Capitulo VIII - Caíque

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Dedicado pro meu primeiro Romeu, o mais lindo de todos e que me mima demais! Obrigada por tudo, principalmente pela força que você me dá pra continuar todos os dias com esse romance. Você mora no meu coração. ♥

Mais um dia de trabalho estressante e eu não sabia em qual pescoço pulava e esmagava até a morte. Meu humor estava zero, a paciência também e a vontade de sair correndo dali e deixar todos esses imbecis para trás estava cem por cento. 

Desde cinco da manhã em pé, nesse escritório provisório que era uma merda, junto com funcionários de merda e tendo um dia de merda, por causa de uma simples transação que falhou ou foi para uma conta errada. Cinco milhões! Os malditos perderam cinco milhões de dólares! Quem em sã consciência perde os cinco milhões do seu chefe assim? Só alguém que quisesse morrer pelas minhas mãos! 

Eu precisava desesperadamente de uma assistente pessoal que desse conta do recado, inclusive da minha agenda. Estava tudo uma maldita bagunça, por que Maxuel simplesmente não tinha o dom de organizar nada que não fossem seus papéis e suas táticas de vencer em um tribunal. E o que eu podia esperar também? Eu não o pagava para ser meu assistente, pagava-o para ser meu advogado, e ele cumpria esse papel com excelência. 

Tinha vontade de gritar e xingar todo mundo que estivesse na minha frente. Eu estava literalmente descontrolado por dentro e precisava desesperadamente de um calmante, ou da melhor terapia do mundo: Sophia. 

O toque do meu celular me emputeceu mais ainda. Peguei o aparelho, apertando-o tão forte que pensei que iria quebrá-lo só com a força das mãos, e atendi com um rosnado furioso quando vi quem era: 

- Brad, eu posso saber o que ta acontecendo nessa merda? Por que os cinco milhões que eu deveria receber não estão na minha conta? 

- Senhor, eu sinto muito, eu não sei o que aconteceu...

- Não sabe o que aconteceu, Brad? E você por acaso é pago para não saber o que acontece com o meu dinheiro? – não deixei que respondesse e continuei berrando: – Exatamente, não! Você é pago para cuidar das finanças e você não está fazendo isso direito! 

- Me perdoe senhor... Eu juro que vou colocar todos atrás desse dinheiro...

- Eu acho bom mesmo! Eu quero esses cinco milhões na minha conta até amanhã, nem que você tenha que rodar bolsinha na esquina pra isso! Você escutou bem, Brad? Se eu souber que levei o maior calote da minha vida por ter confiado nos seus julgamentos para vender aqueles diamantes e não receber por isso, eu juro que mato você! 

- Tudo bem, senhor. 

E desliguei furioso, nervoso e querendo socar tudo que fosse possível. 

Passei a mão nos cabelos puxando-os com força – mania que tinha desde criança para demonstrar o quanto estava frustrado – e tentei respirar o mais fundo possível para não fazer uma merda que piorasse as coisas.

Como eu tinha deixado uma coisa daquelas acontecer bem de baixo do meu nariz? Puta que pariu! Eu nunca fui do tipo relapso e nem que confiava muito fácil nas pessoas com quem fazia negócios, mas ultimamente eu estava tão desligado de tudo que não fosse Sophia que acabei perdendo o controle de tudo. Não podia continuar assim, eu teria que começar a equilibrar as coisas. Precisava dar atenção a empresa e a tudo que acontecia nela, precisava ter foco para resolver tudo e ter controle de tudo, já que estava muito longe; e precisava me dedicar a Sophia e ao nosso relacionamento recém nascido das cinzas com a mesma intensidade. 

Peguei o celular novamente e apertei a discagem rápida. Logo a voz mais suave e linda do mundo atendeu: 

Romeu e JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora