•Stella.
Era noite, enquanto Helena estava caçando algo para comermos, Monster e eu estávamos sentados observando a noite, o céu estava nublado e a fogueira acesa. No entanto eu já imaginava que em poucas horas, uma chuva irá cair sobre nós, todavia não quiseram me ouvir e decidiram ficar á céu aberto.
Claro que ficamos em um silêncio absoluto, enquanto o cavalo de Monster estava amarrado e comendo a grama perto de si. Admito que eu estava exausta, mas, por conta de tudo o que vamos ter que fazer para buscar o meu colar, eu não conseguia fechar os olhos com medo que algo fosse me machucar... e com algo, quero dizer Íris, por mais que eu saiba que estamos um tanto quanto longe, sinto que ela está em todo o lugar e pronta para acabar comigo.
Verdade seja dita, sei que amanhã chegaremos e que vão faltar seis dias antes de apagar. Mas eu não estou tão preocupada em morrer, mas sim... em encontrar Yan e sofrer com torturas que Íris, isso além de Moralith e a tal da Hina. É estranho terem três pessoas poderosas tentando me matar, quando eu estou fazendo isso sozinha, acho que minha mãe deve ter passado por essas coisas e eu nunca entendi alguém, como eu a entendo.
Como é perceptível, toda volta que eu dou em meus pensamentos, eu acabo pensando nas três coisas que rondam a minha vida desde que eu fui embora: Yan, a morte e minha descendência celeste/estelar. E a única coisa que eu não paro para pensar, é sobre o meu pai, assunto que eu sei e entendo, que eu não devo me aprofundar, afinal, se nem mesmo Fire sabe quem é, como eu iria saber? Enfim, o que eu quero dizer, é que eu não vou acabar procurando por respostas sobre ele, sendo que não vou encontrar nada... ainda mais com tudo o que está acontecendo, mas se tudo passar, se eu conseguir superar o que está havendo nesse momento, quem sabe um dia... um dia eu decida buscar por respostas, sobre o que eu sou, pois sou apenas metade celeste (segundo o que Fire me disse) e a outra metade, talvez eu queira descobrir.
Ainda em silêncio, Monster se sentou do meu lado, e ficamos próximos á fogueira. Sua calmaria fazia com que desse para escutar sua respiração e até mesmo sons das copas das árvores, que eram poucas, e até mesmo os sons de alguns corvos. Fitei Monster que suspirou segundos antes de começar a falar.Monster: Gosto do som dos corvos, me lembram o lugar de onde vim.
Stella: O vale dos dragões?
Monster: Não nasci lá. Mas prefiro que não saiba de onde vim, talvez isso mude a relação boa que estamos criando.
Stella: Se não quer me dizer eu não tenho problemas com isso.- Sorri.- Tem algumas coisas que também não me sentiria confortável em te contar, pelo menos não ainda.
Monster: Certamente. Mas eu gostaria de saber uma coisa;
Stella: O que?
Monster: O porquê de não confiar em mim.
Stella: Mas eu confio.- Sorri de canto.- É só... questão de tempo.
Monster: Porém, não foi questão de tempo para eu me encantar por você, afinal, assim que te vi, encontrei em você a realidade e a fantasia, em um só ser.
Stella: O que está tentando me dizer?
Monster: Quero dizer que eu adoro sentir o que você sente, pois seus sentimentos são extremamente lindos e únicos.
Stella: Obrigada?- Falei ao esticar as mãos em direção á fogueira, para poder me aquecer.
Monster: Encare como uma coisa boa.
Stella: Tudo bem, mas agora é minha vez de perguntar.
Monster: Sou todo ouvidos.
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Stella
FantasySer um nada em meio a própria vida pode parecer estranho apesar de normal. Stella, uma garota de poucos anos, descobre em menos de um mês, que tudo pode se resumir em sombras e tristeza, rainhas más, estrelas, uma floresta escura e amigos de raças d...