Cap 8- Fogo.

25 8 2
                                    

•Stella.

    No dia seguinte, acordei com o barulho das panelas e Yan estava gritando feito um louco, parecendo que estava falando com algum tipo de animal. Quando notou que eu não estava gostando nem um pouco daquilo, ele parou e me disse que o dia é curto e precisávamos ir até algum lugar buscar uma arma para mim. Eu nunca fiquei tão feliz! Finalmente ele fez alguma coisa que me deixou extremamente agradecida, então algo me impulsionou para abraça-lo, mas me arrependi no mesmo instante, ao ponto de nem escutar o que ele disse, que pelo tom, não parecia ser boa coisa.
    Depois de arrumar coisas para nós comermos e bebermos, Yan entrou na casa e pendurou uma bolsa com flechas em suas costas e pegou seu arco.

Stella: Eu não sabia que tinha um arco.

Yan: Você achou mesmo que eu iria usar a espada para caçar?

Stella: Não sei.- Dei ombros.- Bom, precisamos ir logo.- Falei com um sorriso no rosto.

Yan: Pirralha, vou logo te avisando, a pessoa que vamos pegar as armas, é extremamente irritante.

Stella: Relaxa caçador,- Falei passando pela porta.- estou acostumada com pessoas irritantes.

Yan: Por acaso está se referindo a mim?- Sorriu e se encostou na porta.

Stella: Depende do ponto de vista.- Ri.- Brincadeira, quando digo isso não é apenas por sua causa. Eu vivia com minhas três irmãs, sei bem o que é uma pessoa irritante.

Yan: Ah pirralha...- Começou a andar seguido de Negreira que se abaixou para que eu subisse.- família é uma das melhores coisas que um ser pode desejar.

Stella: Diz isso porquê não conhece a minha querida Sunset.

Yan: Sunset?

Stella: Minha irmã mais velha.

Yan: Eu tive uma irmãzinha uma vez, mas ela não durou nem dois meses.

Stella: E os seus pais?- Ele parou de andar.

Yan: As vezes você deveria simplesmente se concentrar no que realmente te interessa. Minha vida não é da sua conta.- Disse e voltou para a estrada de terra.

Stella: Olha me desculpa, sei como o assunto de família é complicado. Você tem razão nesse ponto mas...

Yan: Me poupe desse discurso sem fundamento pirralha.- Suspirou.- Eu não sei qual o seu problema, uma hora parece que me odeia, na outra está fingindo que se importa, você é sempre assim?

Stella: Na verdade seu arrogante, eu só me senti mau por você porque vi como se sentiu quando perguntei sobre seus pais.- Me irritei.- Quer saber de uma coisa.- Parei em sua frente juntamente a Negreira e estendi o dedinho.

Yan: O que, em nome dos deuses, você está fazendo pirralha?

Stella: Vai estende o seu.

Yan: Não.

Stella: Estende!- Gritei. E revirando os olhos ele obedeceu.- A partir de agora, sem segredos, sem mentiras. A gente vai passar um bom tempo tendo que aturar um ao outro, então temos que confiar um no outro.

Yan: E qual é esse lance dos dedinhos?

Stella: Não muda de assunto, concorda comigo? Sem segredos, sem mentiras... quem sabe a gente até se dê um pouco melhor.- Dei ombros.

Yan: Ta bom, ta bom, pirralha.- Resmungou algo que eu não escutei bem.- Agora sai da minha frente.

Stella: Primeiro tem que apertar o dedinho.- Sorri.

StellaOnde histórias criam vida. Descubra agora