• Kamilly •
Quando saímos daquela clínica, pedi pra ele passar em uma lanchonete, pois nem tinha tomado café da manhã, e estava morrendo de fome.
Ele parou em uma, ali perto da clínica mesmo, e eu já fui entrando, olhando para os salgados dali.
Pedi três coxinhas e quatro assados, e uma coca. Me sentei numa mesa ali no canto, e o Caíque se sentou na minha frente.
Kamilly: Vai comer nada não?
Ele negou com a cabeça, e eu dei de ombros, pegando meu celular. Tinha algumas mensagens da minha mãe, perguntando se eu já estava voltando pra casa, apenas respondi que tinha parado em uma lanchonete, e que já, já ia pra casa.
CK: Tu já foi pra baixada? - perguntou do nada, e eu encarei ele.
Kamilly: Já fui pro Guarujá, e pra praia dos sonhos.
CK: Já foi pra Ilhabela? - cruzou os braços, e eu neguei com a cabeça. - Pô, tenho uma casa foda lá, esse final de semana a gente podia pegar a balsa e ir...
Kamilly: Sei não...
CK: É sério, pô, a casa é fodona, nós vai sexta de noite, e volta no domingo de noite.
Kamilly: Olha, eu não sei, mas vou pensar...- sorri de lado. - A gente não se conhece a muito tempo, e sinceramente? Ainda não tenho confiança em você.
Ele fez careta, e balançou a cabeça, se calando ali. Comi meus salgados quieta na minha, e depois de pagar, pedi pra ele me levar pra casa, pois não estava bem.
Caíque disse que iria no banheiro, e que a gente já ia. Apenas balancei a cabeça concordando, e ele se foi.
Não era mentira o que eu disse pra ele, ainda não tinha confiança nenhuma nele. As vezes quando ele falava algumas coisas, eu sentia que não era verdade.
Ele nunca me encarava nos olhos para falar as coisas, e isso meio que me incomodava.
CK disse que é da Brasilândia, mas acho que isso também é mentira. Já tinha ido algumas vezes pra lá com meu pai, e nunca bati com ele.
Ele nunca me conta nada, faz um pouco mais de um mês que ele disse que era pai do meu filho, e não me disse se tem família, ou os caralhos.
Sou vou começar a acreditar nele mesmo quando ele começar a abrir o jogo comigo. Me contar mais sobre sua vida, e finalmente ir conversar com meus pais.
Até lá, a confiança nele é zero.
Sai dos meus pensamentos quando uma mulher loira sentou na minha frente, com um sorriso enorme no rosto.
Fiz careta, e ficamos nos encarando por maior tempão. Estava tentando lembrar dela, por que ela parecia saber quem eu era.
Quando abri a boca para falar algo, ela foi mais rápida...
- Prazer....sou a Bruna.