Capítulo Cinco - Cicatriz

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— O que é que você quer? — sibilou o alfa de cabelos negros encarando o irmão, que usava roupas grossas em tons de azul escuro e preto e um cachecol prata. A riqueza de suas vestes, a pose aristocrática, os olhos brilhando determinados e a face de alguém poderoso eram o completo oposto do irmão e quem olhasse de fora iria desmaiar de susto ao saber que aquele ruivo grandalhão e o moreno muito pálido eram irmãos.

— Conversar. — disse o alfa maior em tom sarcástico. — O que mais seria?

Se ele havia apanhado de Severus então estava usando algum tipo de feitiço ilusório para não mostrar os hematomas, porque não era possível que seu rosto estivesse limpo de qualquer arranhão. James estreitou os olhos e apertou os lábios, porque enquanto aquele maldito não parecia nada afetado, ainda haviam cortes no braço de seu marido.

— Não estou afim de conversar com alguém como você. — pegando em sua mão o Sonserino e o Grifinório deixavam para trás o vampiro quando este lhes parou com uma frase.

— Não quero brigar de novo, Severus. Estou aqui apenas para conversar com meu irmão mais novo. Quero te apresentar meu filho e minha esposa.

— Mas eu não tenho interesse em conhecer sua esposa nem seu filho! — rosnou Snape irritado o olhando por cima do ombro. — Você me abandonou quando eu mais precisava de você. Agora que eu não preciso você quer refazer os laços? — debochou. — Ridículo.

Ele continuaria andando se não tivesse apertado sua mão suavemente e parado à sua frente, segurando seu rosto e olhando em seus olhos negros cheios de mágoa.

— Eu sei que ele magoou você. — sussurrou baixinho só para ele ouvir. — Mas pense: se nós formos embora, você nunca saberá se ele está verdadeiramente arrependido.

— Ele não está. — Severus desconversou. — Ele nunca iria se arrepender. Ele me deixou naquele inferno e eu não posso perdoar isso.

— Mas o filho e a esposa não têm culpa. — James sussurrou, a mão correndo por seu rosto e soltando os cabelos negros da presilha que os prendiam, acariciando sua nuca. — Eles podem ser diferentes dele.

— E se eles não forem? — perguntou fracamente, entrelaçando a cintura do marido e colando sua testa com a dele. — Não quero arriscar expor vocês dois a isso.

Os olhos do ômega marejaram quando percebeu o cuidado do alfa com seu parceiro e filho. Ele selou seus lábios com carinho e o abraçou forte, enterrando o rosto em seu peito como havia se tornado um hábito. — Bom, então nós dois temos sorte de ter um alfa que pode nos proteger, não é? — James riu e beijou o pescoço descoberto do maior. — Vamos lá.

— Sinto que vou me arrepender. — riu o alfa, beijando a bochecha do ômega.





~(ノ`Д´)ノ彡┻━┻~





O casal, por fim, estavam sentados em uma mesa nos fundos do Três Vassouras com o ruivo, uma criancinha de mais ou menos 5 anos e uma elegante mulher de cabelos longos, muito lisos e loiro-dourados, todos em um silêncio constrangedor apenas se entreolhando.

— Bom, ahñ... Já que meu marido perdeu a capacidade de falar, eu mesma me apresento. — a ômega loira riu sem humor. — Sou Skylar, e este aqui é nosso pequeno Sebastian. — indicou o filho.

— James. — o próprio ômega se apresentou com a sobrancelha arqueada, bebendo um gole de sua cerveja amanteigada. — Obviamente você conhece meu marido.

— Sim. — concordou a mulher, assentindo. — Acho isso interessante, aliás. Vocês são tão jovens, porque se casar tão cedo?

A Rosa Dourada - SnamesOnde histórias criam vida. Descubra agora