Capítulo Doze - O Verdadeiro Tom Riddle

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Pessoas esse capítulo é um bônus e ele é dividido em vários trechos de música. A cada trecho da narrativa a música muda de acordo com os sentimentos expressados, e todas as letras resumem um pouco desse personagem que, sinceramente, é meu bebezinho 😍😍😍😍😍

Aproveitem 😘😘😘
@Joontaeoh

Isn't lovely? ALL alone
Heart made of glass, my mind of stone
Tear me to pieces, skin to bone
Hello, welcome home
(Não é adorável? Totalmente sozinho
Coração feito de vidro, minha mente de pedra
Rasgue-me em pedaços, pele e osso
Olá, bem-vindo ao lar)

Estava nevando e Tom dormia tranquilamente naquela manhã. Era sábado e não havia aulas, a definição exata de um dia perfeito para o castanho, deitado em seu confortável ninho escondido em um lugar de difícil acesso no dormitório da Sonserina e quentinho embaixo das cobertas grossas e de coloração verde - sua favorita. Ali era seu refúgio pessoal e somente uma pessoa sabia sua localização - Severus.

O garoto alfa era seu melhor amigo juntamente com Lucius, eram os únicos que o ômega considerava próximos a si de verdade e ele os amava muito - mesmo sendo considerado frio, calculista e até, por que não, um pouco sociopata? Ele ouvira rumores absurdos de que ele era. Mas por que as pessoas continuavam a falar dele, se elas já tinham fofoca o suficiente?

Se levantar e deixar seu ninho o deixava incomodado, ficava o dia inteiro irritado e com dores nas costelas, o único que o acalmava era o alfa de olhos negros, já que eram como irmãos e o cheiro dele estava impregnado em um dos círculos de seu lugar especial. Por isso ganhou o medalhão egípcio dele, estava coberto com seu cheiro e Tom adorava, o deixava calmo. O castanho só queria poder ter o mesmo efeito sobre o alfa, odiava profundamente a forma como Lily Evans o deixava mal.

Por esse motivo tinha uma certa afeição por Potter. Ele, aparentemente, fazia bem para o seu melhor amigo, muito bem, pelo visto, e esse era um bônus que já o deixava... Em um patamar alto, por assim dizer.

Gruniu irritado ao erguer o olhar e franzir o cenho. Estava escuro, mas algo o impedia de dormir e o cheiro de alfa irritava seu nariz. Ah, claro, isso era uma pequena coisinha dele, o fazia diferente dos outros ômegas e completamente imune aos feromônios dos alfas: ele os repudiava, achava nojento e eles o deixavam enjoado. Isso até conhecer Severus mais a fundo, claro. O cheiro dele era doce no ponto certo e seu sorriso lhe relaxava, o pensamento de talvez o rapaz mais novo ser seu destinado brincando consigo por umas semanas. Claro, ele o dispensou quando soube da Evans e aceitou perfeitamente bem seu casamento com Potter, contudo o pensamento de lhe perder depois do nascimento dessa criança o deixava tonto e com raiva, lágrimas sempre molhavam seus olhos quando se lembrava desse fato.

Ele não queria perder seus amigos.

Lucius era... Bom, Lucius. Falante, engraçado e herdeiro de uma família extremamente poderosa, ele era como um objeto em suas mãos no início, durante seus dois primeiros anos. Tom era calado e frio, enquanto o loiro era gentil e tagarela, tudo o que o moreno queria pedia ao loiro que, desesperado pelo desejo de impressionar um ômega tão forte e independente como Tom, fazia de tudo por ele.

Claro, o herdeiro Malfoy aprendeu a adquirir uma máscara fria com o Riddle, assim como Tom entendeu o que era, finalmente, ter amigos. Foi no terceiro ano que o garoto finalmente pôde pensar em Lucius como um amigo, seu melhor amigo, a salvação do garoto que se afundava cada vez mais nas Artes das Trevas.

Mas todo ano, quando retornava para o orfanato, se lembrava do porquê não tinha amigos até entrar em Hogwarts. A raiva, ódio e solidão lhe engoliam cada vez mais naquele ambiente tóxico onde ele vivia e a cada vez que voltava, tinha tanto rancor no coração que era levado por Severus para alguma sala vazia, onde descontava sua raiva lutando de maneira árdua com o colega de quarto. Os dois eram poderosos, muito poderosos, e Tom aprendeu a se defender fisicamente com o menino que ele considerava um irmão e entendia o que era viver no inferno.

A Rosa Dourada - SnamesOnde histórias criam vida. Descubra agora