• TK •
Alice: Eu realmente não consigo acreditar ainda que você foi tão burro e deixou ela "pra morrer". - fez aspas com os dedos, negando com a cabeça.
TK: Eu ia saber que iam ajudar ela a fugir daquele caralho? - encarei ela serin, que revirou os olhos.
Alice: Você é burro.
Eu nem respondi mais ela, por que tava ligado que íamos comecar a discutir, e na boa, agora eu só queria ficar focado em matar aquela vagabunda da Bruna.
Já estávamos chegando no lugar marcado, e pô já tinha fumado uns três cigarros de maconha de tanto que tô ancioso pra acabar com aquela mulher.
Alice tava puta, só ficava me olhando dirigir calada. Sabia que ela tava irritadona por a Bruna estar viva.
Kauê estava no banco de trás mexendo na fuzil também calado. Ele só estava indo por conta da Letícia mermo.
Quando esse menor mandou o papo que a Letícia tava viva, já fui logo falando com o DR. Ele ainda tava malzão por conta da "morte" dela, e quando mandei o papo que ela tava viva o cara surtou.
Ele estava no carro atrás com mais uma tropa. O lugar que a gente estava indo era na zona leste. Não demorou nada pra gente parar em frente a um barracão enorme.
A rua era deserta, tinha poucas casas e a rua era escura, com as luzes dos postes falhando.
Sai do carro pegando a fuzil, e arrumei o colete na frente do corpo. Alice saiu toda pá, arrumando a fuzil e as pistolas.
Alice: É aqui mesmo. - olhou no papel.
TK: Tu tem certeza que quer entrar, Alice?
Ela nem me respondeu, passou por mim serinha, e já fui pulando o muro. Tentar controlar essa mulher era foda demais, se não era do jeito dela, então não era de nenhum.
Alice mudou demais, nem de longe parece aquela menina toda bobinha de anos atrás, agora tá pique bandidona mermo, carai. Orgulho demais dessa mulher, pô.
Pulei o muro também e os caras vieram mais atrás. Coloquei o silenciador na arma, e ajeitei na frente do corpo.
Fomos entrando ali, e quando vi um cara armado encostado na parede fumando, ajeitei a fuzil e quando eu ia atirar, a Alice foi mais rápida e atirou bem na cabeça do cara.
Ela me olhou toda debochada e saiu andando até a porta de metal grande. DR foi com tudo e deu um chutão, fazendo a porta se abrir. Entramos naquele barraco e assim que vi ela ali senti meu sangue fervendo.
Bruna me olhou assustada, e foi pra trás dos caras que estavam ali apontando a arma pra gente.
Olhei em volta do galpão, e meu olhar parou na Letícia amarrada em uma cadeira e a Renata do lado apenas olhando pra ela.
Alice: O que você tá fazendo aqui, Renata? - olhou pra ela sem entender.
Renata não disse nada, só pegou uma arma e apontou pra cabeça da Letícia. Na boa mermo, tava entendendo nada mané. Essa mulher tava lá em casa esses dias falando que tinha maior consideração por nós, e agora tá nessa?
TK: Qual foi, Renata? Tá maluca, porra? - apontei meu fuzil pra ela.
DR: É melhor tu abaixar essa porra, na moral mermo.
Renata: Por causa de você que mataram meu marido e minha filha, TK. Foi te protegendo que ele morreu. Eu te odeio. - me olhou e vi em seus olhos o mais puro odio e rancor.
TK: Seu marido era de fé, Renata. Tu vai mesmo fazer essa porra? Tu acha que ele tá feliz com isso da onde quer que ele esteja?
Renata: Cala a boca. - gritou, destravando a arma. - Logo mais o CV todo tá sabendo que tu tá vivo, e sabe quem vai pagar por isso? - sorriu de lado. - A tua filhinha.
Neguei com a cabeça e sentei o dedo no gatilho fuzilando ela toda. Mulher maluca, pô.
Que o Korina me perdoe, mas não podia deixar ela passar.
Letícia deu um grito assim que o corpo da Renata caiu em cima dela. Kauê me olhou, e eu fiz sinal pra ele.
Bruna: Se ele chegar perto dela, eu mato os dois. - falou, e o Kauê parou de andar na hora. Ela olhou pra Alice dando um sorrisinho. - Tu mudou em Alice, antes só pegava macho casado, e agora sai matando o marido dos outros.
Alice: E tu continua a mesma vagabunda de sempre, né Bruna? - sorriu de lado.
Olhei pra portinha de trás e vi o Clebinho ali apontando a arma direto pra Bruna. Fiz sinal pra ele, que apenas balançou a cabeça.
TK: O que é que tu quer, Bruna? Veio botar terror nas nossas vidas por que?
Bruna: Vocês acabaram com a minha, e eu vim fazer o mesmo com a de vocês. - dei uma risada ironica e ela fez careta pra mim. - Olha a cicatriz que tu deixou em mim, TK.
Ela levantou o vestido, e eu vi a cicatriz enorme do corte que fiz nela a anos atrás. Pegava na coxa dela e ia até o meio da barriga.
Bruna: Por pouco eu não morri. - suspirou, abaixando meu vestido.
Balancei a cabeça devagar, e acho que o Clebinho entendeu pois começou a atirar nos caras. Bruna olhou pra ele assustada, e a Alice correu até ela, pulando em cima da mesma.
A fuzil da Bruna voou longe, e a Alice começou a socar a cara dela. Atirei em alguns carinhas ali, e fui até as duas que se batiam.
Dei um tiro na perna da Bruna, que gritou fechando os olhos. Alice se levantou de cima da cachorra, e saiu puxando ela pelos cabelos.
Alice: GG. - gritou, e o vapor foi correndo pra perto dela. - Pega o galão de gasolina e o isqueiro no carro. Vou botar fogo nessa demônia.
Eu sorri de lado, e só fiquei vendo a Alice socar a Bruna. Kauê já tinha saído dali com a Letícia assim que começou o tiroteio.
Alice amarrou a Bruna na cadeira em que a Letícia estava, e logo o GG voltou com as paradas que ela pediu. Ela jogou gasolina em cima da Bruna, e me olhou, me chamando com o dedo.
Joguei a fuzil nas costas, e me aproximei dela. Ela estendeu o isqueiro pra mim, e eu sorri, pegando ele da mão dela.
Acendi o isqueiro e a Bruna me olhou com o rosto inchado de tanto a Alice socar ela.
Bruna: Não...faz isso, Tiago. - sussurrou, e eu revirei os olhos. - O Comando todo agora já deve estar sabendo de você, e como a Renata disse, quem vai pagar pelos seus pecados vai ser a tua filha.
Ignorei ela legal, e joguei o isqueiro vendo o fogo subir com tudo. Me afastei um pouco, e a Alice também.
Alice: Vai queimar no inferno agora, filha da puta.
Alice me abraçou de lado, com um sorriso bobo no rosto.
Fiquei aliviadão vendo a Bruna queimar. Mas também fiquei cabreiro com o que ela e a Renata disse.
Kamilly não podia pagar pelos meus pecados não, pô.