**Capítulo 5**

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Um mês depois...

• CK •

Tava nem acreditando no que o menor me passou, na moral mermo. Quando ele me passou a fita que a Kamilly estava grávida de quase três meses, caralho, eu fiquei doido.

Minha cabeça voou na festa que fui em São Paulo, só pra bater com ela. A mina já tava doida pra caralho. Troquei um papo maneiro com ela, e depois transamos numa cabine de banheiro.

Eu fiquei doido naquele dia. Queria de tudo ter ela logo, e quando eu tive, caralho irmão, surtei pra porra.

Só que não era pra ela engravidar não, pô. Bagulho nem era esse. Nunca quis ter filho, nem sonhava em ser pai, mas a parada com a Kamilly é diferente.

Eu até pensei em não aparecer mais, sumir mesmo, só pra não ter que assumir a criança, mas pensei bem, e resolvi trocar uma ideia com a Kamilly primeiro.

Nem tinha na mente como chegar nela e jogar logo que sou o pai do filho dela. Não fazia a mínima de como seria a sua reação. Também não sabia se ela lembrava de mim, ou os caralhos.

Dei um jeito de conseguir o número dela, e mandei mensagem pedindo pra ela me encontrar na entrada da favela. Ela demorou uma cota pra responder, e quando respondeu perguntou quem era. Só mandei o papo que era o pai do filho dela, que ela já saiu do whats.

Me encostei ali no meu carro, e fiquei esperando ela descer. E quando vi aquela mina descer apenas com um top e um shorts, mermão, fiquei maluco por ela já.

Fiz cara de sonso, vendo ela me procurar. Quando seu olhar parou em mim, ela parou de andar legal. Ficou me encarando por maior cota, e eu só ali nem entendendo nada, pô.

Mas logo ela voltou a caminhar na minha direção, agora bem devagar. Já tava ficando sem paciência pra essa enrolação toda. Minha vontade era de puxar ela logo, e já era, carai.

Quando ela parou na minha frente, ficou me olhando por um tempo, calada. Parecia que estava lembrando de tudo o que tinha acontecido naquela noite.

Ih, pô, aquela noite foi doida demais. Nós dois tava drogado, e transamos pra caralho naquele banheiro. Só de lembrar dessa parada, ficou com vontade dessa mina de novo.

Kamilly: Eu lembro de você...- falou baixo, me olhando nos olhos.

CK: É, pô, a gente transou pra caralho no banheiro daquela boate. - suspirei, passando a mão no rosto.

Ela negou com a cabeça, suspirando alto, e ficou ali em silêncio por um tempo.

CK: Acho que eu sou o pai mermo né? - fiz careta, olhando pra ela.

Kamilly: Eu acho que sim. Só foi eu te olhar, que eu lembrei de tudo do que aconteceu naquele dia. - suspirou, e vi seu rosto ficar vermelho. - Você não usou camisinha?

CK: Usei, pô, mas eu senti vazando no final.

Kamilly: E por que não me falou, caralho? - perguntou altão já, e eu me segurei ali pra não dar uma encarada sinistra nela.

CK: Eu pensei que tu tomava o caralho do remédio. Achei que tu era responsável...

Kamilly: Ah, agora eu sou a irresponsável, sendo que foi você que gozou dentro e não me avisou? - já foi gritando e chamando a atenção dos caras da laje.

CK: Tá gritando por que, em? Tá maluca?

Ela fez careta e ficou quieta, encarando tudo, menos eu.

CK: E ai filha, vai querer que eu assuma a cria ou que sumo de vez da tua vida?

Vida LokaOnde histórias criam vida. Descubra agora