas vão ficar feias para você, Giovanni. - Adam rebateu, em um tom severo. Giovanni suspirou, negando. Puxou Helena pelo braço, saindo da casa, enquanto notava Helena me olhando de uma forma ameaçadora. Mas eu não tinha medo daquela trapaceira.

- Agora resta nos prepararmos para o pior... - Conrad murmurou, suspirando. Adam me abraçou, depositando um beijo em minha cabeça. Eu não estava com um bom pressentimento. E isso definitivamente me assustava.

. . . . .

- Você está bem com tudo isso, Lux? Percebi que nesses últimos dias você anda meio cabisbaixo. - Harry comentou, prestativo.

Conrad e Adam estavam no escritório, resolvendo esse problema que temos com a máfia espanhola, e eu estava no quarto com Harry, ajudando a alimentar os filhos dele. Harry tinha Alex nos braços, dando a mamadeira com leite e eu o ajudei com July, que era bem mais quietinha que Alex, e me deixou alimentá-la.

- Eu não sei. Eu fiz tanto para que Adam escapasse desse casamento que... agora estou com uma sensação ruim. E se Helena estiver mesmo grávida? Querendo ou não, é filho do Adam... - Balbucio, repensando na ideia de que ela poderia está falando a verdade sobre a gravidez. Alguns dias atrás, quando ela veio com o pai dela, notei que a barriga dela estava um pouco mais evidente, e isso estava tirando minha paz todas as noites. Mal conseguia dormir pensando nisso.

- Eu não sei o que pensar... Mas se ela tiver grávida, você sabe que de uma forma ou de outra, Adam vai ter que assumir a criança, não sabe? - Harry falou e eu assenti, suspirando pesadamente. - O que você vai fazer? Aceitar essa criança?

- Eu não sei, Harry. Eu juro que não sei o que faria. Não sei o que pensar. Está tudo confuso na minha cabeça. Se esse filho existir, ela vai continuar perto de Adam, mesmo que ele esteja comigo, é com ela que ele vai ter um filho. - Murmuro, sentindo meu peito doer ao pensar nisso.

- Eu sei que não é fácil, Lux. Especialmente para você, que já passou por tanta coisa. Mas... a criança não tem culpa de nada, sabe? Eu só me preocupo com esse bebê porque... Helena fez isso por interesse. Ela não quer saber de um filho. Está usando a criança como um álibi. - Comentou, e eu tive que concordar. A criança não tem culpa...

- Eu não sei o que fazer, Harry. Estou entre a cruz e a espada. Eu não posso me vingar de Helena pelo o que ela fez enquanto ela estiver com essa criança na barriga. E até lá... ela vai continuar atrás de Adam.

- Você não está com ciúmes dela, está? - Questionou, como se fosse óbvio. De qualquer forma, fico calado ao não ter uma resposta concreta. - Lux, o Adam te ama. Você não precisa se preocupar.

- Mas ele também já amou ela, não? Além disso, já vi casais se reaproximando com o nascimento de um filho. Ninguém pode prever o futuro, Harry. Eu sei que ando parecendo confiante, mas a verdade é que estou com medo. Estou com medo de perder Adam. Eu não suportaria. - Harry suspirou, sorrindo fracamente.

- É normal sentir ciúmes, Lux. Mas não fique pensando nisso. Adam ama você agora, não importa o passado. - Assenti, na tentativa de me acalmar.

Mas logo nos assustamos quando ouvimos tiros vindo do andar debaixo.

- Tiros?!! São os espanhóis! - Exclamo, assustado. Harry rapidamente pegou as crianças, as deixando na cama.

- Meus bebês, lembra o que o papai combinou? Ao ouvir barulhos altos, canta a musiquinha que o papai ensinou, lembram? E por nada no mundo, saiam daqui, ok? - Eles assentiram, assustados. Taparam os ouvidos com as mãos e começaram a cantar uma música infantil. Harry puxou meu braço, trancando a porta por fora e se armando.

- Eu preciso encontrar Adam! - Exclamo, correndo na frente.

- Lux, espera! - Harry gritou, mas ignoro, descendo as escadarias, vendo tudo destruído e soldados trocando tiros.

- Lux! Saia daí! - Olho para o outro lado, vendo Adam, me olhando com desespero. Aqueles tiros estavam me deixando zonzo, me trazendo lembranças de Marina, daquela guerra, da sua morte... Eu não conseguia me mover.

Olho para a porta de entrada, vendo Helena. Ela me encarou, furiosa, apontando uma arma em minha direção. Ela sorria, e logo apertou o gatilho.

- LUX!!! - Adam gritou, me abraçando fortemente, e logo deixou um grito de dor escapar dos seus lábios.

Retorno para a realidade, vendo Adam cair ajoelhado, sangrando nas costas. Não... de novo não...

- ADAM!!! - Exclamo, aos prantos, me abaixando ao seu lado, o trazendo para o meu colo. Minhas mãos estavam vermelhas de sangue, tremendo de medo. - Adam... não... Você também não pode me deixar... Por favor não...

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora