**Capítulo 38**

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• Kamilly •

Caíque parou o carro na entrada da comunidade, e desligou o carro, encostando no banco.

CK: Ae, eu vou sumir por um tempo...- murmurou, e eu encarei ele sem entender.

Kamilly: Por que?

CK: Tenho uma parada pra resolver por ai, pô. Vou ficar uns dois meses fora...eu acho...- fez careta.

Kamilly: Tu não vai poder ir nas ultrassom...- falei baixo, engolindo em seco. - Mês que vem talvez já daria pra ver o sexo do nosso filho...

CK: Foi mal, pô, vou tentar vir pra pelo menos ir nessa ultrassom, papo reto mermo. - colocou a mão na minha perna, apertando a mesma.

Balancei a cabeça concordando, e beijei a bochecha dela, e sai do carro. Ele sorriu de lado pra mim e se foi.

Mês que vem talvez já daria pra ver o sexo do bebê e ele nem estaria lá comigo. Era foda, pô.

Fui andando devagar em direção a minha casa, e no meio do caminho bati com a Antony parecendo um maluco.

Marinho: Véi, teu irmão, Kamilly...- me olhou, e eu fiz careta. - Ele teve overdose e tá agora no hospital.

Senti meu corpo tremendo um pouco, e já comecei a ficar desesperada. Já não basta a Letícia, e agora o Kauê também, caralho?

Kamilly: Quando foi isso, Antony?

Marinho: Agora de tarde. Alice me ligou agora, e mandou o papo do que tinha acontecido, e me pediu pra te avisar.

Kamilly: Me leva nesse hospital?

Ele balançou a cabeça concordando, e fomos indo na direção da moto dele. Ele montou, e eu subi na garupa, colocando o capacete.

Antony saiu dali a milhão, e não demorou nada pra parar na frente de um hospital, que era perto da favela.

Desci, e já fui entrando naquele hospital, sentindo meu coração acelerado pra caralho. Meus pais estavam numa sala ali de espera, minha mãe chorando, e meu pai abraçado com ela.

Kamilly: Ele tá bem?

Minha mãe me olhou, e seu rosto estava vermelho e inchado por conta do choro.

Alice: Ainda não deram notícias dele...- falou baixinho, apertando mais meu pai. - Eu pedi tanto pra ele não usar essas porcarias, e agora ele tá lá, em estado grave por conta dessas porra...

TK: Ele vai ficar bem, pô... moleque é forte, relaxa...- murmurou, beijando o pescoço da minha mãe.

Me sentei em uma cadeira, e suspirei alto, sentindo meu peito apertado.

A Letícia já se foi, e eu não aguentaria ver meu irmão indo também. Sabia que ele só usou essas drogas por que tava malzão por conta da morte da Letícia.

Ele gostava mesmo dela!

Eu também amava ela, mas tive a consciência pra não me afundar nas drogas também, ou fazer algo pior. Tem um serzinho dentro de mim, e só ele importa agora.

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Próximo capítulo promete...
eu acho kkk

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