Capitulo XX - Sophia

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"Vivendo nas ruínas do palácio dos meus sonhos, 
E você sabe, estamos no mesmo time. 
Estou um pouco cansada de me mandarem colocar as mãos para cima, 
(...)
Então todos os copos se quebraram 
Os cacos ficaram sob os nossos pés 
Mas não foi culpa minha. 
Todo mundo está competindo 
Por um amor que não irão receber."  
– Team, Lorde. 

Os sonhos eram borrões felizes, com cores vivas e pessoas que eu amava. Há muito tempo eu não conseguia ter esse tipo de sensações enquanto dormia e eu devia essa redescoberta do sono tranquilo aos braços fortes que rodeavam a minha cintura com proteção. Caíque estava em um sono profundo, provavelmente tendo os mesmos sonhos que eu. Sua respiração estava pesada em minha orelha, balançando as mechas soltas do meu cabelo que roçavam a pele exposta, me enviando cosquinhas. 
Sorri com todas as sensações boas que preenchiam o meu coração – tudo estava em seu devido lugar, finalmente, e o calor que seu abdómen nu enviava para a pele das minhas costas me deixava ciente disso. 

Escorreguei minhas mãos suavemente por seus braços agarrados á mim, memorizando cada pedacinho, cada pelo eriçado, cada músculo saltando, até seus ombros pousados em cima dos meus. Tocá-lo nunca me deixaria cansada. Sempre seria uma novidade, sempre me despertaria sensações novas como se fosse a primeira vez. Nada nele me cansaria. Nada em mim morreria enquanto ele estivesse comigo. Ali, envolvida por seus braços e sentindo as batidas ritmadas do seu coração, eu sabia que poderia viver essa e outras vidas com ele que nunca seria o suficiente.

O sol refletiu no diamante perfeitamente lapidado e estrelas brilhantes dançaram pelo colchão e minha pele. Meu sorriso aumentou consideravelmente diante daquela cena – era exatamente assim que eu me sentia. Uma estrela dançante. 

Mexi meu corpo até estar de frente para Caíque. Depositei um beijo em sua testa e sussurrei baixinho: 
- Vou fazer o café e preciso que você me solte, senhor Avellar.
Meu sorriso favorito começou seu trajeto lentamente pelos lábios dele, e aquele foi o último acessório para que ele se tornasse o homem dos sonhos eróticos de toda mulher. Suspirei pesadamente – um dia eu poderia morrer de paixão. 
- Queria lhe informar, senhora Avellar, que neste hotel existe serviço de quarto. – sua voz estava rouca de sono e todo o meu corpo estremeceu com as ondas de calor que percorreram os meus nervos. 
- Então eu preciso levantar para ligar para o serviço de quarto. – retruquei sorrindo. 
- E se eu não quiser deixar você ir? – seus olhos abriram-se em um milésimo e toda a profundidade  de seus olhos me sugou. Pareciam duas esmeraldas em forma liquida e eu sabia o que aquilo significava. Eu ficaria ali por quanto tempo ele desejasse e nem meu corpo ou minha mente iriam contestar. 

Chamas começaram seu trajeto da pontinha dos meus dedos dos pés, passando pelo vão das minhas coxas e parando na gotícula de suor que começou a brotar em minha testa. O desejo latejava por todas as partes do meu corpo de um jeito suportável até que mãos fortes começaram a apalpar a pele exposta das minhas coxas abaixo da minha bunda. 
Meu corpo foi puxado para o seu e sua boca avançou para minha com fúria. 

Eu estava perdida. 

•••

- Caíque... – resmunguei, meu corpo esmagado pelo seu, minhas mãos presas acima da minha cabeça pelas suas e minhas pernas travadas pelos seus joelhos fortes. – As meninas já acordaram e nós ainda estamos aqui, o que vão pensar? 
- Que estamos fabricando um irmãozinho para cuidarem – sua risada ecoou pelos meus ouvidos, puxando á força um sorriso de meus lábios. Seus dentes afundavam na pele do meu pescoço e meu corpo que devia estar saciado o suficiente, pedia por mais. 
- Precisamos conversar com a Ellen... – tentei novamente e dessa vez consegui que sua cabeça levantasse para me encarar. – Sobre ela ficar conosco. 
- Sim, precisamos. – seus olhos ainda escorriam desejo. Um desejo que fazia com que o meu explodisse dentro de mim. – Não quero levantar e não quero sair de dentro de você. 
- Deus... – sua boca voltou a atacar o meu pescoço e seus quadris mexeram contra mim. Um gemido escapou pelos meus lábios. 

Romeu e JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora