ESTÁ TUDO BEM AGORA

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Abro os olhos vagarosamente, sentindo a claridade machucar minha visão

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Abro os olhos vagarosamente, sentindo a claridade machucar minha visão. Me remexo, desconfortável. Olho em minha volta, vendo que estava em um quarto de hospital. Como eu vim parar aqui?

- Hey, campeão! Que bom que despertou. - Um homem se aproximou, com uma prancheta em mãos. Ele vestia um jaleco e usava óculos de grau, o que me lembrou que já o vi antes, ele era o mesmo doutor que cuidou de Adam.

- O que aconteceu? - Murmuro, vendo ele checar o soro e minha temperatura.

- Uma série de motivos que desligou seu cérebro. Bem, uma delas foi a falta de alimentação e desidratação. E... - Ele suspirou, me olhando como se me incriminasse por algo. - cansaço psicológico. Não é a primeira vez que você vem parar em uma cama de hospital por causa disso. Isso pode te levar à morte, sabia? - ditou, me deixando envergonhado.

- Desculpa... - Ele sorriu, negando.

- Por que está se desculpando? Agora está tudo bem. - Falou, sorridente, afagando meus cabelos, o que me deixou desconfortável de certa forma. Não estava acostumado com outras pessoas me tocando, e automaticamente lembrei de Adam. Ele ainda estava com Helena...? - Se sente bem para receber visitas? Tem umas pessoas querendo te ver.

- Tudo bem... - Murmuro, vendo ele assentir, se retirando do quarto. Minutos depois, vejo Adam entrando, me olhando tristemente.

- Lux... você me deu um susto enorme ontem! - Exclamou, me abraçando fortemente. Suspiro, permanecendo quieto. Não sabia como estávamos, se ainda tínhamos alguma relação. Eu estava confuso demais, e não sabia o que falar. - Está tudo bem agora. Helena não vai mais te fazer mal. - Ditou, chamando minha atenção. O encaro, sem entender.

- O que quer dizer?

- Ela vai ter a criança longe daqui, e vai sim ser punida pelo o que fez. - Explicou, me passando um sentimento de culpa. Suspiro, desviando o olhar.

- E foi por minha causa? - Questiono, vendo ele sorri, se sentando na maca e pegando minha mão.

- Por nossa causa. Ela quase acabou com nossas vidas e nosso relacionamento. Então... foi o melhor que podia acontecer. Me desculpa. Eu sei que errei com você. Errei muito. Mas eu nunca iria te deixar, Lux. Eu amo você. - Declarou, pondo a aliança de volta em meu dedo. O encaro, querendo chorar.

- Achei que não iria me querer mais. - Falo, pulando em seus braços, ignorando minha fraqueza. Adam sorriu, me puxando para um beijo calmo e intenso.

- Oh, baixinho... Você é tudo para mim. E sempre será. - Sorri, me sentindo um pouco mais confortável. Adam logo me afastou, me fazendo deitar de volta na maca, ajeitando meu travesseiro. - Está se sentindo bem? - assenti, vendo ele sorri, me dando mais um beijo, e logo o doutor entrou, sorrindo.

- Muito bem, Lux... Você aparentemente está saudável, bem, ao menos fisicamente. - O doutor falou, suspirando e olhando seriamente para Adam. - Qual a relação de vocês? - Questionou e Adam o encarou, parecendo não gostar da pergunta.

- O que isso importa? Ele é meu noivo. Algum problema? - Rebateu e o doutor ponderou, retirando os óculos de grau.

- Ele está em uma cama de hospital pela milésima vez e sempre são os mesmos sintomas. Se você é o noivo, está realmente fazendo este papel ou contribuindo para o mal-estar psicológico de Lux? - Arregalo os olhos, surpreso. Adam se levantou, irritado.

- O que infernos está dizendo?! Você não sabe nada sobre nós dois, e não tem o direito de ficar nos interrogando dessa forma! - Adam exclamou. Me sento na cama, assustado.

- Estou apenas querendo o bem do meu paciente, e tudo indica que essa relação só está fazendo mal a ele. - O doutor suspirou, me olhando. - Se precisar de algo, pode me procurar quando quiser. - ditou, me entregando um cartão de telefone e saindo do quarto. Adam me encarou, indignado.

- Aquele desgraçado estava dando em cima de você, Lux?! - Adam questionou, irritado.

- O quê? Claro que não, Adam. Ele é só o doutor que estava cuidando de mim. Nada mais. Enlouqueceu?! - Adam suspirou, negando.

- Nenhum doutor daria o número de telefone privado dele a um paciente! - Exclamou, bufando. Apenas ri, negando com a cabeça. - O que foi? O que é tão engraçado?

- Você. É a primeira vez que te vejo com ciúmes. - Adam me encarou, sem jeito, tentando se manter irritado, mas havia sido atingido no ponto fraco.

- Que ciúmes?! Você bateu a cabeça por acaso? Por que eu teria ciúmes daquele doutorzinho de quinta?! - Resmungou, falando rapidamente. Sorri, me forçando a levantar da maca.

- Ele é bem bonito... - Provoco, vendo Adam me encarar bravamente.

- Mas que história é essa agora?! Resolveu se encantar por aquele babaca? - Eu ri, indo até ele, o abraçando, depositando um selinho em seus lábios, na qual ele tentou resistir, se fazendo de difícil.

- Mas você é muito mais bonito do que ele. - Falo, agora vendo Adam sorri sem jeito, se acalmando.

- De verdade? - Questionou, me fazendo ri ainda mais.

- De verdade. Agora me ajuda a vestir minha roupa. Ainda estou zonzo por causa dos remédios que me deram. - Adam assentiu, me fazendo sentar na maca, pegando minhas roupas limpas, que ele havia trazido de casa.

Retiro aquela roupa de hospital, aguardando Adam se entender com a bolsa, vindo até mim, me olhando da cabeça aos pés, pousando suas mãos em minhas coxas e subindo vagarosamente até minha cintura, ficando entre minhas pernas e me beijando deliciosamente.

- Adam... estamos em um hospital. Qualquer um pode entrar. - Alerto, vendo ele sorri, seguindo até a porta, a trancando e fechando as cortinas. Eu ri, descrente.

- Você já está bom e logo terá alta. Então... eu não vou aguentar esperar até chegarmos em casa, até porque eu sei que você vai ser sequestrado por Harry. - Ditou, me abraçando novamente, beijando meu pescoço e descendo suas mãos para minha bunda.

- Adam, seu safado! Eu nem saí do hospital e você já pensa em sexo?! - Brinco, e ele ri.

- Não se faça de santo. Você quer tanto quanto eu. - Ditou, o que me fez ri.

- Amor, hospital não é nenhum pouco romântico ou excitante. Vamos para casa e prometo te dá toda a atenção que precisa. - Falo, vendo ele me olhar curioso. - Aqui não vamos aproveitar quase nada. Já em casa, temos todo o tempo do mundo.

- Ok, você ganhou. - Ditou, se apressando em pegar minhas roupas, me ajudando a me vestir, o que me fez ri por conta da sua pressa.

Um menino romântico preso em uma parede de músculos.

BOYS DON'T CRY - Adam Berryann Onde histórias criam vida. Descubra agora