Capítulo Sete - Ômega Destinado

2K 234 26
                                    

Parte Um: James

Severus não voltou ao quarto naquela noite. Na verdade James só o viu na aula dupla de Poções com a Sonserina durante tarde, e ele estava sentado na primeira fileira, atento as explicações de Slughorn sobre uma poção complicada que o ex-Potter sequer registrou, concentrado demais em encarar seu marido com ódio enquanto via a maldita Narcisa Black sentada ao seu lado, ambos conversando casualmente enquanto preparavam a poção com cuidado.

— Eu quero bater a cara dela naquela mesa até sangrar. — disse para Sirius. — Vadia inútil dos infernos...

— Está parecendo que alguém aqui está com ciúmes... — cantarolou Sirius com um sorrisinho de lado.

— E estou mesmo. — James concordou, furioso. — Aquela maldita namorou com ele durante dois anos, e ele está me ignorando. A conversa parece estar boa demais pra ele... — sibilou de ódio ao vê-lo rir para a loira.

— Hey, James, Narcisa é quase que uma melhor amiga para ele. — Tom Riddle, sentado na carteira ao lado fazendo dupla com Lucius, lhe fitou com seus profundos olhos azuis, o medalhão egípcio que Severus lhe deu balançando suavemente com o movimento de seu corpo. — Duvido que ele ainda tenha algum interesse nela.

— Duvida mas não tem certeza, não é? — provocou o Grifinório com sarcasmo.

— Oh, céus, se lhe incomoda tanto, vá falar com ele e para de cu doce. — Peter se irritou, assustando a todos. — O quê? Eu não posso estar irritado também não?

Remus, sentado ao seu lado como seu parceiro de laboratório, piscou como uma coruja. — Você tá bem, Petty? — questionou preocupado. — Você tem andado muito calado ultimamente.

— Estou bem. — o loiro abaixou o olhar para o livro e fingiu ler, fingiu de maneira patética, aliás, pois o livro estava de ponta cabeça. — Só estou com dor de cabeça.

— Deve ser o cio. — Sirius franziu o cenho. — Seu cheiro está mais forte.

Ninguém disse nada e todos voltaram aos seus afazeres, terminando a poção e entregando a amostra para o professor ao fim da aula. James estava distraído guardando suas coisas quando viu Severus se aproximar, mas o maior sequer o olhou e se abaixou para falar com Tom, sussurrando algo em seu ouvido e erguendo a mão, acariciando sua nuca distraidamente. Furioso, James se ergueu e saiu da sala como um touro irritado, mochila nas costas e os livros sendo apertados fortemente contra o peito.

Estava fazendo birra e sabia disso, mas era orgulhoso demais para pedir perdão. Tentava superar essa parede de orgulho que o cercava para admitir ao vampiro que sentia muito, mas teria que trabalhar duro para conseguir. A etapa um, a mais difícil, havia sido concluída com sucesso: admitiu a si mesmo que essa briga era culpa sua e teria que se desculpar, mas queria fazer isso na privacidade de seu quarto. Tomou um banho e se trocou notando que seu marido ainda não havia aparecido, mas era importante cuidar de sua pequena filhotinha antes e por isso se sentou na mesa vermelha e dourada com seus amigos, esperando Severus entrar com Lucius e Tom pelas portas de madeira escura do Salão Comunal, mas isso não aconteceu. O loiro e o castanho entraram, mas nada do alfa.

O jantar se passou lento demais para ele, que mesmo com uma fome gigante, não conseguiu esquecer sua decepção por estar sendo evitado. Fora apenas um dia, mas sua marca queimava como o inferno. Aquela situação seria resolvida logo, era sua esperança e ele a repetia mentalmente, ansioso.


A Rosa Dourada - SnamesOnde histórias criam vida. Descubra agora