DE VOLTA À ITÁLIA

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Sorri ao finalmente descer do jatinho particular e ver a cidade em que nasci

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Sorri ao finalmente descer do jatinho particular e ver a cidade em que nasci. Finalmente eu havia voltado para a Itália e agora com as energias renovadas, pois pretendia voltar com tudo para a máfia e ajudar Conrad no que precisasse.

Olho para o jatinho, aguardando Lux descer. E depois de alguns minutos, ele aparece, olhando cautelosamente em volta, vendo a cidade movimentada e pessoas caminhando para lá e para cá. Ele suspirou, abraçando o próprio corpo e olhando para o chão. Fui até ele estendendo a mão para ajudá-lo a descer. Ele aceitou, segurando minha camisa em um gesto já rotineiro para que eu não saísse de perto dele. E eu jamais faria isso.

— Tudo bem se caminharmos um pouco? — Questiono, mesmo sabendo que por dentro ele odiou essa ideia. Como Lux não disse nada, eu segui pelas ruas de Veneza, suspirando profundamente e me sentindo uns 10 anos mais jovem só por estar de volta em casa. Eu simplesmente amo meu País!

— Adam?! — Olho para trás, vendo uma morena alta, na qual me parecia familiar. — Adam, sou eu, Helena! Tudo bem? — Ditou, se aproximando de mim e me abraçando fortemente. Sinto Lux soltar minha camisa, se afastando um pouco. Eu já estava tão acostumado a cuidar dele e tê-lo tão junto de mim, que quando ele se afastava um centímetro sequer já me deixava apreensivo e preocupado. Era um sentimento louco e que eu ainda estava tentando entender.

— Oi, Helena... — Murmuro, me afastando do abraço, trazendo Lux para perto de mim. Não queria arriscar deixá-lo fora da minha vista. Especialmente na rua, onde já aconteceu muito de ele querer se matar nas rodovias. Só Deus sabe o quão isso me dói só de pensar.

Helena era minha ex-namorada, filha do Capo espanhol, na qual é um dos nossos aliados. Tivemos um caso de seis meses, mas ela era ciumenta demais e eu não tinha tempo para lidar com ela. Por isso terminamos, mas a verdade é que ela nunca pareceu aceitar bem nosso término.

— Como você está? Faz tempo que não nos vemos. Fiquei sabendo que viajou, e nem sequer me avisou... — Comentou, com uma expressão magoada.

— Eu já não lhe devo satisfações, Helena. Eu tinha coisas mais importantes para fazer, por isso viajei. — Falo, e ela olha para Lux, forçando um sorriso.

— E esse garotinho? Ele é bem... esquisitinho. — Murmurou, insinuando a forma como Lux se vestia.

— Helena, você não tem direito algum de falar dele assim! — Exclamo, irritado. Ela me olha surpresa.

— Hey, foi so uma brincadeira. Não precisa se irritar. Então foi com ele que você viajou?

— Não interessa. E se me dá licença, eu tenho mais o que fazer. — Falo, já virando às costas, mas ela segurou meu braço, parando na minha frente.

— Espera! Aqui... meu novo número. Me liga qualquer hora. Podemos sair para jantar. Só nós dois. — Murmurou, colocando um pedaço de papel dentro do bolso da minha calça. Forço um sorriso, passando por ela e segurando a mão de Lux, indo embora.

— Não liga para o que ela falou, Lux. Você é lindo e não tem que se esconder de ninguém. — Falo, vendo ele me encarar em silêncio, suspirando baixinho.

Em alguns minutos, chegamos na casa de Conrad, na qual ele nos recebeu com um abraço forte.

— Irmão, senti sua falta! — Conrad exclamou, ainda me abraçando. Sorri, retribuindo.

— Também senti a sua, irmão. Tudo bem por aqui? — Questiono, e logo vejo uma pequena criatura correndo em minha direção e pulando em meus braços.

— TIO ADAM!!! — Sophia exclamou, enérgica. E logo Harry apareceu, ofegante.

— Oi, Adam... E você, mocinha... você acabou comigo. — Harry ditou, o que fez Sophia a olhar com curiosidade.

— Tio Harry, você está ficando velho. Igual ao pàpa. — Ditou, o que me fez gargalhar ao ver a expressão de indignação de Harry.

— Qual é?! Ainda estou na casa dos vinte! Me respeita, sua danadinha! — Exclamou, sorrindo logo em seguida e abraçando a cintura de Conrad, olhando para mim. — Oi, Adam! Oi, Lux! Desculpem a recepção... calorosa de Sophia. — ditou, a pegando nos braços.

— Tudo bem. Estava com saudades da minha sobrinha preferida. — Brinco e ela faz bico.

— Você só tem eu como sobrinha, tio Adam. — Ditou, o que me fez ri.

— Por isso.

— Adam, podemos conversar em minha sala? — Conrad pediu e eu assenti prontamente. Olho para Lux, que estava atrás de mim, ainda segurando na ponta da minha camisa.

— Lux, tudo bem ficar aqui um pouco? Você pode conversar com o Harry. Você lembra dele, não é? — Lux o olhou, e seus olhos brilharam de imediato. Ele não tinha medo de ficar perto de Harry, já que ele matou a rainha, sendo que ninguém esperava isso dele. Foi um choque não só para Lux como para todos que presenciaram a cena.

— Eu vou ficar bem... — Lux murmurou. Harry sorriu, se aproximando e pegando a mão de Lux.

— Vai sim, Lux. E tenho certeza que temos muito o que conversar. Vamos. — Chamou, e ambos foram subindo as escadarias enquanto Harry já iniciava um assunto aleatório, procurando deixar Lux o mais confortável possível.

Segui para o escritório, vendo Conrad na varanda, observando a cidade.

— Como estão as coisas? — Questiono, vendo ele se virar de frente para mim.

— Medianas. Três clubes nossos foram detonados só este mês. Peguei alguns dos responsáveis, mas nenhum abriu a boca sobre quem foi o mandante.

— E os outros da nossa família? Não estão ajudando? — Conrad suspirou, dando de ombros.

— Até estão, mas têm dias que um está triste, outro com raiva, por conta dos seus relacionamentos. Recentemente Cameron terminou com Lady Marina. Parece que ele bebeu demais uma noite e acabou traindo a princesa. Eles brigaram, terminaram, e agora Cameron está um inferno de se aturar. Faz as coisas de cabeça quente e acaba piorando o que já está ruim. Appolo e Petra então nem se fala. Às vezes coloco Petra em linha de frente quando partimos para um ataque, mas Appolo briga e os dois ficam lutando como se fosse uma competição para ver quem é o melhor, e já perdemos muitas vezes por causa disso. A máfia está um caos, Adam. Ao menos espero que você não misture o pessoal com o profissional. Já basta os outros para eu aguentar. — Desabafou, soltando um longo suspiro de cansaço.

Não se preocupe, Conrad. Eu voltei para te ajudar.

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora