A Rosa Dourada - Snames

Doze

- Take a sip of my secret potion
(Beba um gole da minha poção secreta)

I'll make you fall in love
(Eu te farei se apaixonar)

For a spell that can't be broken
(Por um feitiço que não pode ser quebrado)

One drop should be enough
(Uma gota deve ser o suficiente)

Boy, you belong to me
(Garoto, você pertence a mim)

I got the recipe and it's called Black Magic
(Eu tenho a receita e se chama magia negra)

(And it's called Black Magic)
(E se chama magia negra)

- Definitivamente magia negra. - Sirius sussurrou próximo ao ouvido de James enquanto eles dançavam juntos na pista de dança. O menor riu e se soltou na presença de seu melhor amigo, aproveitando pelo menos um pouco a festa. Peter e Emmelline estavam sentados juntos, depois de dançarem muito e animarem o local, os dois agora descansavam e comiam um pouco antes de voltar a agitar a pista. Remus e Tom Riddle conversavam pacificamente sobre algo, rindo de maneira contida às vezes, mas parecendo completamente perdidos em sua própria bolha particular.

Seus pais também dançavam, assim como Dorcas, Malfoy, Lily e Zabini. James havia perdido Snape de vista depois que Eileen Snape o havia puxado para um canto para conversarem. O vendo sozinho, Sirius o puxou para dançar.

- Você acha que Simon vai ficar bem? - perguntou James de repente, fazendo Sirius fechar a cara. - Quero dizer, ele está tentando usar o vínculo para que eu fuja com ele e abandone tudo desde ontem, mas algo o impede. Não sei o que é.

- Talvez seu novo vínculo com Snape. - Sirius indicou a mordida do Sonserino em seu pescoço. - Você sente a presença de Simon agora?

James pensou, tentando encontrar seu antigo Alfa, em vão. A presença de Snape - agora seu marido - era tão forte que parecia tomar conta de seu corpo inteiro.

- Não. - balançou a cabeça, seguindo os movimentos de Sirius. - Não o sinto desde que ganhei a Marca. Parece que há uma parede entre eu e ele. Acho que é o vínculo com Snape, mesmo. Não há outra explicação.

- Não. - concordou Sirius. - Não há.

Dançaram mais um pouco até que Fleamont interrompeu, fazendo Sirius sorrir e puxar a mulher que ele considerava uma mãe para dançar, agora uma versão no piano de Dance In The Dark, enquanto pai e filho desapareceram

- O que James lhe disse? - apesar do sorriso e da máscara de felicidade, todos estavam alertas ao redor dos noivos.

- Que Simon está tentando fazê-lo fugir com ele. - contou o Black. - Mas graças ao vínculo de casamento, esse chamado foi bloqueado.

- Ainda bem. - Euphemia suspirou, aliviada. Ela vasculhou tudo ao redor enquanto eles giravam, franzindo o cenho e se virando para Sirius. - Onde está Severus?

- Não sei. - o Black deu de ombros. - Não o vejo desde que a mãe o chamou para conversar. Acho que a conversa era realmente muito longa ou havia algo realmente ruim para ser dito. De qualquer forma, não é da minha conta.

- Sirius. - Euphemia o repreendeu suavemente. O maior sorriu "inocente" para a Sra. Potter e olhou ao redor.

- Veja. Lá vem eles. - indicou a entrada da Floresta Proibida, de onde Snape vinha, seguido de perto pela mãe, ambos com máscaras de indiferença para esconder algo. Sirius apertou os lábios e franziu o cenho.

- Há algo muito errado ali. - murmurou para a ômega ruiva. - Eu sinto.

- Sente?

- Acho que você estava certa. - o alfa da noite admitiu, sem olhá-la. - O vínculo de família não é algo voluntário. Consigo sentir a presença de Snape e meu alfa reconhece ele como alguém da matilha. Não é realmente incômodo, mas eu sei que há algo errado com ele e sei quando ele mente. - Sirius a olhou. - Eu nunca senti algo tão intenso antes sem ser com Régulus. É como se fôssemos irmãos de sangue.

- Eu sei. - Euphemia lhe sorriu. - Senti o mesmo com você e Remus. É como se vocês fossem meus filhotes de sangue, mesmo sem serem. Vocês são da minha matilha e minha ômega interior reconhece isso e luta para nos manter juntos.

- Atenção! Todos aqui, por favor! - Dumbledore interrompeu a conversa batendo suavemente um talher em sua taça de champanhe, Snape ao seu lado parecendo bastante incomodado. - Como é o costume, aqui, hoje, três matilhas se unem em uma só. Por favor, quero que os líderes dessas matilhas façam o ritual de união, para a segurança e felicidade de ambos os lados.

Sirius deu um beijo na testa de Euphemia e caminhou até o velho diretor, junto com Fleamont, e os dois ficaram à frente de Snape, os três alfas estando bastante desconfortáveis, mas determinados.

- Pode começar por nós, Fleamont? - pediu o diretor.

- Claro. - sem hesitar, Potter pai estendeu a mão para Snape, que agarrou seu pulso, como manda a tradição, e os dois alfas perfuraram o pulso um do outro com suas unhas, liberando seus feromônios em conjunto através do contato das unhas, que arrancaram sangue, mas ninguém se incomodou com o fato. Ficaram por volta de cinco minutos parados quando, por fim, seus alfas interiores se reconheceram e eles puderam se soltar. Eles pareciam um pouco pálidos, principalmente Snape, mas nenhum dos dois reclamou.

Sirius nunca havia feito isso na vida, a maioria das "uniões" que fizera eram por meio de lutas vorazes e violentas, e ouvira falar que esse tipo de união doía e era extremamente intensa, e agora, ali estava ele, fazendo algo que ele nunca esperou fazer. Seu olhar se cruzou com o castanho-esverdeado de seu irmão quando ele olhou em volta e Sirius teve certeza que, por James, ele faria isso. Nem era um sacrifício tão grande assim, certo? Não seria tão difícil.

Snape e Black agarraram seus pulsos do lado esquerdo e Sirius sentiu seu alfa uivar de maneira violenta quando suas unhas penetraram a pele pálida do Sonserino. Ele queria rasgar o pulso daquele desafiante, mas não poderia fazer isso e seu alfa interior rosnava de indignação. Ele foi se acalmando aos poucos enquanto os dois lobos reconheciam seus feromônios e sua presença, reconhecendo-se muito mais que dois alfas unidos por um ômega, mas como parentes, como irmãos.

Sirius soltou Severus e os dois se afastaram como se tivessem sido queimados. A ligação estava forte e Sirius quase desmaiou de espanto ao sentir o Sonserino em sua mente como um membro de sua matilha. Os dois arfavam e se olhavam com espanto.

- Está feito! - anunciou Dumbledore com alegria. - Estão unidos!