Assim que paramos na frente da entrada da favela, tirei o cinto, e quando eu ia sair do carro, ele trancou o mesmo. Encarei ele sem entender, que olhava pra frente.
CK: Ae, vou te passar meu número pra nós ir se falando. - murmurou, pegando o celular.
Kamilly: Ta, mas pra isso precisa trancar a porta, amado? - cruzei os braços, e ele me ignorou, começando a falar o número dele.
Anotei no meu, e fiquei ali em silêncio, esperando ele dizer mais alguma coisa.
CK: Seus pais são de boa?
Kamilly: Sim. - suspirei alto. - Minha mãe pega muito no meu pé, já meu pai é mais liberal comigo nos bagulhos tudo. Eu sou mais apegada a ele, do que na minha mãe.
CK: Qual o nome do teu pai? - perguntou baixo, e me olhou.
Eu juro que senti muita mágoa em seu olhar, que até fiquei em silêncio por algum tempo apenas com o olhar preso no seu.
Kamilly: Tiago...e o da minha mãe é Alice. - respondi desviando meu olhar do dele. - Bom, eu acho melhor eu ir, né? Daqui a pouco meu pai dá a doida e resolve vir atrás de mim, e como tu falou que não quer ninguém sabendo de nada agora, já vou indo embora.
Ele destravou o carro, e eu fui saindo. Senti a mão dele no meu braço, me impedindo de sair. Antes mesmo de eu falar alguma coisa, senti a boca dele na minha bochecha, subindo em direção a minha orelha.
Me arrepiei toda ali, mas cai na real, e me soltei dele, dando um sorriso forçado.
Kamilly: Qualquer coisa eu te ligo.
Ele balançou a cabeça concordando, e eu sai dali andando rápido. Quando eu já estava na esquina da rua, olhei pra trás vendo o carro dele ali ainda, e ele me olhando.
Ignorei legal, e continuei subindo. Assim que entrei em casa, ouvi minha mãe gritando de não sei aonde, perguntando se era eu. Eu respondi que sim, e me deitei no sofá.
Alice: Tava aonde, Kamilly? Ficou quase a tarde toda fora, menina.
Kamilly: Fui dar uma volta por ai...sozinha. - suspirei, passando a mão por meu rosto.
Alice: Da próxima vez avisa, sua maluca. - deu um tapinha na minha testa, se sentando ao meu lado. - Tu viu seu irmão? - neguei. - Desde que começou a namorar aquela sonsa da Kelly, ele não para mais em casa, vive na rua aquela porra. - bufou, negando com a cabeça.
Kamilky: Deixa ele curtir, mãe. Calma!. - sorri de lado.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem pro Caíque, só falando pra ele salvar mesmo.
Ainda não tinha confiança nele, não senti verdade alguma naquele homem, mas posso fazer o que? Ele é pai do meu filho, e vai assumir o bebê.
Eu só queria que ele viesse conversar logo com meus pais, pra tudo se resolver logo, mas tá foda!.
Alice: Você já pensou em nomes pra esse bebê, se caso for menina, ou menino? - me olhou, e eu fiz careta.
Kamilly: Ainda tá muito cedo pra pensar nisso, mãe, eu em.
Ela fez careta e ficou quieta. Eu só continuei mexendo no meu celular ali na minha, enquanto ela assistia tv.
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NÃO se apaguem aos personagens, pois posso dar uma de maluca e matar alguém importante, e que vocs gostam kkkkkk
Ah, e esse livro não vai ser mt grande, acho que termino ele no cap 30, no máximo no 45, vou ver.