ENTRANDO NOS EIXOS

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— A máfia nunca te pertenceu, Moon! Ela é e sempre foi minha

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— A máfia nunca te pertenceu, Moon! Ela é e sempre foi minha. Você me roubou, além de ter matado os meus pais! — Acuso, avançando dois passos à frente. — Chegou a hora de cobrar... com juros e correções.

— E o que pode fazer? Você não tem provas, nem testemunhas. — Sorri, com certo deboche, respirando profundamente.

— Guardas. — Dito, vendo dois deles agarrarem Moon, que se debateu, reclamando.

— Não há motivos para me tirar da Máfia! — Exclamou, tentando inutilmente se soltar. Sorri, caminhando até ela, segurando seu queixo e a encarando fixamente.

— Não preciso de motivos. Eles só têm que me obedecer e ponto. — A solto, me afastando e suspirando. — Sumam com ela. Não quero nunca mais ver essa mulher de novo! — Ordeno, vendo eles a levarem, enquanto ela reclamava e me ameaçava de todas as formas.

Bem, isso pode ter uma certa semelhança com a justiça: tudo que disser, será usado contra você no tribunal. 

Ameaçar e tentar matar o herdeiro da máfia e atual príncipe, realmente não vai ser nada confortável para ela. Mas ela saberá quando estiver presa no galpão com os cachorros selvagens.

— Senhor, precisa de mais alguma coisa? — Os soldados se prontificaram, o que me fez sorri calmamente, olhando para Enrico, que apenas se divertia com a situação.

— Sim, eu preciso sim... Preciso de 10 representantes seus no escritório em 5 minutos. Preciso fazer um comunicado importante. Tudo bem? — Ordeno, vendo eles se curvarem rapidamente. Nunca me acostumei com isso...

— Sim, senhor! — Disseram todos juntos, quase me deixando surdo. Apenas sorri, indo até Enrico e o convidando até o escritório, na qual não mudou muita coisa, apenas a mesma breguice da minha tia de insistir no ouro em todo lugar. Se aproveitando da minha herança e do patrimônio dos meus pais...

— Meus parabéns, Lux. Você agiu como um verdadeiro líder. — Enrico comentou, sorrindo.

— Obrigado, senhor, mas... a sua presença é muito importante aqui, justamente porque quero que seja testemunha da minha renúncia na máfia. — Falo, abrindo as gavetas da mesa, procurando pelos documentos específicos, até encontrá-los.

— Então está mesmo consciente de fazer algo assim?

— Sim. Estou. Isso... talvez não seja nada do que Adam já fez por mim. Ele me deu uma vida nova, uma alma nova. E isso é impagável. Quero poder fazer essa surpresa para ele, como... um novo começo.

— Um pedido diferente de casamento? — Questionou, me deixando corado. Enrico riu. — Não se preocupe, é o que eu mais quero que aconteça. Ver meus filhos felizes e realizados na vida. Só morro quando tiver no mínimo mais de vinte netos! — Brincou, me fazendo ri.

— Sim... pode-se dizer que é um pedido de casamento sim... Além disso, vai fortalecer a máfia italiana também, então, há muitos benefícios com essa renúncia e união. — Enrico assentiu, sorrindo.

Logo os dez soldados representantes entraram, parecendo bastante curiosos.

— Certo, que bom que chegaram. Bem, eu... sei que acabei de chegar e... tomar posse de tudo que é meu por direito, mas... eu quero avisar que não irei seguir em frente como líder da facção coreana. — Informo, vendo os murmúrios começarem. — No entanto, não ficaram sem mim, então vão ter que me aturar, mas eu quero... promover um termo, com dez testemunhas da máfia, e incluindo o principal, o senhor Enrico Berryann. Todos vocês, se concordarem, terão como Capo e único líder, o segundo filho de Enrico Berryann, o meu noivo, Adam Berryann. — Informo, vendo expressões mais animadas agora. A família Berryann era realmente mundialmente conhecida.

— Mas... e o senhor? — Um dos soldados questionou. Suspiro, não sabendo como eles iriam reagir agora.

— Eu pretendo me casar com Adam, então, de certa forma, continuo sendo chefe de vocês, só não irei me intrometer na máfia. — Informo, notando os olhares de surpresa ao dizer do casamento, mas eu já esperava por isso. No entanto, ninguém questionou. — Então, todos de acordo?

— Sim, senhor! — Todos disseram em uníssono. Sorri, assentindo e pegando a caneta dourada. — Certo, de qualquer forma, mesmo que por pouco tempo de convívio, vocês fizeram um ótimo trabalho, e sei que continuaram melhorando a cada dia. — Falo, os vendo sorrirem.

Me sento na poltrona atrás da mesa, assinando meu nome no documento, comprovando minha renúncia, e na linha à frente, Adam precisaria assinar o nome dele. Abaixo, os nomes das testemunhas. Entrego o documento primeiramente a Enrico, que sorriu em forma de agradecimento, assinando seu nome e passando para os demais soldados. Após todos assinarem, recebo o documento, o guardando em um envelope especial e me levantando.

— Obrigado pela colaboração, informem sobre as mudanças aos demais. — Ordeno, vendo eles assentirem e se retirarem de imediato. Respiro fundo, olhando o envelope em minhas mãos.

Logo meu celular vibra em meu bolso, me fazendo lembrar que ele não parou de tocar desde que cheguei, mas como eu estava resolvendo os assuntos com Moon, não pude atender.

Pego meu celular, vendo o nome de Harry na tela. Nossa, ele ia me matar!

— Oi, Harry... — Atendo, já preparado para a bronca.

— Não vem com essa vozinha mansa não, seu Lux! Onde infernos você se meteu?! Olha só, se você estiver sem nenhum arranhão, pode ter certeza que vai ter quando chegar aqui, e acho bom você voltar logo! — Harry gritava, o que me fez afastar o telefone para não ficar surdo. Enrico apenas ria baixinho da situação.

— Harry, eu precisei sair para resolver uma coisa. Mas já estou voltando. Onde está Adam?

— Aaah, onde você acha que ele está?! Se divertindo e comemorando?!! Não! Ele está trancafiado no quarto, sem comer, aos prantos por achar que você o deixou.

— O quê?! — Exclamo, me desesperando. — Harry, pelo amor de Deus, tira esse pensamento dele. Eu já estou voltando. Estou com o senhor Enrico. Mas eu vou explicar tudo quando voltar. Mas diz a ele que não o deixei, por favor. — Peço, preocupado.

— Tudo bem, mas ainda estou bravo com você. Seu bobo, volta logo. — Ditou, agora mais calmo, encerrando a ligação. Sorri, balançando a cabeça. Só ele mesmo...

— O que pretende fazer agora? — Enrico questionou.

Voltar à Itália, e explicar tudo para eles...

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora